E, durante a tempestade, derramou-se discretamente, decidiu negar o mundo. Negou sua humanidade, sua vida. O garoto, tão carregado negativamente, quase entrou em colapso, mas reprimiu a bomba-relógio dentro de si.
Passou por um processo doloroso de transformação, sua visão sobre tudo tornou-se desprezível e um tanto compreensível. Desejava aniquilar toda criatura diante as brechas da cortina, em modo a dispersar toda sua ira, tal qual fora acumulada durante toda sua existência, mas se conteve. Ignorou o domínio reptiliano de suas emoções.
Toda sua dor, constantemente ocultada por mero capricho altruísta, ficava cada vez mais densa e comprimida, talvez sua sanidade já fora real, mas no momento não passava de uma ilusão.
Ironicamente, ainda existia esperança.
O modo vegetativo ativou-se instintivamente, optou por manter-se vivo num método extremo, acreditando na utopia do amanhã. Lembrou-se vagamente dos dias de instabilidade: seis dias em estado de alerta, inevitavelmente; acreditou ser seu fim e forçou a sua desgraça, mas, infelizmente, estava fadado a viver.
Essa é sua maldição, a ofegante vida eterna. Quanta frustação não obteve ao tentar encontrar descanso por causa desta maldição?
~ Garoto angustiado, siga teu caminho. A estrada é persistentemente caótica, vença-a. - Aparentava ser uma obrigação, como se fosse feito de ferro.
Seu pior inimigo era sua própria mente, dominada pelo desprezo, dor, rejeição, injustiça. Andar lado a lado com o caos, escravizado por sua própria mente... honestamente, é insuportável.
Rasteja, se rasga, se mata. Já perdeu a conta de quantos gatilhos foram puxados, quantas vezes foi morto. Suicídio diário, faz parte.
Além de toda essa invariável realidade, sobrevive.
[Olá, obscuridade, minha velha amiga. Entre, deleite-se em toda essa neblina, sinta-se em casa.]