DANIEL
Quando fui embora do colégio, uma mágoa tomava conta de mim.Eu não estava exatamente bravo com ela. Eu apenas estava tentando entender o motivo de ela não querer namorar comigo. O motivo de ela simplesmente me amar, mas não querer namorar comigo.
Ela poderia tentar me entender pelo menos dessa vez. Ela poderia pensar em nós dois, e não apenas nela. Porque os motivos que ela está me dando para impedir que o namoro aconteça, envolve apenas ela.
Eu tentei manter a calma para dirigir na Avenida que dava na casa da Giulia. Eu não sabia bem o endereço, então ela precisou me enviar e eu estava seguindo o GPS.
O céu estava azul escuro e não dava para se ver estrelas. O vento estava consideravelmente gelado, mas não o suficiente para que eu ficasse com frio. A janela do carro estava completamente aberta, enquanto eu andava á oitenta por hora na Avenida.
Quando entrei na rua iluminada apenas por postes de luzes, comecei a procurar aonde ficavam os números, para identificar o 242. Logo, no final da rua, havia alguém parado mexendo no celular e com uma mochila nas costas. Chegando mais perto, pude ver que a pessoa era a Giulia.
Buzinei para que ela percebesse a minha presença, e logo parei o carro na sua frente e abaixando o vidro do passageiro. Ela sorriu para mim e entrou.
— Você é louca de ficar em uma rua escura á essa hora da noite? — questionei, encarando ela com o carro parado do meio da rua. Giulia fez uma careta para mim e soltou uma risada.
— A minha casa estava logo atrás de mim, Daniel. — revirou os olhos, como se eu não tivesse razão de chama-la de louca.
— Grande coisa. — resmunguei, ouvindo ela gargalhar fraco mais uma vez. Dei partida no carro e Giulia abaixou o som do rádio ligado.
— A Samantha não quis vir? — perguntou para mim. Eu balancei a cabeça e mordi a bochecha internamente. — E está tudo bem entre vocês dois? — questionou logo em seguida, parecendo ver a minha expressão mudar ao falar o nome dela.
— Sinceramente? Para mim, não está. — lamentei, soltando um suspiro pesado. Mesmo sem encara-la, percebi que Giulia tinha o olhar sobre mim, como se dissesse para que eu continuasse falar. — Ela não quer ser a minha namorada.
— Mas eu pensei que vocês estavam namorando. — disse confusa. Olhei para ela rapidamente e vi suas sobrancelhas franzidas. — Me explica isso direito.
— Ela já disse para mim, acho que é a segunda vez, que não quer namorar comigo. Ela disse que me ama, mas não quer ser a minha namorada. — contei simplesmente. Antes de qualquer coisa, eu achava aquilo uma completa desculpa esfarrapada.
Será que ela me amava mesmo?
— E como você se sente? — perguntou após alguns segundos.
— Eu sinto que... — balancei a cabeça, tentando achar as palavras certas. — Eu sinto que eu amo ela. Mas talvez o amor que ela tenha por mim, não seja tão forte.
— Não seja precipitado. — Giulia aconselhou. — Você precisa dizer á ela como se sente. Você não viu o que aconteceu entre mim e o James? Eu não disse o que sentia para ele, e olha como estamos agora.
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5 PEDIDOS || CONCLUÍDA
RomantikSamantha Sanders é tão sonhadora quanto o seu pai era; Agora, ela vive apenas com a sua mãe e seu irmão mais velho, que por sinal ás vezes se comportava como se fosse o seu pai. Às vezes, ela até gostava disso. No colégio da cidade em que...