Poemas de um Jovem Solitário

Nascimento de um Corvo

Tudo começou tão bem,
Mas a dúvida bateu
És tu a garota certa?
Foi aí que meu amor morreu,
Logo, fiquei sem ninguém

O quão egoísta eu sou,
Me condeno todo dia
Agora nada faz sentido
Acordo e não tenho energia
Entendo que nada me restou

Até então eu pensava assim,
Mas logo a verdade foi dita
Mentiram para mim,
Dois amores na situação
Sabendo disso, minha alma grita

Pode entender isso aldrabão?
Vocês me destruíram
E se acham os donos da verdade.
Partiram meu coração
E ainda me substituíram

Eu te dei amor
Eu te dei meu coração
Por que não disse antes?
Eu não guardaria rancor,
Agora estou encarando a desilusão

Espero que esse poema
Seja o último que escrevo
Pensando nessa merda de amor,
É a coisa que mais desejo
Para me soltar desse dilema

Fico pensando como teria sido
Se eu não tivesse desistido,
Acho que nada mudaria,
Pois não sou eu, mas você
Que não sabe como é estar decidido

Teu pai disse que o mundo
Iria lhe cobrar fortemente,
Estou aguardando esse momento
Pra respirar fundo
E não deixar que me tente

Será que é cedo demais?
Ou só estou atrasado?
Já não sei o que pensar,
Pensei em vários finais,
Mas em todos acabo arrasado

Não sei se nasci pra amar
Ou pra nunca ser amado
O futuro me preocupa,
Mas devo continuar
Mesmo estando quebrado

Algo ruim está nascendo
E eu não posso evitar,
Muitas vezes referido como morte
Um animal sombrio crescendo
Que talvez irá me matar

É culpa de você isso tudo
Eu estaria em paz agora,
Os meus erros não me fazem pior
Eu juro que tentei ficar mudo,
Mas a minha raiva aflora

Eu poderia chamar você
Para festejar,
Mas a lebre está cansada de ti,
Para vê-la, tem que crê
E você não quer acreditar

Já estou enlouquecendo,
Não sei o que fazer
O chapeleiro me procura
E sabe onde estou me escondendo
Logo, logo terei que ceder

Espero te encontrar
No país das maravilhas
Onde só há loucura e caos
sentirá como é voar,
Mas cuidado com as armadilhas.

                                            -Deanjer