O cupido solta algumas flechas.

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Os olhos castanhos com grandes cílios piscava lentamente tentando absorver os nomes na pequena lista entregue por seu chefe. O dia mal começara e ele já estava decorando nomes, lugares e preparando suas flechas e o tão temido arco.

Quando julgou necessário, o jovem anjo guardou a pequena lista em uma fenda na sua jaqueta. Deveria se apresentar ao chefe e começar a atirar o mais rápido possível.

Voou tranquilamente pelas nuvens, desviando de alguns pássaros e acenando para os colegas vez ou outra. Ao chegar no local em que se encontrava o seu superior, dobrou as asas e se apresentou.

-Cupido na área, careca. Liberado para trabalhar?

O ser apenas revirou um dos olhos (já que não tinha o outro) e ignorou a falta de profissionalismo. Ao invés disso, comentou sobre a jaqueta do rapaz. - Ainda utilizando acessórios humanos? Sinceramente você é incrívelmente petulante.

O jovem de cabelos castanhos apenas sorriu, deu uma ligeira piscada com o olho esquerdo e alçou vôo, em direção a terra.

- Natasha e Bruce? Ou seria Clint? Acho que é com o Thor esse...

Distraidamente pegou o seu arco e sobrevoou New York. Chegou ao colégio Shield e assentou-se no telhado, sem se preocupar em ser visto.

Ao vizualizar uma ruiva com cabelos curtos chutando um corpo, decidiu agir. Abriu a lista mais uma vez para confirmar e pegou uma flecha, desgrudando o seu par, atirou certeiramente no coração de Natasha.
Incrívelmente a outra flecha era destinada ao garoto que estava no chão, sendo chutado.

-Eu realmente adoro um clichê! - o cupido disse, saindo rindo e voando, em direção ao pátio escolar que também era aberto.

Algumas flechas depois, o anjo já estava impaciente. Havia acertado uma flecha em Steve Rogers, mas não conseguia achar Peggy Carter de jeito nenhum!! Onde a garota estava?

Como já tinha desistido, pegou a flecha que sobrava e emitiu uma oração, descobrindo onde estava exatamente a garota que quebraria (ou não) o coração do belo rapaz.

No hospital.

Ali percebeu que não poderia fazer aquilo, era cruel demais. Se os humanos sofrem uns com os outros, a culpa são deles. Mas fazer um garoto se apaixonar por alguém morrendo...

O cupido estava em um impasse. Não queria acertar a flecha na moça, mas também não poderia deixar o rapaz andando por aí com um par morto.

E por esses motivos resolveu voar até o seu chefe. Ele saberia o que fazer.

Ao menos, o cupido esperava que sim.

Cúpido - StonyOnde histórias criam vida. Descubra agora