Capítulo 9 - Diga-me teu preço.

58 10 0
                                    

Lauren Jauregui's p.o.v

Uma enorme luz branca invade meus olhos me fazendo recuar devido a dor causada como consequência em minha retina. Esfrego minhas órbitas tentando amenizar o sentimento incômodo que me fazia suspirar, em alguns segundos uma leve sensação de formigamento invade meus olhos que mantenho fechados na espera de voltar ao normal. Abro meus olhos dando total atenção para o local a minha volta, me levanto com uma dor latejante em minha cabeça, cambaleio até a banheira permitindo meu corpo entrar em contato com a água quente, acalmando a dor de segundos atrás. Meus cabelos negros se encontravam molhados e caídos sobre meus seios, tal pedaço de pele alva estava descoberta e o espelho refletia tal imagem, me dando total visão de toda carne desnuda.

Admirável e hipnotizante é a beleza que meu ser revela. Meu rosto contém uma graciosidade que qualquer indivíduo diria ser digno de um ser celestial. O corpo no qual me tem posse é um completo templo que é consagrado por áugures. Meu corpo é arte, é um poço de desejos no qual os mais sedentos devem merecer conter a água que lhe ansiava sua sede, meu corpo é prazer, excitação, luxúria, um frenesi de sentimentos para quem lhe é oferecido.

Nunca irei me acostumar com a sensação de estar em um corpo humano, é um incômodo explícito para minha alma, que quer mais que tudo ser liberta dessa casca que me priva com severidade. Me enrolo na toalha de algodão seguindo para meu quarto novamente. As asas brancas presentes ali no quarto me fizeram recuar. Dinah tinha mesmo que fazer uma entrada tão "dramatica" e patética? Me pergunto quando ela vai agir como um ser celestial decente.

Reviro os olhos e limpo minha garganta, eu estava pronta para soltar algumas frases de escárnio.

O que ela faria aqui se eu já havia despedido esse espectro sem vergonha? Eu juro pelo meu pai que se ela me dar mais propostas para voltar ao inferno eu pego minhas facas e dilacero cada parte daquela alma ali presente.

- Veja você, dorme e contém hábitos matinais igual à estes humanos. Lamentável, Laucifer.

Seu olhar estava carregado de lástima e desdém.

Mas eu não me importo com tais olhares de desgosto ou ira em minha direção, não mais.

- Bom dia para você também, irmã.

- Morningstar, preciso de sua ajuda.

Dinah gostava de citar meu sobrenome pois a mesma fizera questão de mudar o seu para "Jane" apenas para não ter o mesmo que o meu.

- Eu ouvi direito? Você, Dinah Jane, o melhor anjo do céu, puxa saco de Deus, quer minha ajuda?

Conforme as palavras saíam de minha boca Dinah desejava estar no lugar de Golias quando a pedra lhe atingiu.

- Foi o que eu lhe disse.

- Ow! Que língua afiada. Certeza que quer a ajuda de Laucifer Morningstar?

Faço uma cara de dor ao ouvir tal frase vinda de Dinah.

- Não deboche de minha alma.

- Oh Não, me permita sentir o poder. O quão ilário isso é?

Me aproximo sentindo Dinah controlar sua raiva.

- Pode me ajudar? Eu pediria para alguém mas não há outra pessoa...

Ela respira fundo.

LauciferOnde histórias criam vida. Descubra agora