Prólogo

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Boa noite, vaqueiras mais lindas desse meu Brasil! 

Passando aqui pra deixar o prólogo dessa história tão aguardada em nossos corações! 

As postagens começam mesmo dia 19/12 ;) 

Todas às segundas e quintas teremos capítulos novos. 

Além do mais, ainda não escolhi os avatares, então antes do capítulo 1 volto com eles! 

Um beijo e um abraço, 

TCHAAAU BRIGADO!


"Ela é tão bonita

Que até Deus duvida

Dessa sua cara de ruim

Ela é teimosa, ela é toda prosa

E dizem que ela sempre foi assim"

Pura Emoção - Chitãozinho & Xororó


Marcela


Ser solitária não era algo ruim para mim. De acordo com a minha avó eu não dava abertura para ninguém se aproximar. Ela tinha toda a razão.

Estava sentada em um dos bancos do pátio da escola, comendo a merenda quando um garoto que eu sabia estar um ano à frente do meu, sentou-se bem próximo, com um caderno aberto e uma caneta entre os dedos. Ele parecia concentrado e não quis atrapalhar o seu estudo com algum comentário qualquer.

Para falar a verdade, eu gostava do silêncio.

Aprendi a me apegar a ele e torná-lo um excelente amigo.

— Ei, Pedro! — Uma garota chamou.

Ele pareceu tão contente em vê-la quanto eu. Não expressou nada, só levantou a cabeça e a olhou como se ela estivesse atrapalhando o melhor momento do mundo para ele.

— Fala, Iza.

Consegui sentir sua antipatia no tom de voz. Como ela não percebia?

— Vou dar uma festa mais tarde, para comemorar meu aniversário. Você vai?

Claro, a festa que todos estavam dizendo. Eu nunca era convidada para essas coisas e também não fazia qualquer diferença para mim. Preferia ficar na fazenda comendo doce de leite com a minha avó e conversando sobre alguma coisa qualquer. Ela era sempre a minha melhor companhia.

— Não, tenho umas coisas pra fazer com meu irmão.

Claro. Os lendários Alcântara. Tataranetos ou algo sim de um dos fundadores da cidade.

Fiquei pensando no que meu pai me dizia, para não chegar perto deles, que nada de bom sairia dali. Quase nunca entendia o que ele queria dizer com isso, não entrava na minha cabeça. Treze anos não eram lá a época mais agitada da vida, eu apostava. Imaginava que quando crescesse, seria engenheira, teria minha própria casa e viveria solteira. Não queria casar, vovó dizia que homens eram uma pedra no sapato e eu acreditava nela.

"— Marcela, nada de cair em conversa fiada! Seja forte, menina! Você ainda é nova demais para entender, mas, quando crescer siga o conselho dessa velha, fique longe dos homens e só os use para...

Beijando o Chão - DEGUSTAÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora