Minha Adorável Vizinha Part.1

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 Camila Pov

Abro os olhos com dificuldade e suspiro. Me levanto meio grogue da cama olhando para o lado vendo o céu escuro e esfrego meus olhos.

Como costume nessa última semana, desde que minha "adorável" vizinha se mudou, eu me levanto, ainda de pijama e vou até a cozinha. Abro a geladeira espremendo os olhos pela claridade e pego o leite, fechando rápido a porta e me viro para a mesa da cozinha, me sentando em cima, por preguiça de arrastar a cadeira.

Bem, qualquer um que olhe essa história de fora vai achar estranho essa situação, eu sei.

Meu nome é Camila Cabello, e eu 17 anos, e estou de férias da minha faculdade. A um mês, quando meus pais decidiram se mudar para um outro país e me deixar a casa, eu fiquei muito feliz. Não, eu não sou insensível. E é claro que sentirei saudades deles, mas uma hora a gente tem que sair debaixo da asa dos pais. E essa foi minha vez. Fiquei feliz por ter agora minha independência e o fato de meus pais me deixarem a casa quer dizer que eles confiam em mim e acham que eu estou pronta para seguir meu caminho. Simples.

Eu estou no primeiro ano de faculdade e trabalho meio período na biblioteca da faculdade, por isso eu consigo bancar a mim mesma. Enquanto eu ainda estava em aulas, as coisas estavam uma maravilha, consegui lidar com tudo muito bem sozinha.

Com a chegada das minhas férias, veio a chegada dela. Minha "adorável" vizinha, Lauren Jauregui.

Devo dizer que nunca sequer a vi desde que chegou. Mas soube seu nome no dia que o caminhão de mudanças chegou e os homens ficaram gritando, Lauren ou Srt. Jauregui, para lá e para cá.

Por nunca a ter conhecido, não posso dizer como ela realmente é.

Porém, apesar de nunca sequer ter visto sua cara, escuto barulhos todo o final de noite. E parece que toda a vizinhança é surda, pois ninguém nunca fala nada. E é sempre no mesmo horário.

Acredite, já tentei a fazer parar.

Acordei de manhã cedo e fui, mas ninguém atendia. Tentei ir de tarde, nada. Até me atrevi a tentar bater em sua porta de noite, e nada dela aparecer.

Então, nesses últimos dois dias eu me desdobrei, passei a tirar sonecas umas horas antes, quando o som começa, acordo e vou para a cozinha tomar leite e comer algo. Para assim que o som fosse desligado eu voltar a dormir.

Mas eu não sou boba.

Enquanto eu fico tomando meu leite, elaboro meu plano. Revisei várias vezes, não tem como dar errado. Penso sorrindo besta e já não tão sonolenta.

(...)

Finalmente, a música acabou. Após tantos dias planejando e vendo tutoriais no youtube, não tem como dar errado!

Silenciosamente eu ando até o meu quarto, já com as roupas pretas em meu corpo e saio de casa.

Tremo sentindo o vento frio da madrugada, mas continuo a andar, sem me importar com o silêncio estranho no bairro ou com a escuridão que cobre tudo.

Dou uma olhada em volta, apenas dando mais um vislumbre de tudo rapidamente. Ótimo!

Dou uma pequena risada sem som, ainda não acreditando que vou fazer isso, enquanto vou para a janela dos funtos e, com um pouco de fita adesiva e um jeitinho quebro o vidro sem fazer som, igual o tutorial mostrou.

É, acho que minha mãe não iria aprovar isso que estou fazendo...

Coloco as luvas e, apoiando com minhas mão na base da janela e com um pé na parede, pulo em silêncio para dentro.

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