Na casa de campo do duque, a relação entre as ladys permanecia igual. Mesmo tendo de ir dentro da mesma carruagem para o baile dos Ponsonby não trocaram uma palavra.
O lugar era luxuoso como todas as festas da nobreza. Quando chegaram, lady Cora viu se formar alguns pequenos burburinhos sobre a sua presença, talvez pelos últimos acontecimentos, mas sempre era assim. Procurou Elizabeth e graças a Deus já tinha chegado, lamentou por ela estar acompanhada do marquês, os cumprimentou, somente então percebeu que a irmã seguiu-a juntamente com Lisbela e lá estava o mesmo típico círculo de outrora antes da discussão. Caroline agiu como se nada tivesse acontecido, inclusive tratou a irmã como se elas nunca tivessem parado de se falar. Depois de algum tempo Cora decidiu que para sobreviver a noite precisava de algumas taças de vinho. A primeira tornou toda de uma vez.
— Nada apropriado para uma dama da alta sociedade! — implicou a voz familiar.
— O marquês irá me ensinar a etiqueta agora? — caçoa, e ele apenas riu — me parece, que para onde olho milorde está por perto!
— Que culpa tenho se temos ideias parecidas! — justifica de maneira qualquer fazendo a lady soltar um breve sorriso.
— Tenho certeza que nossas ideias não são nem um pouco parecidas! — retruca. O marquês não discute, apenas a observa enquanto aprecia o vinho — por que me olha assim?
— Vermelho! — diz sobre o vestido. Novamente estava com aquela cor. Às vezes se perguntava, a mulher devia ser uma feiticeira, não era concebível alguém toma-lhe os pensamentos daquela maneira.
— Combina com meu humor! — misteriosa fala.
— Deve ser um humor adorável — provoca.
— Adorável? — zomba — se o senhor considerar cabeças rolando e sangue por todo lado adorável, que seja!
— De fato — pela postura séria, o olhar intenso do marquês, lady Cora esperou ser reprimida por seu comportamento — um humor fascinante! — aquilo realmente a desarmou, não tinha mais nenhum palavra dura ou cruel para proferir contra ele. Alguém precisava salvá-la, estava a mercê.
— O marquês sabe bem como aproveitar o melhor da festa! — disse o visconde de Russell, Karl Jones. Nesses instante Cora percebeu que a irmã os estava olhando, possivelmente faria outro escândalo — proponho um brinde a lady Suan! — o homem estava completamente bêbado. Ele havia sido rejeitado por ela há algum tempo, mas ainda tinha o orgulho ferido.
— Com licença milordes, vou procurar por Lady Millian — "provisão vinda do céu, ou de outro lugar, apesar de bêbado!", pensou.
— Fugindo de mim de novo milady! — berrou entre risadas e outro gole no vinho. Cora, não deu atenção aos gritos do visconde e foi ao encontro de Elizabeth. Karl Jones lamentou ao marquês todo desprezo sofrido pela lady Suan. O homem não parava de falar nenhum momento.
— Confusões parecem perseguir a lady! — caçoou Elizabeth, em uma parte do salão.
— E a noite mal começou! — replica.
— Boa noite, lady Millian! — aquela voz, impossível de não ser reconhecida por ser inteiramente irritante pertencia a Charlotte Olympia, baronesa de Legge. A mulher era bonita, jovem e casada com um velho decrépito, talvez punição por ser alguém insuportável — Lady Suan, não a vi no baile de Neville — arrogante fala — além de vossa irmã, irá fazer alguém chorar hoje? — Elizabeth começou a olhar ao redor a procura de alguém que, talvez impedi-se a amiga de fazer uma loucura. Cora se aproxima o suficiente da baronesa, tanto que sente a respiração pesada da mulher bater em seu rosto. Charlotte e as ladys que a acompanhavam ficaram apreensivas, quando alguém da alta sociedade se comportaria de forma tão selvagem.
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Tola Mulher (completo)
RomanceEm Londres, no final da era vitoriana, Cora Suan, filha do duque de Armstrong-jones não deseja o casamento para si em nenhuma vida, no entanto seu pai deixara claro, ela precisava encontrar um pretendente ainda que não quisesse. O que ela escolheria...