Chapter 5

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Sina
Já faziam alguns dias que não via Noah desde a última vez que o vi, eu vejo um certo mistério em seu olhar, ele some, e alguns dias manda mensagens... Posso ser um pouco desligada mas burra não sou, ele esconde algo.

Noah (flashback on)
Vai ficar tudo bem meu amor...— minha mãe diz depositando um beijo em minha testa. Eu estava aflito, estávamos num carro de um desconhecido, indo para um lugar desconhecido. O carro para e o homem puxa eu e minha mãe para fora do carro.

— Você disse?— o homem pergunta simples para minha mãe.
— Não...— ela o responde de cabeça baixa, ela chorava.

Não chore mãe.

Eu não gosto de ver você chorar...

— Você teve oito ano para dizer, Wendy! Eu mesmo vou dizer ou você sofrerá as devidas consequências!— ele grita fazendo minha mãe choramingar.
— Mamãe, o que tá acontecendo?— eu estava confuso, provavelmente qualquer criança de oito anos nunca entenderia o que estava se passando naquele momento.
— Tenho uma resposta simples Noah... Eu sou seu pai, sua mãe mentiu esse tempo todo, seu pai nunca morreu, ela apenas tem vergonha do pai do seu filho...— eu olhava estático para minha mãe, boquiaberto, eu não acreditava, ela mentiu durante minha vida toda... Eu não podia acreditar...
— Desculpa filho...
— Não me chame assim! Nenhum de vocês dois! Eu odeio vocês!

Corro o mais longe que posso até que escuto um estampido vindo do lugar onde estava, viro-me rapidamente e minha visão vai diretamente a minha mãe, caída no chão, ensangüentada.

— Ela sofreu as consequências por você Noah... Você viverá com esse peso na consciência, era pra ter sido você, ela se sacrificou por você!— sinto minha consciência pesar, eu fui um idiota, agora vou ter que viver com um cafetão que matou minha mãe e que era meu pai...

(flashback off)
Muitas pessoas escondem segredos certo? Todos tem um lado obscuro certo? Eu apenas não gosto de expor minha vida para as pessoas, eu fui criado em meio à prostituição, drogas, bebidas e máfias. Eu invento essa história de meu pai não apoia, minha mãe ficou doente e morreu blablabla apenas para não dizer "nossa você sabia que eu sou herdeiro de uma das máfias mais perigosas de todas Los Angeles? Incrível né?" Eu só espero ter ou ao menos tentar uma vida normal, Sina é uma menina incrível e não quero perdê-la para uma história boba do meu passado.

Sinto meu celular vibrar e vejo um número desconhecido na tela.

— Alô?
— Oi filho.

Aquela voz...

— O que você quer?— responde ríspido.
— Nossa nem se quer um "oi papai"?— não seu merda eu te odeio e você não é o meu pai.
— Fala logo antes que eu desligue.
— Precisamos de uma virgem.— merda, merda.— Você conhece alguma? Não ouse mentir...— merda merda sim eu conheço mas eu não posso botar a vida de Sina em risco.
— N-não — mentira.
— Tem certeza filho?
— Sim...— hesito.
Filho...
— Mesmo se eu conhecesse eu nunca te falaria!

Foram minha últimas palavras naquela conversa, desligo meu celular e volto para minhas atividades diárias.

Sina
Mais uma vez tenho um pesadelo, dessa vez foi um bem diferente, tudo era branco apenas uma voz ecoava na minha cabeça, falava coisas horrendas como "se mate" "você sabe o que vê" "fique atenta" "você corre perigo" e como sempre acordo atordoada com meus pensamentos.

Eu precisava sair de lá, eu já estava com claustrofobia do meu quarto, preciso sentir ar puro, espairecer.

Pego um moletom que estava jogando num canto do meu quarto que por sinal já estava uma bagunça,— Heyoon vai me matar—penso. E começo uma caminhada pelas ruas silênciosas de Orange.

O ar frio batia na minha face e levava meus fios de cabelo ao ar me fazendo abrir um sorriso, sentir o ar puro, o vento bater em minha face, me faz ter uma sensação satisfatória.

Sinto mãos envolverem minha cintura e me virarem bruscamente, pressiono minhas pálpebras contra elas, provavelmente era meu fim.

— Hey, eu não queria te assustar— aquela voz me era familiar.
— Noah...— minha fala sai como um suspiro de alívio.— nunca mais faça isso por favor...— digo ainda num tom assustado.
— Desculpa...— uma de suas mãos pousa em minha cintura e a outra acaricia minhas bochechas. Sinto borboletas em meu estômago, ponho minha mão em sua nuca e o puxo para mim, nossos lábios se chocam e nossas línguas dançam em perfeita harmonia, Noah me puxa para si e cola nossos corpos, paramos o beijo devido à falta de ar, maldita falta de ar.

{...}

Noah

— Obrigada por me trazer de volta— ela fala e dou-lhe um selinho
— Eu que agradeço
— Tchau Urrea
— Tchau Sininho...— meu tom sai como um suspiro, aquela menina está me enlouquecendo...

Chego em casa, apenas tiro meu moletom e me jogo na cama, ela me beijou, Sina Deinert me beijou...
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Finalmente beijo Noart negxs😎👍🏻Espero que estejam gostando da fic.
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Kisses,
Mah💕

𝐝𝐚𝐧𝐜𝐢𝐧𝐠 𝐰𝐢𝐭𝐡 𝐚 𝐬𝐭𝐫𝐚𝐧𝐠𝐞𝐫|𝗻𝗼𝗮𝗿𝘁 (concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora