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"Tudo bem, é tudo por hoje." O professor de Matemática diz.

Os alunos começam a guardar suas coisas e logo se juntando aos grupos. Kuroo sai da sala e segue em direção a saída.

"Kuroo-san!" Um garoto de cabelos brancos o para.

"Hm?" Ele vira para encara-lo.

"É-é que... O treinador disse para encontra-lo segunda de manhã." Então, ele rapidamente se afasta. Kuroo o observa até que ele desapareça virando o corredor, então ele volta a caminhar para a entrada da escola.

Se encostando no muro, ele espera pela garota por alguns minutos. Nesse meio tempo, ele observa Tsukishima passar pelo portão. Esse que o encara por um momento antes de caminhar em sua direção.

"Pensei que tivesse um compromisso hoje."

"Eu tenho." Kuroo responde e então acena para garota que passou pelo portão. "Estava esperando por ele."

Kei observa a garota se aproximar rapidamente. Ele vira o olhar para observar o moreno antes de abaixar a cabeça.

"Desculpe. Tive que conversar com o professor no final da aula." Shimizu comenta e então desvia o olhar para Tsukishima.

"Então, até segunda." Kei comenta com um aceno e se afasta dos dois.

"Eu... Interrompi alguma coisa?" Shimizu pergunta confusa. Kuroo nega com a cabeça.

"Não. Ele apenas está com raiva." Ele abre um pequeno sorriso. "Vamos?" Ela confirma com a cabeça e os dois começam a andar.

"Seus pais não acham ruim você ficar na casa de um garoto e voltar tão tarde para casa?" Kuroo pergunta. Então ele a encara pelo canto de olho. "Quer que eu carregue? Parece pesada."

Ela abaixa a cabeça um pouco. "Nã-Não- Quer dizer. Eu moro apenas com a minha mãe, já meu pai mora com meu irmão em outro lugar. Ela vive trabalhando e eu já a avisei antecipadamente que iria chegar um pouco mais tarde. E não precisa, não está tão pesada assim."

"Tudo bem então." Ele diz. Depois de alguns segundos em silêncio ele começa a falar de novo. "Sua mãe é estranha, sua família é estranha."

" Eh? Você acha? Eu não tenho convivência com meu pai e meu irmão então eu não posso falar muito. Já minha mãe..." Ela vira o rosto para encara-lo. "Isso... Eu acho que ela é apenas normal- Digo, apesar de ela sempre estar trabalhando, ela sempre tem algum tempo pra mi- eu estou falando demais não é? Me desculpe."

Kuroo a observa pelo canto dos olhos e abre um pequeno sorriso.

"Estou na mesma posição, meus pais são estranhos. Eles não se divorciaram mas vivem longe um do outro. Meu pai também vive trabalhando e minha mãe, bem, faz algum tempo que não tenho notícias dela."

No final da rua, um certo loiro observa friamente o casal sumir de sua visão antes de pegar o celular e fazer uma ligação.

[...]

"Então, você precisa pegar esse lado e resolver a fórmula. Após isso você tem duas maneiras de encontrar o resultado final." Kuroo explica.

"Isso... Certo, deixa eu ver se eu entendi." Shimizu murmura ao pegar a lapiseira e começar a resolver um dos exercícios. Kuroo a observa silenciosamente até ela terminar a questão. Ele encara a resposta antes de voltar a observa-la.

"Seus olhos sempre foram tão claros assim?" Kuroo pergunta do nada. Shimizu o encara surpresa e seu rosto começa a ganhar uma tonalidade avermelhada.

"Na verdade não. Eu tenho usado lentes por causa da minha visão então estou tentando me acostumar um pouco." A garota fala baixinho. "A lente é castanha clara, mas meus olhos são quase azuis. Um pouco mais puxado para o preto".

Um amor de LótusWhere stories live. Discover now