Capítulo 1

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O som do grafite dos lápis tocando o papel era a única coisa que era ouvida naquela sala. O corpo de uma mulher coberto apenas por um lençol estava imóvel a quase quarenta minutos, enquanto um grupo de estudantes homens e mulheres observavam e desenhavam de diversos ângulos.

Camus afastou uma mecha de cabelo que havia se desprendido do rabo de cavalo feito as pressas, se concentrando em desenhar os músculos delicados dos braços e voltando para reforçar os traços delicados dos seios que o lençol mal cobria.

Uma campainha suave soou no ambiente, com o professor Shion anunciando que todos deveriam largar os lápis. Camus pousou o dele na mesa ao lado do cavalete, juntando ele às outras dezenas de lápis, grafites, apontadores, pinceis e borradores. Ele olhou em volta, vendo seu amigo Mu limpando o suor da testa, e prendendo o cabelo em um coque alto, a fim de se livrar do calor. Aguardando o professor Shion chegar até sua área de trabalho.

Camus Durand era aluno de artes plásticas em Roma, seus pais eram franceses, a mãe uma bailarina renomada e o pai artista plástico, passos que o filho havia resolvido seguir. Desde a mais tenra idade morava em Roma com uma tia, e visitava os pais nas férias. Estudou em uma escola que havia uma maioria de alunos estrangeiros, sendo assim, virou melhor amigo de Mu, que era Tibetano e havia ido seguindo o tio artista plástico, Shion, que nesse momento era o professor da aula para alunos especiais.

Com especiais querem dizer, notas alta de mais para estarem na turma normal.

Shion agora olhava atentamente o trabalho de Camus, fazendo algumas perguntas sobre a escolha do grafite e sombreamento. Logo depois parabenizando o trabalho.

--Vamos agradecer Marin pelo tempo cedido durante as últimas 3 sessões.

Shion disse com a voz calma iniciando os aplausos para a mulher que agora estava vestida de forma casual e agradecia a Shion pelo convite.

--Na quinta-feira turma, teremos um modelo homem para analisarmos. Guardem os materiais e saiam.

Enquanto limpava e guardava os materiais de forma meticulosa na pasta de couro, Camus viu Mu se aproximando de forma alegre de mais. O que fez que ele prontamente suspeitasse.

Geralmente Mu era um rapaz muito calmo e centrado, o que combinava perfeitamente com o próprio Camus. Menos quando envolvia uma pessoa.

--Aioria nos chamou para almoçar.

--Não. Obrigada.

--Camus, deixe de ser assim. Vocês já se conhecem a anos.

--Ele é muito barulhento.

--Eu namoro ele a cinco anos. Já devia estar acostumado.

--Você pode se acostumar por ser o namorado, eu só preciso tolerar.

Ele pegou a maleta e começou a sair, sendo seguido por Mu.

--Não será só ele, Afrodite e Máscara também irão.

--Você realmente não está tornando isso mais atraente para mim.

Camus riu, fazendo Mu rir.

--Ok, mas você tem que prometer que quinta-feira, depois da aula, irá conosco para um pub.

Camus deixou escapar um som irritadíssimo da garganta, vendo que não teria escapatória.

--Ok, ok e qual a ocasião da ida ao Pub?

--Um primo dele virá estudar aqui e será uma recepção.

--Me diga que pelo menos Shaka irá.

--Eu não sou companhia suficiente?

--Você vai ficar se agarrando com ele a partir do segundo drink. Eu prefiro não arriscar.

Fazendo ArteWhere stories live. Discover now