Capítulo 48

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PDV. Cléo

Fique em um canto da sala assistindo Cruel e Míriam matarem a saudade, acho bonito o jeito como Cruel e ela se tratam.

Um errado que deu certo.

Cruel anda com Míriam no colo, caminha até a sala e se senta no sofá, a primeira coisa que ele vê na mesa de centro é as duas armas que Gil deu pra gente e no chão duas mochilas.

- É que ele disse que tava tudo pronto mesmo?- ele olha pra mim e sorri.

Quando volta a prestar atenção em Míriam, os dois entram em uma conversa que olhando aqui de fora parece muito interessante.

Decidi deixar os dois sozinhos e fui pra cozinha fazer o café da manhã, desde que Gil foi embora, Míriam não foi pra escola e pra minha total infelicidade fui demitida.

Mas nada me faria colocar a vida da minha filha em risco, talvez tenha sido melhor assim.

Começo a fazer o café ainda ouvindo as risadas e a conversa deles, depois que tudo está pronto fui pro meu quarto e tomei banho.

Se Cruel está aqui isso quer dizer que tudo acabou e que podemos voltar pra casa onde é seguro.

Término meu banho e entro no quarto mais paro quando vejo Cruel sentando na cama me esperando.

- Venha aqui - como sempre um mandão.

Ainda enrolada na toalha vou até a cama e me sento no seu colo.

- Olha pra mim gatinha - a mão dele toca a minha coxa e vai subindo até parar na minha bunda.

Tô sentada literalmente em cima de Cruel com uma perna de cada lado do seu corpo e espero que ele tenha trazido o leite condensado.

- Eu disse que nada aconteceria, eu sou bom em cumprir minhas promessas - ele me beija.

Não um beijo que dá pra engolir a pessoa mais um beijo carinhoso.

Quando o beijo acaba ficamos com a testa juntas, coloco minha mão no seu cabelo e faço um carinho.

- Eu amo você - todo oxigênio do quarto pareceu pouco me afasto de Cruel assustada.

- Você quer?- talvez tenha saído mais alto do que eu esperava.

- Amo você Cléo - ele sorriu.

Um sorriso lindo capaz de fazer qualquer tempo ruim passar.

- Não é assim que funciona não, você nem me leva pra jantar - ele gargalha.

- Não levei pra jantar, mas já te dei sobremesa - só foi eu que entendi o duplo sentido?

- CRUEL! - ele rir mais alto.

- Deixa de ser teimosa é só dizer que me ama também - dou um grito de surpresa quando ele inverte as posições.

- Muito convencido - ele começa a cheirar meu pescoço. Isso ficando bom...

- Eu trouxe leite condensado - eu amo esse homem.

- Mãe eu tô com fome - olhamos pra porta e lá está a maior atrapalha foda do mundo.

Míriam é nossa filha.

Por que ninguém disse que depois que tem filho, transar vira praticamente uma missão impossível?

- Qualquer dia desses Míriam, você vai descobrir sozinha de onde vem os bebês - assim que Cruel fala vejo seus olhos ficarem maiores.

Vejo quando ela sai correndo do quarto não teve como não rir com a cena.

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