O Protetor Do Gato

Nem fodendo

Alguém me balança, mas finjo não ligar.

— Marcos eu seu que tu tá acordado. — Suspiro, abro os meus olhos e vejo o Éric.

—Espero que seja importante porra. — Olho para ele com um olhar ameaçador e ele nem liga.

—Senhora bela adormecida, você poderia me acompanhar para a hora do lanche e talvez, pegar o assunto que vai cair da prova? — Fala em um tom de reprovação e anda em direção a porta da salvação com seu caderno.

—Que prova? — pergunto confuso e me levanto para segui-lo com meu caderno e minha caneta.

—Se você não tivesse dormindo de novo você saberia dessa prova. — Fala Revirando os olhos.

—A pergunta de verdade é, como você consegue não dormir?!

Passo na frente dele e entro no refeitório e pego a minha bandeja e entro na fila.

—A voz daquele professor é mais chato que a aula de química, tipo ele fala um "a" eu já tô no meu décimo primeiro sono, Obrigado. — Agradeço a tia da cozinha por ter colocado a minha comida e espero o Éric.

—É porque eu deferente de você, gosto de estudar. — Fala é eu olho com indignação.

—Ta me chamando de burro é fi da mãe?! — Sento na nossa mesa de sempre e ele senta do meu lado.

—Ok small, Por que a segunda guerra mundial começou? — Pergunta com deboche.

—Porque bom... Eles não se gostavam. — Penso na primeira coisa que veio na minha Cabeça.

—É por isso que você, precisa disso. — Fala arrastando o seu caderno para mim, suspiro porque esse infeliz estava certo.

—Sabichão do caralho. –—Murmuro com raiva e pego o seu caderno e começo a copiar, enquanto estava comendo.

Depois de muito copiar e faltava muito para acabar, suspiro cansado e apoio minha cabeça no seu ombro e choramingo.

—Ériczinho. —Falo manhoso olhando ele comer— Cópia pra mim? — Faço um beiço.

—Quando você admitir que eu sempre estou certo, eu copio. — Sorrir convencido.

—Eu nem queria mesmo. — Falo com raiva e começo a copiar novamente.

—Iai garotos. — Marcella chegou sentando com sua bandeja. — O que rola? — Morde sua maçã.

—So o Marcos sendo Marcos. — Sorrir e passa seu braço ao redor do meu pescoço

—Te fode poste do caralho — Falo com raiva e tentando me afastar.

—Meu Deus. — Fala surpresa – Vocês se parecem um casal. — Rir.

—Enfia esse casal no meio do teu cú Marcella. — Finalmente me separo do Éric e mando um dedo do meio pra ela e volto a copiar.

—Ui ela tá atacada hoje. — Marcella fala tentando me irritar mais do que eu já estava.

—Ele tá certo. — Éric concorda comigo — Ele é tipo meu irmão, eca. — Fala com uma careta que fez a gente rir.

Somos interrompidos com o sinal que toca. Ouço alguns suspiros no refeitório e uns palavrões, mas bom, a vida né.

—Tchau pra vocês — Fala já saindo.

—É a nossa hora né — Éric fala já de pé e anda em direção para sala e eu Suspiro.

—Aula de que? — Pergunto seguindo ele.

—Pra que tu quer saber, se tu vai dormir de qualquer jeito?

—Pelo menos quero saber em que aula eu vou dormir né. — Falo andando rápido para a sala.

—Me espera caralho! — Ouço ele lá de trás.

—Me alcance se puder! — Falo rindo dele e correndo para a sala.

Esbarro em alguém, que me fez cair no chão.

—V-você está bem? — Vejo o Benjamin estender a mão para mim.

—Sim, como diz o velho ditado vaso ruim não quebra fácil. — pego na sua mão e ele me ajuda a levantar — O que tá fazendo aqui? Não era para estar na sala de aula? — Antes de que ele respondesse, sinto uma mão em meu ombro.

—Porra, pra pernas pequenas tu corre rápido ein! — Fala ofegante, quando finalmente recupera o fôlego ele olha para frente ele se assusta e sorrir nervoso — O-olá.

—Oi. — Sua voz saiu assustadora

Juro que vi o Éric tremer, e eu quase rir do seu desespero, mas me segurei. Do nada o clima ficou tenso, Benjamin ficava olhando o Éric como se tivesse jugando ele, e eu tava desesperado para rir, o Éric tava como uma cara muito engraçada. Mas tava na hora de alguém fazer alguma coisa, e infelizmente tinha que ser eu.

—Bom, eu e o Éric vamos para a sala de aula se eu me atrasar, a professora me come no jantar — Falo rindo, mas percebi que essa frase não saiu muito bem — Esqueçam, estava melhor na minha cabeça.

—É, vamos i-indo não é. — Estende a mão para o Benjamin como formar comprimento, mas ele não apertou, Então Éric tentou disfarçar.

Ok, dessa vez eu não conseguir segurar minhas risadas, então rir, mas rir para um caralho. Eles ficaram me olhando até eu para de rir, quando parei, só disfarçei com minha bela desculpa.

—Aquela formiga... Ela é muito engraçada. — Falei muito sério, recebi um beliscão do Éric olhei pare ele. Ele nem precisou me falar nada só pelo o olhar que ele deu eu estava gritando por ajuda — Vamos Éric, te encontro na saída depois benben. — Segurei o pulso no Éric e sai puxando ele para fora dali, quando já estávamos longe ele soltou um suspiro longo.

—Ta de sacanagem com a minha cara Marcos?! — O desespero era visível na sua voz, eu só puder rir — Tá rindo do que seu desgraçado do caralho!

—A-a sua cara era impagável. — Falo em meio aos risos.

—Não fique rindo da desgraça alheia, eu pensei que ele ia me enterrar vivo! Se olha mate-se eu estaria no inferno já!!

—Não é para tanto, ele só tem esse jeito agressivo, mas na verdade é todo desajeitado. — Rir me lembrando da noite passada, percebi que o Éric estava me olhando — O que foi?

—Eu irei entender completamente que você gosta dele, mas nada de ficarem se pegando na minha frente, não gosto de casal meloso. — Eu fiquei uns segundos para entender o que ele queria dizer, quando entendi eu senti meu rosto queimar.

—QUE M-MERDA TU TA FALANDO IDIOTA, A GENTE SÓ É AMIGOS! — Antes que eu pudesse bater nele Ele sai correndo — VEM CÁ SEU FILHO DA MÃE.

Ele entrar na sala, e eu entro logo em seguida mas eu esbarro nele, pois ele parou bruscamente e ficou parado.

—VIROU ESTÁTUA AGORA SEU—

—Além de chegarem atrasados, chegam fazendo bagunça! — Fala o professor de Ed.física.

Mas uma ocorrência para minha fixa.

Uhuuu.