Capítulo 2

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Capítulo 2

Um dia meu pai estava jogado no sofá, assistindo uma série que mal sabia qual era então aproveitei essa oportunidade em que estava “calmo” para botar meu plano em ação, me aproximei dele onde chamei a atenção do mesmo, citei o nome do meu irmão gêmeo que claro ele se irritou, gritou, jogando um vaso na parede e assim que se acalmou então aproveitei e falei toda a ideia que eu tinha em mente.

A ideia era “usar” o Tayhiung para troca de lugar, em lugares “chique” que eu não pudesse entrar, ele pegaria meu lugar, claro em troca de dinheiro, uma boa quantia e óbvio, assim não precisava “sujar” as minhas próprias mãos, meu pai se surpreendeu com minha ideia e estava orgulhoso em ver o resultado positivo que eu tinha me tornado já ao meu ver eu era um ser humano repugnante, me achava a coisa mais patética e horrível, odiando em quem eu me tornei mas ainda  assim esse meu lado “puro” não tinha sumido cem porcento, pois tendo o Tayhiung ao meu lado, eu via isso de uma forma possitiva e esperança em ser salvo por ele como a Samantha foi salva pela senhorita Eliza Martins.

Eliza Martins… Seu nome soava na minha cabeça, me lembrando do seu olhar protetor com a Samantha, da sua bravura, algo nela me atraia, quebrava tudo que meu pai se dedicou a me ensinar, queria tê-la ao meu lado, não queria dividir ela com mais ninguém e quem se aproximasse dela com segunda intenções ou fazê-la chorar, mereceria morrer.

Por ela daria minha vida, por ela lutaria até esgotar minha energia, por ela iria até o fim do mundo mas infelizmente esse casamento iria acontecer apenas quando ela iria completar seus dezoito anos e nesse meio tempo meu pai percebeu que eu estava me apaixonando de verdade por ela, me mandando para estudar novamente lá no exterior, contra a minha vontade mas não tinha voz para reclamar e só voltaria para cá quando o dia do casamento se aproximasse.

E nessa “viagem”  o meu verdadeiro eu desapareceu junto com a pureza que um dia já tive, como se todas as portas se fechasse e desaparecesse, impossibilitando a possibilidade de eu conseguir ser salvo da educação que meu pai me passou durante todos esses anos.
E onde o amor que um dia senti pela Eliza Martins, simplesmente se foi, também.

ANOS DEPOIS

Park Tayung

Anos se passaram e eu estava finalmente de volta de onde eu nunca deveria ter saído , me pergunto se Eliza já havia completado dezoito anos e se ainda se lembrava de mim, faltava pouco para que nosso casamento acontecesse e de verdade? Não fazia a mínima vontade de me casar com ela, aquela paixão que um dia senti pela Eliza Martins havia sumido por completo e não deixava de ser mais uma para mim mas pelo dever e a responsabilidade tive que me casar com ela .
Minha vida era sem graça, ou como disse sem sal, apenas ficar com qualquer uma e descartar logo em seguida, sair em bar para beber , cobrar dívida e matar se fosse preciso e assim ia... Nojo de segurar uma arma ou ver sangue? Que nada pelo contrário eu amava, afinal eu fui educado assim.

Meu pai criou um sentimento de ódio dentro de m contra a minha mãe que sempre que ela falava comigo me tirava fora de mim a um ponto de poder machucá-la se fosse preciso, eu não tinha toda aquela frescura de meu deus tadinho e blá blá blá, não mesmo, como dizia meu pai isso era para os fracos e não para os vencedores, a lembrar disso um sentimento se fez presente em meu peito, a saudade.

Não fazia muito tempo que meu pai havia falecido e deixou todo seu império para mim, tendo muitas coisas a se fazer e para ser bem sincero não sabia nem por onde começar.

Burocracia, documentação, casamento e entre mil outras coisas para fazer, de fato eu iria ficar maluco mas parece que a vida estava do meu lado quando meu celular começou a tocar, peguei o pequeno aparelho e atendi sem mais delongas.
Após uns minutos em ligação desliguei a chamada, feliz por ter uma coisa a menos a cuidar, Eliza havia acabado de me ligar e se ofereceu a ser responsável pelo nosso casamento que obviamente aceitei, disponibilizando todo orçamento que ela for precisar e feliz por não ter que sair muito da minha realidade.

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