❛like a siren in
a blood sea❜
onde, depois de ser suspensa da
marinha americana, samantha lida
com o FBI, seus apaixonantes
agentes e perigosas missões, ao
mesmo tempo que relembra o
passado ao reencontrar antigos
aliado...
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CAPÍTULO UM. O INÍCIO
AS GOTAS DE CHUVA QUE CAÍAM NO parabrisa do Jeep de Victor Harrison davam a impressão de um dia triste, mas para Samantha era um dia confuso. Estranho.
–– Realmente não se lembra de como foi parar no mar?
–– Devem ter me confundido com uma sereia –– brincou se lembrando do antigo apelido –– Eu não me lembro, fui jogada lá desacordada.
–– Obrigado por me salvar, sargento.
Um curto filme se passou pela cabeça de Samantha.
Ela brigava com seu parceiro, Robert Luvezut, pois em hipótese alguma deixaria Harrisson para trás, para ser explodido em pedacinhos dentro de uma casa em chamas com reservas de explosivos no porão. O soldado estava ferido, mas mesmo assim ela conseguiu tirá-lo da casa, conseguindo assim, uma briga permanente com Robert por ajudar o colega.
–– Eu que agradeço, soldado... E olhe, já chegamos.
Ambos desceram do carro e mal adentraram a base e a Blanc já foi recebida com uma surra de xingamentos de seu superior, o Major Kyle.
–– Como você ousa desobedecer a ordem de um superior seu, Sargento?
–– Desobedecer? Ele nem é meu superior! Eu e o Sargento Luvezut trabalhamos juntos, ele não está acima de mim. E nem eu acima dele.
Samantha estava cansada pelo afogamento e ainda teve de discutir com o Major mais insuportável da Marinha. Que dia péssimo.
–– Você está suspensa, Srta Blanc. Acaba de perder sua patente de Sargento e está indo trabalhar para o FBI, talvez lá aprenda a seguir ordens.
–– Mas eu acabei de se lançada ao mar! Vocês ao menos sabem o que aconteceu! Eu salvei um dos seus soldados, Kyle!
Ele pareceu desinteressado na revolta dela.
–– O assunto está encerrado. Pegue suas coisas, um carro a estará esperando para levá-la à base.
— Sim, senhor.
Samantha abaixou a cabeça e foi para seu dormitório. Quis surtar e jogar coisas na parede, mas apenas se sentou e deixou algumas lágrimas escorrerem por seu rosto. Havia perdido as coisas pelas quais lutou por todos a sua vida, e agora iria trabalhar no pior lugar do mundo em sua opinião; o FBI.
Por que? Porque era chato. Tinha de usar terno, que dar satisfações, que fingir que gostava de seus companheiros de trabalho. Algo insuportável para alguém que viveu de tudo e conheceu as pessoas mais legais do mundo na Marinha.
Pela janela do dormitório, viu o carro chegar e com seu coração mais pesado do que qualquer peso que levantou na época de treinamento, se despediu internamente do lugar o qual havia passado os últimos oito anos, e que amava como seu próprio lar.
Logo que entrou no carro, começou a pensar nas possibilidades de uma nova vida, longe dos mares e perto de criminosos de alto valor e intrigas governamentais.
As coisas estavam mudando, só lhe restava saber se para melhor, ou pior.
