Capítulo 53

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*Harry's POV*

Finalmente, após um ano, ela estava nos meus braços outra vez. Senti-me... completo. Ela tinha congelado quando me viu pela primeira vez, pensei que ia fugir. Estava... acostumado que ela o fizesse. Mas o seu rosto corajoso desapareceu e ela praticamente saltou para os meus braços. Quando ela chora, é porque é sério. Ou algo importante. Porque ela odiava chorar. E o facto de eu saber que ela não estava bêbada, mas o seu aspeto estar tão mau como se tivesse sido lixada.

Eu conseguia adivinhar só por segurar nas suas mãos que algo não estava bem há uns tempos. Ela estava tão magra. As minhas mãos que estavam à volta da parte superior do corpo dela, eu conseguia SENTIR as suas costelas. Apesar de colocar uma cara dura para o mundo, ela estava a sofrer. E este acidente de carro fez com que ela batesse no fundo do poço.

"Shhhhh baby shhhhh. Eu estou aqui. Está tudo bem. Shhhhh." Eu esfreguei a mão em círculos nas costas dela, encostando-a a mim.

O seu corpo estava a tremer enquanto chorava, mas ela mantinha o seu choro silencioso, os braços firmemente à volta do meu torso, a cabeça enfiada no meu pescoço. Eu conseguia sentir as suas lágrimas a molhar a minha camisola, mas a este ponto, não importava.

Eu empurrei a minha cara contra o seu cabelo, fechando os meus olhos. Odiava que ela estivesse assim. Queria ajudar, mas não conseguia. Ela não me dizia, e eu conhecia-a demasiado bem para saber. E se ela não dizia, então eu não podia fazer nada.

"Vamos levar-te a casa." Eu disse suavemente, dando um passo atrás e segurando nas suas malas.

****

Quando chegamos ao meu carro, eu deixei-a deitar-se no banco de trás para dormir, uma vez que ela estava aterrorizada só de pensar em sentar-se no banco da frente. Eu teria ido a pé com ela mas o aeroporto era a 6 milhas da minha casa, então não era uma opção lógica.

Portanto, ela estava a dormir e eu a observá-la pelo retrovisor. Mesmo enquanto dormia, parecia incomodada e em sofrimento. Eu senti mesmo pena daquela pobre rapariga. Só queria pegar nela e levá-la para longe destes problemas todos, fazer as coisas corretas por ela, tratá-la como uma princesa; como ela deveria ser tratada. Mas... Eu já não podia fazer isso. E eu não sabia se era culpa minha ou dela. Sim, ela tinha-se divorciado de mim sem conversar comigo sequer. Mas, se eu não tivesse aberto a minha grande boca e dito que estávamos casados, em vez de dar a entender que ela tinha uma OPINIÃO no assunto, não estaríamos nesta situação. Por isso... A culpa FOI minha.

Conduzi o carro até uma paragem à frente do apartamento, verificando como estava a Lucy no banco de trás.

Saí do carro e abri a porta traseira, inclinando-me e pegando nela ao colo. Ela merecia dormir, parecia exausta apesar de tudo, por isso dormir era ótimo neste momento. Chegar à porta foi fácil mas abri-la enquanto pegava nela é que foi ligeiramente difícil. Eventualmente, consegui abri-la e pegar nela mais firmemente, então levei-a para o meu quarto e da Caroline. O meu coração doeu um pouco, deitá-la na cama que costumava ser nossa, que eu agora forcei partilhar com outra pessoa...

Por sorte, Caroline não tinha voltado desde a noite anterior, Niall tinha levado Bella para que eu pudesse ir buscar a Lucy ao aeroporto, mas ele tinha dito para lhe ligar, que a trazia de volta a casa com mais um rapazes, para que todos pudessem ver a Lucy outra vez. Todos sentiam imensa falta dela, mas nenhum podia sentir tantas saudades como eu sentia.

Mesmo assim, não conseguia acreditar que o Louis tinha simplesmente... Nos deixado. Quer dizer, eu teria feito exatamente a mesma coisa se pudesse. Mas não podia simplesmente deixar tudo aqui para ir atrás da Lucy. Mesmo tendo tentado. Liam perdeu a conta de quantas vezes teve que me impedir de apanhar um avião e ir vê-la. Quantas vezes eu fiz as malas e as da Bella para poder trazê-la de volta connosco. Eu senti-me igual a quando descobri que ela estava com o Louis. Não queria saber se ela estava grávida dele. Não queria saber se ela andava a ir ter com ele às escondidas. Só a queria de volta, e que me amasse outra vez, e acordar ao seu lado como ela costumava. E que risse com as minhas piadas patéticas e sem graça. E o cheiro do seu perfume na almofada ao lado da minha. Só de ver os seus olhos brilhantes a olhar para mim logo pela manhã. Sentir o seu corpo quente ao lado do meu. Vê-la dentro de casa vestido só as minhas t-shirts. O seu sabor.

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