Capítulo 4

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Acordei com a sensação que faltava algo, mas ignorei. Levantei me e senti uma tontura, mas logo voltei ao normal, fui até á casa de banho e lavei a cara, decido ir na faculdade porque daqui a uma semana estou de férias.

Pego o telemóvel e ligo para a minha mãe, ela pergunta como estou, o que tenho feito e quando vou os visitar. A verdade é que nunca fui muito apegada a nada, apesar disso sinto saudades deles e tenho mesmo de os ir visitar.

Noto numa mensagem no Instagram e abro:

-Bom dia

Não estava á espera que ele mandasse mensagem, na verdade, uma parte de mim achava que ele me iria magoar assim que tivesse hipótese, talvez tenha pensado errado. Tento ignorar a mensagem e pego a mochila, corro para apanhar o autocarro, demoro uns 15 minutos a chegar na faculdade e assim que chego, corro pelo corredor fora para puder chegar a tempo da aula de Antropologia, este era o meu primeiro ano na faculdade e tinha mesmo de começar a estudar, apesar de gostar da minha área, sei que isto é diferente, estar num sitio longe dos meus pais, com pessoas diferentes e horários estranhos reconheço que não é fácil mas vou tentar me esforçar de verdade este ano, digo isto todos os anos mas desta vez vai ser diferente. Logo que saiu da aula, vou pelo corredor fora e pego o meu telemóvel, respondo ao Bom dia do Diego com as mesmas palavras. Viro na esquina e sem esperar bato contra alguém. Porra, sou mesmo desastrada. Abaixo me e pego os livros da pessoa, levanto e finalmente vi quem era a pessoa a quem tinha chocado no meio do corredor.

Diego. Realmente começo a pensar que ele me anda a perseguir, mas depois olho para os seus olhos e percebo que está tão surpreendido quanto eu, olho os seus livros e leio "Psicologia" e foi nesse momento que entendi que estávamos a estudar na mesma faculdade, a diferença é que estou no primeiro ano e ele já deve estar no 3 ou 4 ano, só consigo olhar para ele e mais uma vez como naquele dia na praia, não consegui pronunciar uma palavra. Ele estende-me a mão á espera que o comprimente de uma forma formal como se fossemos dois desconhecidos. Olha os meus livros.

-Sociologia? - faz troça de mim

-Sim, qual o problema? – Digo séria

-Nenhum - diz com os seus risinhos pelo meio

Entrego-lhe os seus livros com força.

-Tenho de ir 

Não espero sequer a resposta seguinte dele, bato com ombro no dele e ando apressadamente pelo corredor, a verdade é que não sei por onde vou porque as minhas aulas já acabaram.

A nossa história (livro 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora