Eternal Love - Cancelada

1. Firework

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Correria. Todos se posicionavam o melhor possível tentando manter distância do aglomerado de pessoas para aproveitar do melhor jeito possível uma festividade que só ocorre a cada exatos um ano, a queima de fogos de artifício de final de ano. Todos ali presentes olhavam para o céu com expectativa.

2...

- Rápido Uraraka! Faz um pedido! - Grita Hagakure Toru, melhor amiga de Uraraka Ochako - e uma de suas poucas amigas - para alerta-la acerca do quase ritual realizado pelas mesmas que consiste em pedir um desejo como forma de começar o ano bem. Toru teve que gritar para ser ouvida já que a quantidade excessiva de pessoas em volta - podendo equiparar o lugar a um formigueiro - gritando alegres fazia com que sua voz ficasse inaudível até mesmo para Uraraka que estava parada em pé ao seu lado.

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- Eu quero que meus pais tenham uma vida digna, como merecem. - Deseja Ochako em pensamento. Suas mãos estavam posicionadas em frente ao peito com os dedos entrelaçados e com os olhos fechados, mantendo um sorriso em seu rosto para demonstrar sua extrema felicidade.

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De modo beirando ao sobrenatural, no momento exato em que a morena abre seus grandes olhos castanhos a queima de fogos se inicia.

Os olhos de todas as pessoas ali presentes brilhavam e os de Uraraka estavam úmidos por carregar lágrimas que sem permissão se soltavam e desciam, indo de encontro ao chão. Lágrimas de alegria. Uma felicidade que só pode ser contemplada a cada exatos um ano.

Ficaram a observar atentamente a queima de fogos na areia da praia por cerca de vinte minutos. Os tão chamados treme terra já haviam acabado, e o espetáculo estava em seus momentos finais.

Deram as mãos para que não se perdessem em meio as pessoas, recebendo em troca olhares de pessoas que sem dúvida as julgavam, mas sabiam ser apenas amigas então não ligaram para tal ato. Só se soltaram quando já estavam longe da multidão, quase fora da praia, com a areia pálida cobrindo os pés calçados por chinelos. Lavaram e colocaram novamente os chinelos em seus respectivos pés.

Subiram na calçada que era um pouco mais alta em comparação a areia que antes pisavam e seguiram em direção à casa de Toru, em mais ou menos uma hora começaria outra queima de fogos perto de sua casa, como era de costume fazer todos os anos. Embora as duas morassem muito perto, a casa de Hagakure tinha vista privilegiada dos fogos, e quando chegassem já seria uma da manhã, que com certeza não é o melhor horário para sair na rua sozinha.

A casa dela tinha uma distância relativamente grande da praia, então caso não andassem muito mais rápido do que de costume não conseguiriam assistir.

Quando estavam no meio do caminho decidiram aproveitar que teriam que chegar rápido e apostaram corrida, como era de costume fazer. Quem conseguisse chegar primeiro na frente de um grande portão feito de madeira de uma casa amarela que ficava um pouco antes de dobrar a esquina que teriam que andar para chegar à casa de Toru ganharia e a outra teria que fazer algo que elas decidiriam depois, naquele momento tinham apenas que correr para chegar primeiro ou então rezar para que ao outra não fosse tão má com seu pedido - ou melhor, sua ordem.

Elas corriam com sorrisos pintados em seus rostos. A vida parecia tão fácil naquele momento.

Infelizmente a família de Ochako estava passando por dificuldades severas naqueles últimos tempos, a empresa que antes pertencia à sua família por duas gerações, a dois anos havia falido por falta de serviços. Era uma empreiteira, ou seja, uma empresa que realiza obras.