04 - Vai ficar tudo bem

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Cada vez que o ômega loirinho sorria era como se algo se iluminasse diante dos olhos de Jeongguk, e o alfa estava cada dia mais ansioso com os novos sentimentos que pareciam lhe tomar cada célula de seu corpo.

Fazia exatamente um mês que Jimin havia começado a preparar o jantar quase todos os dias para os três, e depois daquele abraço, as coisas haviam fica um pouquinho esquisitas. Quer dizer, ambos agiam com a maior naturalidade que conseguiam, e até mesmo se consideravam próximos naquela altura, mas por dentro era outra história.

Jeongguk estava eufórico, chegava a hora de ir para casa seu sorriso dobrada de tamanho, sua cabeça andava uma bagunça porque mesmo sabendo muito bem o que vinha sentindo, ele esperava que fosse passageiro, afinal estava fora de questão se envolver com um garoto tão jovem. Jimin estava começando a viver e tinha muita coisa para fazer na vida ainda, e Jeongguk jamais entrava em relações se não fosse pra ter uma enorme segurança de que as ela seria no mínimo duradoura, afinal ele tinha uma filha e não queria que ela sofresse cada vez que ele terminasse um relacionamento. Por isso o alfa nunca entrará em um namoro após Junghwa nascer, era complicado fazer as pessoas com quem se relacionava entenderem que ela sempre seria sua maior prioridade e que como pai ele tinha obrigações e responsabilidades que querendo ou não afetavam seu dia a dia.

Por isso ele nem mesmo pensava na possibilidade de avançar em algo com o loirinho, sabia que o ômega adorava Junghwa, mas também sabia que ela não era responsabilidade dele e que por mais que ele fosse muito gentil com toda certeza não iria querer perder toda a juventude saindo com um pai solteiro.

Em contra partida Jimin se afogava em lamentações, também entendia completamente o quanto o sentimento pelo alfa estava crescendo cada dia mais e se punia mentalmente por isso a todo momento. Não podia estar apaixonado por Jeongguk, isso era terrível. Uma paixão por seu locador era tudo o que não precisava naquele momento, afinal tudo já estava bagunçado o suficiente. Também se lamentava pelo fato de não ter contado ainda para Jeongguk sobre sua gravidez, a qual não conseguiria esconder por muito mais tempo visto que sua barriga começa a se mostrar de forma tímida, em no máximo um ou dois meses qualquer um que enxergasse saberia de sua condição, e esperava construir abrir o jogo com o dono da casa antes disso.

— Pra mim parece que o bonitão tá tão apaixonado quanto você. — