Capítulo 1

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nota da autora: gente se tiver algum erro me perdoem e me avisem espero que gostem, não acontece muita coisa até o capitulo 4 então tenham um pouco de paciência e não desistam da historia :)


-Está pronta? – Perguntou minha mãe, tocando de leve o meu ombro. Olhei em seus olhos, aquele lugar tinha sido meu lar durante toda a minha vida, foi onde nasci, cresci e vivi os melhores e piores momentos da minha vida, eu estava desesperada, eu sentia tudo menos pronta.

-É, tô pronta! – respondi.

Olhei para casa uma última vez antes de entrar no carro e desaparecer para sempre, aquela casa foi onde vivi a minha vida inteira, nunca me imaginei fora dela, não queria ir embora, mas eu estava indo para nunca mais voltar. Agora olhe para mim abandonando único lugar que conhecia minha pequena cidade de em Kentucky para ir a um lugar do qual eu nunca tinha ouvido falar, que minha mãe diz ficar no Óregon. Eu tinha medo de como seria lá, mas também sabia que não podia mais ficar não depois de tudo que aconteceu, eu não poderia estar pior. Minha mãe achava que precisávamos de um recomeço e ela estava certa era o melhor a se fazer, por isso assim que o caso acabou arrumamos tudo e procuramos algum lugar do outro lado do país, um lugar onde ninguém soubesse do nosso passado e do que havia acontecido. E foi assim que achamos Brookings uma cidade no Condado de Curry com uma população com menos de 7000 pessoas, o lugar era bonito, mas eu estava cansada de mais depois do avião para prestar atenção na paisagem, minha mãe sendo enfermeira seria difícil, mas o dinheiro que meu pai deixou depois de morrer é o suficiente para vivermos confortavelmente o que ajudou com a mudança, ainda me lembro de quando ela me deu a notícia esperando alguma reação da minha parte:

-Diga alguma coisa – falou com um certo desespero em sua voz

-O que quer que eu diga? – retruquei – Que estou triste? Que sinto muito? Eu não sinto, ele não era ninguém para mim, um completo desconhecido é como assistir a um noticiário, não posso sentir muita coisa por alguém que eu não conhecia.

-Ele era seu pai – argumentou

-Não, ele não era, eu nunca vi aquele homem na minha vida – devolvi – Pelo menos ele deixou uma herança, não fez nada vivo ao menos serviu pra alguma coisa depois de morto

-Não fale assim – gritou

-Mas é a verdade – gritei de volta antes de ir para o quarto e fechar a porta com força

Era verdade naquela época e continuava sendo a morte dele não me afetava em nada, eu não me sentia feliz nem triste.

***

Quando cheguei à casa nova fiquei surpresa minha mãe havia conseguindo uma pechincha pela casa, mas também o vendedor não tinha muitas opções apesar de ser uma boa casa, ninguém queria uma casa tão afastada da cidade, praticamente na floresta, mas depois do que aconteceu era melhor viver afastado de todos e era isso que eu faria no novo colégio manter distância de todos.

A casa era linda eu tinha q admitir, branca com uma garagem ao lado, uma pequena varanda na frente e uma imensa floresta atrás o que parecia ótima para trilhas e caminhadas. Ao entrar na casa senti como se tivesse levado um tapa e finalmente acordado, eu realmente estava ali, tudo naquele último ano havia acontecido de verdade e eu tinha mesmo me mudado para o outro lado do país. A casa tinha um andar com um pequeno corredor que dava para as escadas de um lado tinha a sala de estar com a sala de jantar logo atrás e uma porta dos fundos, no outro cozinha com porta para garagem e um banheiro.

Algumas coisas já estavam arrumadas, mas ainda havia muitas caixas espalhadas pela casa.

-Filha me ajuda aqui – a voz da minha mãe na entrada me trouxe de volta, fui até a porta para ajudá-la com o resto das caixas e malas. Passei o dia ajudando minha mãe com as caixas arrumando o andar de baixo, apesar da curiosidade eu me recusava a subir e ver meu novo quarto, mas quando a noite chegou não tinha mais como evitar, era hora de aceitar que aquela era minha nova casa agora. Eu ainda tinha que arrumar o meu quarto mais eu tinha o dia inteiro amanhã, quando entrei olhei aquele lugar cheio de caixas e a cama, uma das caixas estava aberta com um livro logo em cima quando peguei percebi que não era um livro e sim uma agenda da minha mãe, comecei a folhear e alguma coisa caiu uma fotografia quando peguei vi na foto um casal bem diferente fisicamente pareciam ser um pouco mais velhos que eu, reconheci minha mãe na hora apesar de estar, mas nova na foto ela não mudou muita coisa apenas por algumas ruguinhas que começaram a aparecer no canto dos olhos mas os cabelos ruivos e olhos castanhos continuavam os mesmos assim como o sorriso, o homem ao seu lado era apenas dois anos mais velho, meu pai, era fácil reconhecer pelos olhos era como se eu olhasse um espelho, fitando meus olhos bem azuis, o cabelo loiros diferentes dos meus castanhos

-Filha – a voz vinda da porta me assustou me deixando cair à foto – Tudo bem?

-Claro – me abaixei para pegar a foto – me lembra como diabos eu nasci com os cabelos escuros

Ela deu um sorriso, com certeza feliz por pegar admirando a foto, pegou a foto da minha mão e sentou na cama, sentei ao lado dela, olhou a foto por um momento e começou:

-Você nasceu tão careca... e quando seu cabelo nasceu ficamos surpresos poderia ter dito que você foi trocada, ou até que seu pai era outro, mas seus olhos não deixavam dúvida eram iguais aos dele um azul tão lindo tão... brilhante.

-Mãe? – falei impaciente

-Desculpe, acho que me perdi no tempo – disse com expressão nostálgica – seus cabelos vieram da sua vó paterna – eu não fazia ideia de quem ela era, as vezes eu preferia ter nascido loira como meu pai, mas Deus me livre de ter algo mais parecido com ele, ou ruiva como a minha mãe, mas fazer o que?

-Ela ainda está viva? – perguntei

-Eu não sei, quer que eu procure saber?

-Não - respondi na hora

-Filha! É normal você querer saber sobre seu pai...

-Ele não é meu pai e eu não tenho nada a ver com ele só fiquei curiosa, só isso – disse meio irritada

-Minha linda...

-Eu estou cansada – interrompi – o dia foi longo, vou dormir

-Está bem - disse derrotada – mas se um dia quiser saber de alguma coisa me avisa

-Okay

-Boa noite

-Boa noite – tive certa dificuldade para dormir por estranhar meu novo quarto até que finalmente o cansaço me venceu e adormeci

Perdida na escuridão - livro 1 trilogia Na escuridãoOnde histórias criam vida. Descubra agora