PRÓLOGO

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Cheguei ao apartamento que dividia com Lauren uma hora e meia mais cedo de costume. Sair do carro, deixando a minha bolsa no interior do veículo, e corri em direção ao elevador, segurando os presentes em minhas mãos. Ao chegar na sala, coloquei o whiskey sobre a mesa e a caixa de chocolates no sofá, para então começar a tirar o meu casaco quente que estava me sufocando.

Desabotoei o meu short jeans e tirei logo em seguida ficando apenas de calcinha e camisa de alcinha, enquanto andava. Meus nervos relaxaram instantaneamente e um sorriso lascivo surgiu em meus lábios assim que ouvi a música baixinha que vinha do nosso quarto, misturando-se ao som do chuveiro ligado.

Abri a porta devagar e entrei, tomando cuidado para não fazer barulho, maravilhando-me ao som de Secrets, do OneRepublic, uma das minhas músicas favoritas. Retirei a pulseira do pulso e o coloquei sobre o criado-mudo. Logo depois, dei o mesmo tratamento a minha calcinha.

Andei em direção ao banheiro, na intenção de surpreendê-lo, já imaginando tudo o que faria daquele momento em diante. Minhas mãos já tremiam em ânsia de tocar o corpo macio. No entanto, um som abafado, lamuriante e tão conhecido por mim, me fez parar no meio do caminho. Congelei. Era um gemido deslambido.

Senti o sangue sumir do meu corpo, dando lugar a uma mistura de confusão e raiva imensurável. Não... Não poderia ser o que eu estava pensando. Eu perderia o meu senso, seria capaz de fazer uma besteira. A passos firmes, segui até o banheiro e empurrei a porta usando toda a força que tinha, fazendo o objeto se chocar contra a parede, causando um barulho retumbante. Então, eu os vi. Meu noivo e a sua prima de consideração, traindo-me descaradamente dentro da minha própria casa. No quarto em que eu dormia.

— Saia, agora! – Ordenei com ódio – Saia!

— Melissa. Meu amor... me deixa explicar.

— Cala a sua maldita boca, porra! Seu filho da puta descarado. Eu te dei tudo, até comprei chocolate pra você hoje, e olha como me agradece. Exijo que você saia agora mesmo, você e essa escrota covarde.

— Melissa, não pode fazer isso – A imbecil falou, vindo logo atrás.

Virei-me e cravei minha atenção em sua fisionomia, com sangue nos olhos. Parecia que o demônio havia me possuído, era a definição mais próxima de mim naquele momento.

Avancei em sua direção e o atingi com rajadas de socos no rosto. Logo depois, empurrei-a para cima do idiota. Seu queixo sangrava. Meu desejo era fazer isso a ela, mas seria covardia. Não bateria em mulher fraca que não sabe nem ao menos se defender dos meus socos.

Qual vieram ao mundo. Eu queria humilhá-los, da mesma maneira que haviam feito comigo. Naquele momento, prometi a mim mesma que aquela fora a primeira e última vez que eu havia sido feita de idiota. Naquele momento, prometi a mim mesmo que nenhuma homem teria lugar na minha vida, a não ser em cima da minha cama.

DIAS ATUAIS

Deixo o copo de uísque em cima do suporte prateado, próximo à banheira, e começo a abrir os botões da camisa xadrez. Minha boca ainda lateja, ardendo devido ao soco que recebi daquele desgraçado. No entanto, sorrio. Adorei provocar a filha de TaeWoo no dia do seu casamento. De certa forma, aquilo me deixou eriçada. Sou mesmo uma cretina, confesso. Gostei de ser desafiada.

Contudo, agora, estou muito mais interessada em descarregar as energias que acumulei durante o período de estadia aqui em Nova Iorque. O trabalho é, e sempre será, a minha maior prioridade. Enquanto fito o moreno de lábios carnudos deliciosos, completamente nu dentro da banheira, permito que um gemido escape da minha garganta. Com o olhar fixo nos meus, ele torce uma mecha de cabelo acobreado entre os dedos e fica de joelhos dentro da banheira, deixando o abdômen amostra. Descaso os botões da minha calça e a desço junto com a calcinha deixando amostra minha vagina.

— Gosta de chupar, querido? — Provoco quando o vejo passar a língua pelos lábios e mordiscá-los, ansioso.

— Adoro, Melissa! — Responde com ousadia, chamando-me com o sotaque carregado.

— Boa garoto. Mostre-me o que sabe fazer — Acaricio a pele do seu rosto, branca como porcelana, e deslizo as minhas mãos até os fios dos seus cabelos, puxando-os, direcionando a sua boca até a minha vagina.

Fecho os meus olhos e trinco os dentes quando sinto a língua quente me experimentar. Logo, sou abocanhada por inteira. Os lábios experientes me sugam com vontade, dando beijos e lambidas estaladas deliciosas. O moreno sabe o que está fazendo e nada mais poderia me agradar tanto no momento. Quem diria que uma noite tão desafiadora acabaria assim, comigo em uma suíte de um hotel cinco estrelas, sendo chupada por um cara lindo e experiente que acabei de conhecer. Do jeito que gosto.

Sinto a força do gozo aproximando-se, seguro seu cabelo com mais força e enfio minha vagina com vontade. Pisco descaradamente na sua direção, vendo o rosto pálido tornar-se vermelho, e então chego ao ápice, fazendo o cara engolir meu gozo.

— Isso, querido, toma tudo. Gostoso safado! — Digo, satisfeita com a gula com que ele me toma. Quando termino, deixo os meus ombros caírem, relaxados, e suspiro. Esta noite, irei me pedir para que em ele me foda o meu corpo com mais força amanhã, quando o dia raiar, nem sequer lembrarei o seu nome, e então ele será só mais um número na lista de conquistas de uma noite que coleciono. Para falar a verdade, é apenas disso que preciso.

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