O tombo- 02

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Estávamos nós dois deitados na cama. Ele com a cabeça repousada em seu travesseiro com a mão posta em meu quadril, apenas nos olhávamos - era isso que ele queria dizer sobre passarmos mais tempo, juntos? - me questionei. Por instante era bom, um homem tão bonito, mas tão frio, meu marido que eu estava a tanto tempo parecia um enigma para mim. Ele afirmava que não tinha nenhuma outra mulher, mas ele era tão estranho para mim. Eu o amava, porém, nossa relação nunca teve nada impulsiva, nada fora do ''normal'' ou padrão. Talvez a minha exigência tivesse nos levado a esse rumo, eu nunca permiti sexo oral, ou qualquer mudança de posição além de papai-e-mamãe e quando ele ergueu minhas pernas um dia fazendo um frango assado reclamei, me senti envergonhada e imunda.

Eu sempre fui assim, criada por uma família evangélica que me fazia seguir regras, estilo de vestir ''adequado'' me fez criar alguns tabus como não me masturbar ou masturba-lo, ele sempre respeitava isso e me tratava como uma princesa na cama - Literalmente-quando uma vez sugeriu usarmos nossas bocas para algo mais além de beijar recusei, o acusando de loucura. Uma leve fobia de germes me fez pensar que sexo oral era totalmente inadequado e errado. Mas ele respeitava minhas formas de pensar inadequada e também não se colocava sobre mim seus fetiches ou regras, e para falar a verdade eu nem sabia se ele tinha algum fetiche.

- Você quer sair agora a noite? - Questiona ele.

- Não.- respondo fazendo um leve bico - Eu não quero acabar esbarrando no Élton com a ''namorada'' nova.

- Entendo. - ele desce a mão sorrateiramente pondo sobre minhas nádegas, dando um aperto que aos poucos aprofundava os dedos em minha carne por cima do tecido de minha saia. - Sei de algumas coisas que poderemos fazer aqui.

- Por que não oramos juntos? - Questiono pegando a mão dele pondo sobre meu ombro, ele abre um sorriso neutro nos lábios enquanto me fita.

- Você quer saber oque peço a Deus quando rezo?- Ele questiona enquanto o olho e respondo movendo a cabeça afirmando. - ''Querido Deus, obrigado por me dar uma mulher incrivelmente gostosa qual eu sou louco por ela, e eu desejo que ela se solte comigo. Amém''

- Eu não entendi. - Questiono me sentando de joelhos na cama enquanto ele fazia o mesmo, abrindo mais a camisa - Oque quis dizer?

- Que você se solte um pouco mais. - ele diz pondo as mãos sobre as minhas.- Já somos casados a tanto tempo, eu sei que acabamos entrando em uma rotina. e quero sair dela. Olha esse divorcio do Élton também está mexendo comigo e eu não quero perder a mulher que amo.

- Eu também não quero te perder meu amor. - Digo me aproximando um pouco dele envolvendo os braços em seu pescoço - Eu te amo Dan.

- Vamos fazer um acordo.- ele diz ignorando minhas palavras de amor e tirando os braços envolta de meu pescoço. -Vamos a partir de agora tentar surpreender um ao outro, não vamos forçar, mas vamos tentar fazer coisas que não esperamos que o outro faça. oque acha?

- Me parece uma boa ideia - digo abrindo um sorriso o dando um selinho gentil.- e quer saber, vou mostrar agora que posso ser soltinha.

- Ah é?- ele questiona com um sorriso maldoso, sinto emu rosto arder e queimar, e então o empurro onde acaba deitando-se sobre o travesseiro, pondo as mãos abaixo da cabeça. - Me surpreenda.

- Tá. - Digo sentindo as maçãs de meu rosto arder, onde me levanto e começo a tentar algum número sensual com movimentos tortos do meu corpo. levo a mão para frente onde dou um rosnado como de um ''tigre''.- rawr.

- Oque é isso, uma gatinha? - ele pergunta sorrindo.

- É uma tigresa. - digo movendo os quadris para o lado, e nesse balançar ao dar um passo para trás meu pé enganchava no lençol levando-me ao chão em uma queda. Sentada, literalmente cai de bunda. - AII

- Nat! - ele diz descendo da cama rapidamente onde me ajuda a me levantar, e fico passando a mão na bunda.- você ta bem?

— Eu não acredito que quando tento fazer um strip-tease caio de bunda no chão.- digo querendo afundar meu rosto em meio aos travesseiros, mas o olhava juntando as sobrancelhas.

- Isso era um 'striptease'? - ele questiona então me encolho bastante envergonhada, ele me puxa e me abraça, me confortando em seus braços. - Estava linda, calma...

Eu não aguentava, estava doendo. então o jeito foi ter que me deitar na cama, ele por sua vez levanta minha saia e começa a passar um gel de massagem em minhas nádegas, movendo suas mãos grossas para cima e para baixo, fecho os olhos relaxando. era um gel de hortelã e ardia suavemente na pele.
- Não era assim que eu planejava passar a noite. - digo escondendo o rosto com meus cabelos. Enquanto na televisão assistíamos Friends na Netflix.

- Olha é uma forma bem gostosa para terminar a noite. - ele diz e aperta levemente minha bunda , viro meu rosto o olhando por de trás de meu ombro.

- Não seja safado, já disse.

- É por isso que eu não duro mais de trinta segundos. - ele retruca.- Pelo menos é algo de diferente, não é todo dia que você tenta fazer um striptease para mim.

- Na verdade, eu nunca fiz isso, nem sei como é. - digo empinando mais o bumbum e relaxando com um suspiro.

- Eu não quero incentivar um comportamento impuro em minha esposa puritana, mas tem vídeos na internet que ensinam isso.

- Talvez um dia vejo isso.

- Vou adorar te ver praticar.

Reconquistando meu CEOOnde histórias criam vida. Descubra agora