Capítulo 7

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Enquanto andava pelos corredores senti uma mão me puxar para dentro da sala

-Você quer me matar de susto? – perguntei a Adam, estávamos em um laboratório vazio

-Você leu os jornais de hoje? – seu rosto tinha mudado ele parecia preocupado

-Não sou de ler jornais só tem notícias ruins...

-Dá uma olhada nisso – e me deu um jornal só li o título da matéria "Garoto é encontrado morto do lado de fora de um clube" eu nem sabia que essa cidade tinha clube

-Isso é horrível – conclui – Mas porquê...

-Foi um vampiro – respondeu antes mesmo de eu terminar, pisquei surpresa

-O que? Tem certeza?

-Todo o sangue foi drenado. É tenho certeza – ironizou – Mas deixar um corpo assim totalmente drenado onde qualquer um pode achar só pode ser uma coisa

-O que?

-Provavelmente um vampiro novo

-Um vampiro que acabou de ser criado? – adivinhei

-Sim. Mas se for o caso ele não deveria estar sozinho é contra a lei você deixar um vampiro novo sozinho ele deve ser ensinado pelo seu criador

-Tem alguma possibilidade de não ser alguém novo? – ele parou por um instante – O que?

-Eu não sei, acho que não é bem difícil, por que alguém mais velho faria isso? Esse tipo de coisa atrai atenção, geralmente os mais novos são desleixados assim só pensam no sangue e podem atacar ao sentir o mínimo cheiro de sangue por isso precisam de alguém pra instrui-los - explicou

-Então deve ser mesmo um novo – falei – se ele precisam de alguém para instrui-los onde está do dele?

-Eu não sei – respondeu – geralmente aquele que nos transforma são os responsáveis por nós é a lei se algo acontece com o responsável outra pessoa é designada para o novato

-E o que fazemos?

-Você? Nada, eu vou investigar e tentar descobrir.

-Porque não posso ajudar?

-Porque você não tem poderes sobrenaturais

-Okay – ele tinha razão, nesse instante o sinal tocou – então porque me avisou?

-Só pra você ter cuidado e não sair por ai sozinha como pro meio da floresta

-Ah – disse – porque você estava lá naquele dia? – perguntei curiosa

-Achei que era o lugar mais improvável pra alguém me encontrar me alimentando

-Ah – repeti – é melhor nós irmos

-Vamos – e saímos do laboratório por sorte o corredor estava quase vazio a maioria já estava na sala ou a caminho então ninguém nos viu

Durante o intervalo vi Adam com seus amigos, apesar de ninguém reparar, eu via a preocupação em seus olhos eu sabia que ele queria resolver logo isso e descobrir quem tinha matado o garoto eu não entendia porque ele estava assim, será que tinha algo que ele não estava me contando? E porque ele se importava com o garoto morto ele mesmo já matou pessoas antes? Ou era com o vampiro que ele se importava? Quando terminei de comer saí do refeitório Adam me abordou no caminho e fomos juntos até o meu armário

-Não tem mais como esconder – declarei – Agora todo mundo vai nos ver juntos

-Tem vergonha de andar comigo? – perguntou fingindo estar ofendido

Perdida na escuridão - livro 1 trilogia Na escuridãoOnde histórias criam vida. Descubra agora