Seis anos depois - Antônio retorna a cidade com sua família, agora como delegado.
- Nem acredito que ficamos estes anos fora daqui.
- Pelo menos eu conheci outras pessoas e aprendi muito.
- E os garotos?
- Você vê, um professor outro dr, assim que se formarem.
- É, ainda falta alguns anos.
- Tenho fé marido, eles vão conseguir, são muito inteligentes.
- Sim eles são, puxaram a mãe.
- Olha só, o delegado da cidade fazendo modéstia. Risos.
Jocyane abre a porta, olha para a casa ali que fora passada por uma grande reforma, muros mais altos, cerca elétrica, câmeras de segurança.
- Quem diria que mudaríamos tanto.
- Lógico amor, graças a Deus e a mim que fiz você se calar diante ao ocorrido naquela época e assim aceitar o que fora dito entre os superiores e o pessoal do estado.
- Sei, sabe amor, sempre lembro daquilo, não fiz o que era certo, mais também quem iria acreditar em fantasmas e assassinato destes?
- Mais agora olhe para tudo isso. Ela o leva para um passeio pela casa, nos quartos que foram ampliados, na cozinha toda remodelada com móveis planejados, no quarto de casal que se tornara suíte, no jardim dos fundos com direito a um mini chafariz.
- Amor, ficou lindo.
- Te falei, é só confiar em mim.
- E na minha grana né?
- O que foi Antônio, você saiu um mero cabo e retorna agora o delegado, o titular.
- Sim, o titular.
- Também, dificil aquele outro delegado pedir a aposentadoria hein.
- Pois é, mais ele acabou por pedir, só estranhei que foi logo depois daquela viagem que ele fez a capital, lembra-se?
- Sei lá marido, você me diz tantas coisas.
- É.
- Bem enfim, ele se foi, vai viver a boa vida com seus frutos agora.
- Acho que sim.
A mulher mexe na bolsa e desta tira um celular, começa a mandar mensagens para as amigas.
- Acho que vou para a delegacia agora.
- Vai paixão, eu vou esperar os móveis.
- Para que horas você marcou a empregada?
- Daqui a pouco, mais calma ainda não esta nada certo.
- Tudo bem amor.
- Tá, tchau. Antônio sai deixando Jocyane ali a papear em áudios com as amigas.
Não demora, chega ali na casa, uma mulher jovem de seus 21, branca, em calça e blusa brancas.
- Oi D. Jocyane.
- Você é a nova funcionária?
- Sou, a minha vizinha te conhece e falou de mim.
- Claro, entre, olhe vou te passar o que gosto e não.
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ME CHAME - TERROR
HorrorTRATA-SE DE UMA OBRA QUE LEMBRA ALGUNS CONTOS DOS ANTIGOS UMA MENINA MORTA DE FORMA ABRUPTA RETORNA PARA VINGAR-SE SEM SABER DE QUEM E A QUEM DIRIGIR ESSA VINGANÇA.