Família Slytherin

Capítulo 1: Carta de Hogwarts

Na Grã-Bretanha, afastada de olhos curiosos, há uma linda mansão, que pertence à família Gaunt Slytherin, que tentava ao máximo ficar longe dos olhos curiosos do profeta diário, mesmo se passando 11 anos deste a primeira guerra bruxa, e o Lorde das Trevas ter sido derrotado, ainda há muitos questionamentos, uma vez que eles eram a "família" do bruxo das trevas. 

Nathaniel Gaunt Slytherin, sempre se manteve omisso durante a guerra, afinal, isso não iria o afetar de alguma forma, ele não ajudava a ordem da fênix, mas também não atrapalhava, porém há vários boatos que ele tem amigos que eram comensais da morte, como seus vizinhos, os Malfoy, e foi ele quem deu a ideia para Lucio, dizer que estava sobre a maldição imperius para não ser mandado para Azkaban. Para a sorte do herdeiro de Salazar Slyherin, isso funcionou, e seu amigo não está vivendo com os ratos na prisão bruxa.

Isso de alguma forma o ajudou também, uma vez que ele é viciado em trabalho, já que sua esposa e filho morreram em um acidente de barco, quando uma tempestade surgiu e naufragou o barco que sua família estava, Nathaniel conseguiu salvar apenas sua filha mais nova, Annie, que iria iniciar o ano letivo de Hogwarts.

Com seu vizinho livre da prisão de Azkaban, Nathaniel conseguia ir para suas viagens de trabalho tranquilamente, uma vez que deixava Annie aos cuidados dos Malfoy, que também tinham um filho da mesma idade da garota.

Descendo as escadas, o homem alto e de pele pálida com olhos verdes e cansados, observava a garotinha abrindo varias vezes a janela da sala, na esperança da carta chegar logo, Nathaniel dá um suspiro e passa as mãos em seus cabelos ondulados e escuros, e se aproxima de sua filha.

— Huh, que demora, será que ela se perdeu? — Annie diz em frustação. — Nós moramos no fim do mundo, não é?

Anne se joga no sofá e suspira, enrolando uma mecha de seus cabelos castanhos escuros entre seus dedos pálidos e magros.

— Fim do mundo? A senhorita que está sendo impaciente. — Nathaniel suspira. — Afinal, as aulas só começam dia 1 de setembro.

— Sim, mas porque não podemos comprar as coisas antes da carta chegar? Você mesmo disse que os materiais são o mesmo, deste a sua época.

— É, quem sabe... Mas agora tenho que ir para uma viagem, estarei no castelo bruxo. Tenho assuntos para resolver por lá. — Nathaniel pega a sua mala e ajeita a sua gravata. — Vou te mandar cartas enquanto estiver por lá.

Ele da um beijinho na testa de Annie, mas assim que abre a porta para partir, uma coruja entra dentro da mansão e joga uma carta no rosto de Annie.

— Ai! — Ela passa a mão no rosto, mas logo olha a carta e finalmente vê que era a carta de Hogwarts. — Papai! Veja!

Annie abre a carta, seus olhos verdes estavam radiantes, Nathaniel se curva levemente, para conseguir ler a carta, ele revira os olhos, realmente, era tudo do mesmo, deste a sua época nenhuma palavra foi trocada, exceto pela diretora.

Prezada Annie Gaunt Slytherin

Temos o Prazer de informar que Senhorita tem uma vaga na escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. Estamos anexando uma lista dos livros e equipamentos necessários.

O ano letivo começa em 1° de setembro. Aguardamos sua coruja até o dia 31 de julho, no mais tardar.

Atenciosamente

Minerva Mcgonagall

Diretora Substituta

— Ótimo! Agora, eu posso ir, não posso? Porque você não vai até a casa dos Malfoy? Tenho certeza que Draco está tão animado quanto você, estarei deixando dinheiro para você comprar tudo que precisar. — Novamente Nathaniel deu um beijinho na testa de Annie, e aparatou.

— Tchau papai.

