Capítulo 8 - Ponsonby

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  O salão começou a ficar quieto, um estalar na taça ecoou. As pessoas começaram a se direcionar aonde o estalar estava. O duque de Ponsonby, iria se pronunciar, mas, na verdade, chamou o filho.

— Cavalheiros e damas, agradeço a atenção, quero comunicar-lhes que enquanto valsava com uma belíssima lady, esta me contou que entre nós há uma excelente pianista e desejo que ela toque esta noite! — um burburinho começou a se formar, todos se questionavam quem seria — por favor, por favor! — aos poucos o silêncio voltou — damas e cavalheiros, vocês a conhecem, a lady famosa por ser quem é, deslumbrante e inteligente, quero uma salva de palmas a milady Cora Suan, filha do duque de Armstrong-jones!

  Ao final, Cora estava em transe, não que tocasse mal, mas não era a melhor entre suas habilidades, quem poderia ter feito isso. Não se esforçou muito até reconhecer o culpado, devia estar entre os aristocratas, com um vestido rosa, cabelos ruivos e olhos verdes. Foi em direção aos músicos, não estava raciocinando direito, queria esganá-la, se o objetivo de Caroline era humilhá-la, então assim seria, do melhor jeito. Estendeu as mãos para falar.

— Milorde, não esperava por tamanha exposição! — zomba e os nobres caem nas graças da lady — no entanto, se me permite milorde — ele concordou — não sou solista, de verás somos um dueto, minha querida irmã e eu — diz sorridente. Caroline no outro canto do salão se assusta. Elas não eram um dueto, muito pelo contrário — por favor irmã, não se acanhe, sabes bem que a ti pertence à voz de rouxinol!

  Ovacionando a nobreza, Caroline não poderia se recusar, mesmo se dissesse que não cantava bem, para eles seria uma desfeita. Caminhou até a irmã com um breve sorriso no rosto. Quando a pequena apresentação acabou, eles aplaudiram, apesar de saber, aquilo fazia somente parte da etiqueta. Cora se aproximou da irmã para cumprimentá-la.

— Querida irmãzinha — elas trocaram sorrisos — da próxima vez, quando for jogar, saiba usar bem vossas peças!

— Não entendo! — diz com a expressão inocente de sempre.

— Pretende se fazer diante de mim, que te conheço bem! — diz e se distância indo em direção a Elizabeth e o marquês.

— Isso apenas está começando irmãzinha! — sussurra Caroline. As mágoas pareciam ficar mais profunda entre as irmãs.

— Felicitações, lady Suan! — disse Elizabeth a aplaudindo.

— Estais a caçoar de mim? — irritada fala.

— Minhas felicitações não são devido à canção — falou como se fosse algo obvio — és veloz, ardilosa para criar armações! — caçoa.

— Não fale assim Eliza! — Cora pega um taça com vinho, estava precisando — não me orgulho, temos o mesmo sangue!

— Como consegue ser tão branda com ela! — indignada diz.

— Uma guerra entre irmãs! — disse o marquês de Stafford achando aquela situação um tanto infantil.

— Guerra unilateral! — zomba lady Millian — apesar de ser vossa irmã, não a deixaria vencer, ou permitiria? — perguntou, mesmo sabendo que Cora protegeria a irmã mesmo naquela situação.

— Não implique Elizabeth! — reclama o marquês — não vês que se trata de picuinhas entre irmãs.

— Picuinhas, milorde? — caçoa — claro, um homem como o senhor não entenderia!

— Me expliquei então, para poder compreender! — Ezra só tinha algo em mente "conhecê-la", saber como pensava.

— Não adiantaria explicar, para os aristocratas, sentimentos são tolices de mulher!

Tola Mulher (completo)Onde histórias criam vida. Descubra agora