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Quando chegaram em casa, Yoongi ajudou seu patrão a levar suas compras até o quarto e foi dispensado para tomar um banho, desde que depois subisse ali de novo. Seu banho demorou muito e estava extremamente gelado, já que a água naquela temperatura o ajudava a pensar e relaxar.
O relógio marcava cinco horas da tarde e o sol já não estava mais a pino, logo iria escurecer e o garoto só desejava dormir.
Relutante ao não pode mais enrolar no banho e também não conseguir mais vestir a roupa lentamente, Yoongi subiu correndo as escadas e entrou no cômodo de Kim sem bater e, embora tenha deixado o homem surpreso, recebeu um sorriso afetuoso.
Taehyung abriu a boca, animado, para dizer alguma coisa que mudaria completamente o rumo do assunto e tiraria a coragem de Min, então ele o interrompeu.

— Precisamos conversar, eu acho.

Sua expressão séria contagiou seu patrão, que o seguiu até a cama e lá os dois se sentaram, com uma distância que o mais velho não queria entre eles.

— O que foi?

Yoongi parecia determinado a não olhar em seu rosto, mas ao suspirar profundamente seus olhos encontraram os de Kim.

— Por que você está tendo esse caso comigo? Eu tenho alguma coisa que te interessa?

Taehyung o analisou cuidadosamente, não sabendo o que responder. Aquilo era um absurdo e não fazia sentido tais dúvidas na cabeça de Yoongi, porém, se o garoto estava aflito o bastante para vir falar consigo era porque o assunto estava em sua cabeça, martelando e torturando. Com a paciência que não tinha, Taehyung aguardou Yoongi começar a falar.

— Bom... — O garoto continuou, desconfortável pelo silêncio de Kim. Como ele diria aquilo? Como introduzir o assunto sem dizer que "ah, eu estava conversando com alguém e do nada essa pessoa disse algo que colocou uma semente da discórdia na minha cabeça". — Eu só quero saber o que você quer de tudo isso. — Yoongi foi direto, o melhor jeito que encontrou de abordar o assunto. — Digo, eu sou um empregado, não sei bem, Taehyung, não vejo motivos pra você querer ficar comigo.

— Acho que você se subestima. — A voz potente de Kim finalmente se fez presente, ele encarava Yoongi com amabilidade e isso fez o peito do garoto aquecer como nunca antes. — Eu gosto de você. — As palavras pareciam se tornar cada vez mais difíceis a julgar pela coloração das bochechas de Tae. — E eu gosto de estar com você.

As palavras eram calmas, baixas e muito claras, Yoongi se sentia confortado e tímido pela pequena e bonita declaração. Ele dava toda razão para Taehyung porque sentia muito bem sua sinceridade, e concordava sobre o gostar. Ora, eles estavam se curtindo e se conhecendo, um sentimento desses também começava a florescer no peito de Yoongi.

— Acho você uma pessoa incrível, Yoongi... — Taehyung continuou mesmo quando Yoongi já estava convencido de suas intenções, sentia que deveria falar mais algumas coisas. — E se você estivesse em um cargo alto onde trabalho, acredito que sentiria as mesmas coisas. — A mão de Kim segurou delicadamente aquela que era mais clara do que a sua. Yoongi sorriu e se aproximou rápido, roubando um selinho do mais velho.

— Já entendi, obrigado pela paciência...

— Acho que mereço um prêmio, não é?

Taehyung sorriu, puxando o outro pelo braço até que este se acomodasse em seu colo.

— Vai deixar minha boca dormente de tanto beijar, Tae...

— Ora, Guinho... — O Kim riu, achando graça no apelido que tinha inventado. — Eu não disse nada sobre beijar, disse?

Yoongi o olhou curioso, envergonhado por pensar que Taehyung estava sugerindo aquela coisa. Não era muito cedo pra isso?

— Então o que você quis dizer, senhor?

(Des) ApegoOnde histórias criam vida. Descubra agora