Um Beijo Sob o Visco | Yoonmin

Capítulo 2

Nota da autora: Olá meus amores! Como vocês estão? Espero do fundo do meu coração que vocês estejam tão felizes quanto eu!

Esse é o último capítulo da história que mais tive prazer em escrever. Queria agradecer muito a vocês por todo o carinho, de verdade, vocês não sabem o quanto o apoio de vocês me deixou feliz 💓

Obrigada de coração!

Tenham uma ótima leitura 💞

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Fecho a porta do meu quarto na mesma velocidade que a abri e me escoro nela, arrancando o gorro dos meus cabelos e o jogando com raiva na janela mais próxima. Destruir as coisas parece bem mais fácil e melhor para minha sanidade do que ter que lidar com o acontecimento.

As cenas de segundos atrás passam como flash pela minha mente, aumentando minha frustração e fazendo com que eu me condene ainda mais pelo que fiz.

Qual o meu problema?! O que eu tenho nessa merda de cabeça?!

Eu o segurei, eu não deixei que ele se afastasse, eu quis o beijo. Eu quis o beijo de Park Jimin. Eu quis o beijo da pessoa por quem carrego um ódio desde da nossa primeira troca de olhares.

Puxo meus cabelos para trás em pura fúria.

Ainda sinto seu toque suave em meu queixo, o ardor nas minhas bochechas não foi embora, minha mãos ainda parecem fora do meu controle, e isso tudo me enfurece, mas não mais do que as batidas aceleradas do meu coração, principalmente por ser uma batida completamente diferentes das que estou acostumado a sentir com a presença do Park. Ela é mais rápida, mais descontrolada, mais viva e mais assustadora. Que merda eu fiz comigo mesmo?!

Penso em mandar mensagem para a única pessoa que conseguiria me acalmar nesse momento, porém ele provavelmente deve estar ocupado devorando a ceia de natal de sua família.

Sem saber o que fazer ou o que pensar só desencosto da porta me levantando e me atiro na cama, agarrando meu travesseiro favorito com força. Talvez isso seja só um pesadelo, se eu dormir agora talvez quando eu acordar tudo estará normal e nada do que aconteceu terá sido real. Abraço ainda mais meu travesseiro e aperto meus olhos com força dominado pela confusão e pelo medo.

Não entendo por que fiz o que fiz, não entendo por que aquilo aconteceu, não entendo por que ele me olhava e sorria se ele me odeia, não entendo por que não o afastei sendo que eu o odeio. Não entendo nada e isso me deixa mal, muito mal.

Eu realmente gostaria que isso fosse um pesadelo, pois tudo que estou sentindo e pensando é confuso demais para que eu possa suportar.

Tento dormir, tento esquecer, mas antes que eu consiga realizar pelo menos um por cento das minhas vontades ouço batidas constantes, porém leves em minha porta.

— Estou sem fome, mãe — falo. Não importa se é ela ou não, o que importa é que a pessoa que está atrás da madeira saiba que não vou sair desse quarto.

— Sou eu, Yoongi, o Jimin... Posso entrar? — pergunta ele parecendo esperançoso, porém, antes que eu pudesse cogitar responder, ele continua, demonstrando que a esperança em sua voz estava só disfarçando o medo que carregava: — Tudo bem se não quiser, mas eu... Seria bom... se nós conversássemos... Eu realmente gostaria de falar com você...

Não respondo nada por inúmeros segundo, sufocando a mim mesmo com o silêncio.

"Não deixe ele entrar", diz minha mente, mas não dou ouvidos a ela, e sim ao impulso que me fez segurar seu braço momentos atrás.

Sento-me na cama, afrouxando o aperto em meu travesseiro, e respondo:

— A porta não está trancada, entre.