Epílogo

51 9 0
                                    

Camus acordou na sexta sentindo seu quadril sendo abraçado pelo loiro grego, se lembrando da noite anterior, e vendo uma pilha de pacotes de camisinha no chão.

Com muito esforço se levantou e colocou uma cueca, indo até o ateliê, onde tinha largado o celular, vendo umas 50 mensagens e ligações acumuladas.

Ao que parecia, Aioria seria morto porque o primo desapareceu, que pena. Ele pegou o bloco de papel e alguns lápis, voltando para o quarto, e começando a desenhar furiosamente a cena na cama. Finalmente conseguindo resultados perfeitos.

No fim era tudo tesão.

Ele pensou, observando a folha de papel. A cena reproduzida exatamente igual. Milo com o lençol enrolado em uma perna e totalmente exposto. Evidenciando todos os músculos. Camus sentiu outra pontada no ventre.

É parece que seu tesão era algo mais duradouro do que ele pensava.

--Bom dia Camyu.

Milo disse abrindo levemente os olhos, dando um sorriso preguiçoso.

--Quando te deixei me chamar assim?

Ele levantou a sobrancelha indagado.

--Em algum momento entre a abertura da garrafa de vinho e o beijo grego.

Ele deu uma piscadinha pervertida, jogando os cabelos para trás.

Camus franziu os lábios, tentando lembrar de detalhes assim sem a penumbra de luxúria que estava entre eles a noite inteira. Talvez ele tivesse dito aquilo.

Milo se aproximou dele, olhando o papel.

--Realmente, não sei porque Shion briga com você, está perfeito.

--Agora está perfeito.

--Hmm, posso transar com você na terça antes da aula se te ajudar.

Milo riu displicentemente, tirando o caderno das mãos de Milo, e puxando ele para o peito forte.

--Ou podemos fazer mais aqui.

Camus olhou para ele, aproximando os lábios, mas seu estômago resolveu avisar que não iria rolar.

Eles se dirigiram para a cozinha depois de escovarem os dentes, a fim de comer algo.

E assim, passou-se todo o fim de semana, entre transas comidas e por incrível que pareça, ótimas conversas no tapete da sala.

Quando o domingo chegou, já haviam mais desenhos de Milo no ateliê de Camus do que das flores que ele costumava pintar, e uma tela sendo iniciada, com uma pequena censura, da cena na cama.

Dessa forma, Milo se despediu de Camus, prometendo vê-lo na terça após o velório do pobre Aioria, ao qual ele só mandou um estou vivo e sumiu.

---***---

--CAMUS PELO AMOR DE DEUS!

Mu, Shaka e Afrodite estavam na praça interna da faculdade, interceptando o amigo assim que ele chegou na segunda-feira.

--Onde você se meteu??

--Eu estava em casa. Tirei um fim de semana para mim.

Afrodite estreitou os olhos, apontando as unhas, agora azuis, acusadoramente para ele.

--Você, estava transando.

--Talvez estivesse.

Ele deu de ombros, disfarçando o sorriso.

--Você estava transando muito. Eu vejo daqui.

--O que você vê?

--A trilha de chupões que está saindo da sua nuca. Que tipo de cara você achou para você deixar marcar o imaculado Camus??

Ele ia dizer novamente que não era da conta dele, quando a visão deles mudou de direção para um rapaz muito alto e forte de cabelos pretos, que eles nunca tinham visto na faucldade, se aproximando deles.

--Não foi tão difícil te achar.

--O que está fazendo aqui??

O tom de voz de Shaka pela primeira vez na vida subiu algumas oitavas. Corando fortemente.

--Bem, você esqueceu isso aqui na minha casa durante o fim de semana.

Ele estendeu a carteira de Shaka.

Afrodite olhou de um para o outro.

--E você é...?

--Sou Ikki, hm...amigo do Shaka.

--Você não estuda aqui.

--Sou bombeiro.

Afrodite abriu a boca, Camus deixou o karma passar para Shaka, e começou a se afastar, mas não deixando de ser seguido por Mu.

--Eu sei que não estava com Saga.

--Porque para vocês eu só transo com o Saga?

Mu deu de ombros.

--Ele é seu sexo seguro. Sem apego, e boa descarga emocional.

--Eu...

Camus começou a falar, mas sentiu sua cintura ser abraçada, e suas costas serem imprensadas contra uma parede de músculos. Sentiu uma respiração no topo de sua cabeça, e viu fios loiros caírem em seus ombros, e uma voz no seu ouvido.

--Desculpe, não consegui esperar terça.

E a risada leviana de Milo soou no seu ouvido, arrepiando até a espinha.

Aioria se aproximou, dando um selinho casto em Mu, e encarando o primo.

--Então, finalmente descobri quem estava com você durante o fim de semana inteiro. Aprendeu o beijo francês?

Aioria riu da piada inconveniente. Mas para o choque de Camus, Milo ressaltou.

--Ele me ensinou o francês, eu o grego, uma verdadeira troca de culturas, não é Camyu?

Ele se mexeu para se soltar do abraço do outro, enquanto todos riam observando seu rosto ficar da cor do seu cabelo.

Mas por fim, não conseguia se desvencilhar das garras forte de Milo.

E...Tirou nota máxima na matéria de Shion.

Fazendo ArteWhere stories live. Discover now