Annie suspirou, mesmo que Nathaniel desse tudo que ela pedia, ela ainda sentia falta de seu pai, que sempre estava viajando e tudo mais, mas ela não deixou isso a abalar tanto assim, ela foi até o jardim e pegou uma vassoura e subiu nela, indo até a mansão dos Malfoy, assim que chegou, ela deixou a vassoura em um cantinho do jardim.

Diferente de sua mansão, que tinha um estilo mais rustico, com detalhes de pedra e madeira, a mansão Malfoy tinha um estilo mais gótico e sombrio, mas que ainda sim, era bem bonita. Annie bateu na porta e esperou, assim que a porta abriu, ela viu um elfo, era o Dobby.

— Senhorita Gaunt, no que posso ser útil? — A voz do elfo era tremula. — Veio ver o Senhor Malfoy?

— Vim sim, você está bem?

— S-Sim! Não queria te causar preocupação! Sinto muito.

Dobby deu passagem para Annie entrar na mansão, e então ela olha para Lucio Malfoy, que da um sorrisinho para ela.

— Espero que esse elfo não esteja te atrapalhando, Draco está lá encima. — Ele olha feio para Dobby, que sai correndo. — Pelo visto você recebeu a carta, está animada para o ano letivo?

— Sim! Mal posso esperar para aprender feitiços legais, também quero duelar! Mas sabe o que me deixa mais ansiosa ainda? É poder ver o salão comunal da sonserina!

— Admiro a sua empolgação, mas como sabe que será selecionada para sonserina?

— Papai não te contou? Senhor Malfoy, o Salazar fez um feitiço no chapéu seletor, onde todos os seus herdeiros vão para a sonserina, mesmo que eles pertençam a outra casa. — Ela sussurrou para Lucio.

— Huh, que intrigante. Heh, imagino o quão vergonhoso seria para um descendente do fundador da casa entrar em outra casa, como Lufa-Lufa.

— É, acho que ele pensou nisso mesmo.

Os dois riem, então Lucio se afasta para que Annie pudesse subir as escadas e ir ao encontro de Draco. Os corredores eram escuros, principalmente por conta da madeira escura dos pisos, se trouxas se aproximassem do local, certamente diriam que era amaldiçoada, mas para bruxos, era um estilo clássico, bem, pelo menos para bruxos que gostam das artes das travas.

Anne abriu a porta do quarto de Draco, que não fugia muito do estilo da mansão, com exceção de alguns pôsteres de quadriboll, mesmo sabendo voar com a vassoura, Anne jamais iria jogar um jogo tão bruto, ela gostava de ver as pessoas brigando ou até caindo de suas vassouras durante os jogos, não de participar, porém seu amigo loiro pensava ao contrário.

— Draco! — Ela acena para o garoto e se senta ao lado dele. — Minha carta chegou.

— Ah, não me diga. — O menino diz em tom de zombaria. — Annie, você tem um truque para eu entrar na sonserina?

— Hmm~ Quem sabe deixar de tão chato? — Ela retribui a zombaria do garoto. — Não se preocupe Draco, toda a sua família foi da sonserina.

— Por isso mesmo! Já pensou ser selecionado para a Lufa-Lufa?

— Bleh. — Annie faz careta. — Aí acho que você vai ter que convencer a sua mãe de mandar você lá para aquela escola no fim do mundo.

— Também acho. — Draco cruza os braços. — Você acha que Harry Potter vai entrar na escola?

— Sim, mas papai disse para eu não dar muita atenção para ele. — Annie da de ombros. — Ele disse que não ia pegar bem, você sabe o porquê.

— É, mas você vai ser famosa também! Vocês vão competir.

— Eu não preciso competir com ele, quero apenas andar com os meus.

Alguns passos se aproximam do quarto, era Narcisa, mãe de Draco, ela tinha uma aparência elegante, e sempre vestia roupas da marca mais cara.

— Annie, estou feliz por você estar aqui, e fazer companhia para o meu Draco. Tenho certeza que vocês dois vão se dividir na escola. — Ela sorriu. — Agora vamos comprar o material de vocês?

Annie e Draco concordaram prontamente, afinal, essa era uma das partes mais divertidas, principalmente agora que eles poderiam ter a sua própria varinha.