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Adormeci na minha escrivaninha
Enquanto escrevia um poema para Élio
Mais um .
Meu corpo maltratado pela noite mal dormida se levantou em um sobressalto.
Mais um dia de aula
Que eu o veria
Uma motivação
Necessária .

Me arrumei como pude
Apanhei minha mochila
E rumei em direção a faculdade

O dia era ensolarado
O céu era azul e não havia sequer uma nuvem no céu
Céu majestoso e belo
O dia era lindo de fato.

Aproveitei o clima agradável
Observando cada peculiaridade daquele dia ensolarado
As pessoas e seus trejeitos
Algumas mal humoradas devido a manhã
Era engraçado.

Sempre gostei de observar
Gostava se ser expectador
E nunca ser o centro das atenções

Adentrei o campus de longe eu o vi
Ele
O motivo de meus poemas
O motivo das acelerações no peito
Mãos trêmulas
E suadas

Élio

Com o sorriso ladino de sempre
Cabelos desgrenhados mas que tinha um quê despojado
Calças pretas largas em seu corpo
Blusa branca
Belo como todos os dias

Entrei sozinho no prédio de filosofia
Eu tinha amigos
Mas não tanto como ele tinha
Sempre foi rodeado de pessoas
E eu tinha inveja
Não por ele ter muitos amigos
Mas das pessoas que tinham o privilégio de tê-lo por perto.

Me sentei nas últimas fileiras e ele logo nas primeiras
Ele sorria bastante
Ainda bem.
Seu sorriso era um dos motivos que faziam eu um mero expectador de sua beleza dívina
Sua existência em si era um espetáculo
Que com certeza eu ficaria até depois de as cortinas serem fechadas
Aguardando ansiosamente por um extra.

Em um breve momento
Ele se virou para trás e olhou para mim
Franziu o cenho
E sorriu para mim
E se virou para frente novamente
Fiquei estarrecido
petrificado
Será que agora ele sabe que eu sou um mero expectador ?

Continuei meus pensamentos enquanto a aula prosseguia
Mesmo eu tentando prestar a atenção nas falas do professor
Eu prestava atenção em Élio
Sutilmente.

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