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(Benjamin)

Termino de colocar meu uniforme e me olho no espelho ajeitando meu cabelo e alisando meu corpo gostoso.

-Quem é o gordo mais lindo desse universo? Isso mesmo, sou eu!- mando um beijo para o espelho. Pego minhas coisas e saio do meu apartamento, encontro uma das minhas vizinhas e aceno pra ela com deboche que faz cara de nojo e sai andando rápido, preconceituosa nojenta.

Depois de alguns minutos esperando o ônibus ele finalmente chega, pego meus fones e coloco pra tocar Try Everything da minha Deusa celestial, Shakira. Ouvir ela melhora meu dia em 200%, começo a rebolar dentro do ônibus afina meu dia está sendo ótimo e olha que ele mal começou.

Desço em uma parada perto do meu trabalho e no caminho entro na minha loja favorita onde vende as melhores rosquinhas.

-Bom dia, Jay!-cumprimento Jay, o dono da loja e confeiteiro nas horas vagas, lindo demais.

-Bom dia Benjamin, vai querer o de sempre?-ele pergunta sorrindo para mim, eu já disse que ele é meu crush?

-Isso mesmo, você sabe do que eu gosto!-pisco para ele e me sento esperando minhas rosquinhas.

-Daiana, oito rosquinhas sortidas. Não vai demorar muito, eu já volto com o seu pedido.

Eu concordo e suspiro quando ele saí, uma pena que Jay seja hetero e casado mas Daiana é um doce de pessoa então jamais vou me intrometer no casamento dos dois, só vou ficar suspirando pelos cantos porque nunca vou ter o Jay para mim. Meu celular começa a tocar e eu atendendo vendo que era minha querida amiguinha, Judy.

(Ligação)

-Alô?

-Onde você tá?

-Oi pra você também, Judy.

-Ben, você tem que vim correndo pra cá.

-Mas minhas rosquinhas ainda não estão pronta e eu não vivo sem minhas rosquinhas, você sabe disso.

-Eu sei mas o Chefe Bogo vai chegar em 20 minutos e você sabe como ele é, se ver que você não está na recepção ele vai surtar.

-Aí droga, eu já tô indo então.

-Tchau, vem logo.

(Ligação)

Guardo meu celular e bufo estressado, por que o Chefinho é tão mau humorado? Eu hein, falta de se...

-Aqui estão suas rosquinhas, Benjamin.-vejo uma caixinha com um cheiro maravilhoso de rosquinha na altura do meu rosto e sorrio, delícia.

-Meu dia está cada vez melhor!-declaro pagando Jay, pegando a caixinha e correndo para o trabalho o mais rápido que eu posso.

Entro e continuo correndo até chegar na minha mesa, me jogo com tudo na cadeira e respiro fundo cansado. Olho ao redor e vejo Judy vindo em minha direção com um sorriso sacana, vaca!

-Olha só quem chegou rapidinho no trabalho, isso tudo é medo do Chefinho?-ela ri enquanto que se inclina na minha mesa

-Não precisa empinar essa bundinha não, o Nick não tá por perto.-zombo dela que fica vermelhinha e eu abro minha caixa de rosquinha e começo a comer

-Sem o Chefe Bogo aqui fica tão calmo. Podia ser sempre assim, ninguém merece aquele mau humor dele todo dia!-ela diz indignada e eu solto uma risadinha e levanto o rosto pra olhar pra ela e vejo o Chefinho atrás dela com uma cara pior que de todos os outros dias.

-Ahm Judy... e-eu acho que é melhor não falar do Chefe Bogo assim sabe se lá quando ele pode aparecer atrás de você, né?-arregalo os olhos tentando avisar ela

-Ah nem vem tentar defender ele, Ben. Eu sei que você pensa o mesmo, sabe o que eu tava pensando? Que o Chefinho é gay e por isso o mau humor, ele não pode sair do armário e ser livre que nem você é, e ele deve ficar muito estressado por não pegar homens...-enfio uma rosquinha na boca dela o mais rápido possível e ela se assusta com minha atitude

-Acho que você tem muito mais o que fazer do que cuidar da minha vida pessoal, Hopps!-Chefe Bogo diz com raiva o que deixa sua voz ainda mais grossa e Judy arregala os olhos e se vira para ele

-Sinto muito, Chefe Bogo!-Judy diz apressada e nervosa e Chefe Bogo parece furioso

-Clawhauser, leve às informações sobre o caso do assalto ao Banco na minha sala.-ele diz indo em direção a sua sala

-Q-que horas?-pergunto antes dele se afastar muito

-AGORA!-ele grita sem olhar para trás e todos se assustam, olho para Judy que está pálida

-Aí meu pai, ele vai me matar.-Judy diz choramingando e eu como mais uma rosquinha e me levanto

-Quem se lascou fui eu que tenho que ir pra sala dele, ele vai me matar por sua culpa.-suspiro e vou até a sala onde fica os arquivos.

Depois de uns minutos procurando eu finalmente encontro e me dirijo a sala do Chefinho, bato na porta três vezes e espero por uma resposta.

-Entre!-ele grita e eu respiro fundo me preparando para o que está prestes a vir

-Com licença, Chefe Bogo. Aqui está as informações que o senhor pediu!-tento soar o mais profissional possível e ele estende a mão e eu entrego a pasta.

-Ótimo.-ele diz lendo as informações e eu me preparo para pedir desculpas

-Chefe Bogo, eu queria me desculpar pelo que aconteceu mais cedo.-eu consigo falar sem gaguejar, palmas pra mim. Ele se levanta da cadeira e vem vindo na minha direção, aí Judy se ele me matar eu volto pra puxar teu pé.

-Acho que você merece um castigo para aprender a não falar mal do seu "Chefinho" de novo.-ele diz se aproximando e eu vou me afastando até que encosto na parede, ele coloca as mãos na parede e se aproxima do meu rosto

-C-Chefinho... o que o senhor está fazendo?-sinto meu coração palpitar, okay que eu tô doido pra dar uns pegas no Chefinho mas isso é tão errado. Ele se aproxima mais e sinto nossos narizes se tocarem, minha respiração fica falha e eu olho para o Chefe Bogo que está com os olhos fechados enquanto vai aproximando sua boca da minha.

Coloco minha mão na nuca dele e o puxo fazendo com que finalmente nossas bocas se tocam, sinto ele colocar as mãos ao redor do meu corpo e aprofundar o beijo, ele começa a andar para trás me puxando junto, ele vira o corpo e sinto ele me levantar o máximo que ele conseguiu e me senta na mesa dele e continuamos o beijo, me afasto por falta de ar e olho para o rosto dele.

Ele se afasta bruscamente de perto de mim e passa a mão pelo cabelos confuso, eu desço da mesa e me aproximo dele

-Está tudo bem, Chefinho?-toco no braço dele e ele esquiva irritado

-NÃO TOQUE EM MIM, SAIA!-ele grita apontando para a porta, me assusto com sua reação.

-Ma-mas o que aconteceu?-eu tento novamente

-EU MANDEI SAIR!-me afasto assustado com sua reação e me dirijo até a porta

-Com licença, se precisar de mim estarei na minha mesa.-saio sem olhar para trás e escuto coisas serem derrubadas lá dentro.

"Ele não pode sair do armário e ser livre que nem você é"

Me lembro do que Judy falou e suspiro frustrado, que chatice.

Zootopia (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora