CONTO #03

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KARA DANVERS & JEREMY LUTHOR-DANVERS

10 anos atras.

Antes de entrarem, Kara checou mais uma vez o casaco, a touca e as luvas do filho, para ver se ele estava mesmo protegido contra o frio. Estavam no meio do Ártico, e a última coisa que ela queria era que ele não estivesse bem agasalhado. Por baixo da jaqueta grossa com o símbolo de sua casa, ele vestia uma espécie de uniforme, muito semelhante ao que seu primo Jon tinha. Winn garantiu a ela que o pequeno uniforme o manteria aquecido, mas ela não queria arriscar.

— Eu não gosto de usar casacos assim. — ele reclamou, pela terceira vez. — Queria não precisar usar nada, assim como você. Isso é porque eu sou metade humano?

Kara soltou uma leve risada.

— Não, isso é porque você ainda é muito novo e seus poderes não se manifestaram ainda. — Explicou com calma e suavidade.— Além disso, você sabe que a Bryce e o Jon também precisam usar casacos aqui. Mas quando você for mais velho, também poderá vir sem eles, igual a mim.

Isso pareceu ser o suficiente para que ele esquecesse o assunto por hora. Agora seus olhinhos estavam focados na grande construção no meio do nada. Ele parecia muito animado por estar ali, mas também um pouco incerto.

— Eu realmente posso entrar aí? — A pergunta do filho fez com que ela franzisse a sobrancelha, um pouco confusa, o que o fez se explicar. — A Bryce disse que a fortaleza tem defesas contra os Luthors. Eu sou um Luthor também. Não quero ser atacado.

Ela se abaixou mais uma vez para ficar da altura do filho e olhou em seus olhos.

— Você não vai ser atacado por nada! Não importa se você é um Luthor, você é meu filho, isso quer dizer que esse é seu lugar, você faz parte da família também.

Ele era um Luthor, isso é verdade, e o fato ficava claro como o dia para todos sempre que o garotinho começava a falar. Ele era claramente mais inteligente do que a maioria das crianças de sete anos, coisa que ainda deixava Kara muito surpresa, até se lembrar do fato de que Lena também era assim. E como em muitas vezes, ele não estava errado.

A fortaleza possuía sim muitas defesas contra o sangue Luthor. Eles não podiam arriscar que Lex encontrasse no local e entrasse quando bem entendesse. Havia muita coisa lá dentro que seriam extremamente perigosas para a humanidade se ele o fizesse.

Até mesmo Lena já teve problemas ao pisar ali. É por isso que Kara e Clark tiveram que registrar Jeremy, assim como Lena, para quem não fossem confundidos com intruso ou ameaça. Kara não planejava contar isso ao filho tão cedo. Bryce e Jon, seus primos, não precisaram disso e ela não queria que ele se sentisse diferente.

— Não precisa se preocupar com isso, tudo bem? — Ela continuou, esfregando o braço dele. — Eu estou aqui com você.— Ele balançou a cabeça, sentindo-se mais calmo. — Vem, vamos entrar. — Ela pegou a mão do garoto e o guiou para dentro. Como esperado, nenhum dos dois teve problemas ao entrar, o que deixou o mais novo mias a vontade a partir dali.

Foram recebidos por Kellex, o robô ajudante dos kryptonianos, que logo atraiu a atenção total do filho. Kara os apresentou e explicou que em sua terra natal, eles costumavam ter robôs assim para lhes auxiliar. Jeremy, é claro, tinha diversas perguntas mais técnicas sobre o robozinho, mas a Supergirl conseguiu convencê-lo a deixar o assunto de lado por hora para começarem seu tour pelo lugar.

Para alguém curioso como Jeremy, a fortaleza era um paraíso. Muitas coisas para ver, muita informação para absorver. O lugar era enorme e cheio das mais variadas coisas, desde artefatos coletados ao longo dos anos por Clark ou Kara à diversas armas, muitas delas extremamente perigosas e que Kryptoniana não planejava deixar que Jeremy chegasse muito perto por enquanto.

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