Capítulo XIII

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Sakura

— Sakura.

Um frio percorreu por minha espinha e meus pêlos se eriçaram, me virei vendo o dono da voz confusa.

— Sasuke-Kun.

Será uma noite e tanta!**

— Não vai entrar? — Me perguntou tirando de meus pensamentos perante a ele.

— Sim… Só mais um minuto e eu entro. — Lhe disse, ele pareceu ponderar com uma expressão que não sei distinguir ao certo. Só aí notei que foi pelo meu tom de voz nenhum pouco agradável, não foi minha intenção.

— Aa.

Disse assentindo e entrando logo em seguida, me deixando só, é o que eu preciso para poder pensar em minha relação para com ele. Novamente desvio meu olhar da porta fechada para o céu me afundando em pensamentos e sentindo o vento fresco e meio gélido de Konoha. Acho que a culpa dele está distante para comigo, é totalmente minha, e me sinto mal por isso, desde as últimas duas semanas venho dando somente minha atenção ao hospital e á Sarada, ignorando totalmente ele, mesmo não querendo fazê-lo se sentir mal, acho que meu egoísmo ajudou com isso, usando seu jeito impaciente, mandão e sisudo comigo para um motivo de querer afastá-lo de mim. Acho que esse jeito dele é por não estar acostumado com esse meu jeito, uma Sakura diferente de antes.

Porém, mesmo com esse jeito dele… Sinto falta de sentí-lo!

Sinto falta de seus toques, mesmo que foi só em uma noite…

Desejo ser amada por ele novamente e quero amá-lo também!

Então vou fazer isso por nós dois…

                                        (…)

Sasuke

Fiquei esperando Sakura chegar do hospital, o que demorou — parece que as coisas mudam, não é mesmo? — para quem ficava tarde da noite me esperando lendo seus livros medicinais na cama, nas quase raras noites em que aparecia para vê-la, nas pequenas escapadas de minha missão quando ficava longas semanas fora, voltando então com a saudade que tinha de minha tsuma, até que posso aguentar sua demora, não tenho direito de reclamar.

Percebi que ela ficou parada na rua pelo seu chacka, o que estranhei, fiquei sentado no sofá lendo um de seus livros de ervas, o que achei interessante. Após alguns minutos estranhando sua demora de entrar, resolvi chamá-la. Ela estava sentada no degrau, pensativa, perguntei se ela iria entrar, ela respondeu distante e seca:

— Sim… Só mais um minuto e eu entro.

Não precisa se esforçar muito para saber quem está em seus pensamentos distantes, pela forma seca de me responder, sei que é sobre mim. Com isso, assinto e entro encostando a porta, indo para nosso quarto.

Novamente fazendo-a sofrer...

Deito em minha cama com o intuito de pegar logo no sono, porém se passa minutos e não consigo, pois meus pensamentos não me deixam fazer isso.

Às vezes me pergunto se simplesmente não a deixo, um homem como eu não merece a felicidade, merece ao contrário disso. Todavia a resposta é óbvia demais. Sou um tolo por pensar nessa hipótese, pois nunca a deixaria.

Levou toda a minha vida apenas para sentir

It took my whole life just to feel it

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⏰ Última atualização: Dec 29, 2019 ⏰

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