PDV. Cléo
Fique em um canto da sala assistindo Cruel e Míriam matarem a saudade, acho bonito o jeito como Cruel e ela se tratam.
Um errado que deu certo.
Cruel anda com Míriam no colo, caminha até a sala e se senta no sofá, a primeira coisa que ele vê na mesa de centro é as duas armas que Gil deu pra gente e no chão duas mochilas.
- É que ele disse que tava tudo pronto mesmo?- ele olha pra mim e sorri.
Quando volta a prestar atenção em Míriam, os dois entram em uma conversa que olhando aqui de fora parece muito interessante.
Decidi deixar os dois sozinhos e fui pra cozinha fazer o café da manhã, desde que Gil foi embora, Míriam não foi pra escola e pra minha total infelicidade fui demitida.
Mas nada me faria colocar a vida da minha filha em risco, talvez tenha sido melhor assim.
Começo a fazer o café ainda ouvindo as risadas e a conversa deles, depois que tudo está pronto fui pro meu quarto e tomei banho.
Se Cruel está aqui isso quer dizer que tudo acabou e que podemos voltar pra casa onde é seguro.
Término meu banho e entro no quarto mais paro quando vejo Cruel sentando na cama me esperando.
- Venha aqui - como sempre um mandão.
Ainda enrolada na toalha vou até a cama e me sento no seu colo.
- Olha pra mim gatinha - a mão dele toca a minha coxa e vai subindo até parar na minha bunda.
Tô sentada literalmente em cima de Cruel com uma perna de cada lado do seu corpo e espero que ele tenha trazido o leite condensado.
- Eu disse que nada aconteceria, eu sou bom em cumprir minhas promessas - ele me beija.
Não um beijo que dá pra engolir a pessoa mais um beijo carinhoso.
Quando o beijo acaba ficamos com a testa juntas, coloco minha mão no seu cabelo e faço um carinho.
- Eu amo você - todo oxigênio do quarto pareceu pouco me afasto de Cruel assustada.
- Você quer?- talvez tenha saído mais alto do que eu esperava.
- Amo você Cléo - ele sorriu.
Um sorriso lindo capaz de fazer qualquer tempo ruim passar.
- Não é assim que funciona não, você nem me leva pra jantar - ele gargalha.
- Não levei pra jantar, mas já te dei sobremesa - só foi eu que entendi o duplo sentido?
- CRUEL! - ele rir mais alto.
- Deixa de ser teimosa é só dizer que me ama também - dou um grito de surpresa quando ele inverte as posições.
- Muito convencido - ele começa a cheirar meu pescoço. Isso tá ficando bom...
- Eu trouxe leite condensado - eu amo esse homem.
- Mãe eu tô com fome - olhamos pra porta e lá está a maior atrapalha foda do mundo.
Míriam é nossa filha.
Por que ninguém disse que depois que tem filho, transar vira praticamente uma missão impossível?
- Qualquer dia desses Míriam, você vai descobrir sozinha de onde vem os bebês - assim que Cruel fala vejo seus olhos ficarem maiores.
Vejo quando ela sai correndo do quarto não teve como não rir com a cena.
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Uma Noite
Novela JuvenilNão sou uma mocinha ingênua e indefesa que precisa ser salva ou bancada. Sei me defender e me cuidar sozinha. Não sou do tipo que se apaixona fácil e muito menos uma que precisar ser salva. Essa história é sobre morro e um chefe do tráfico mas ao co...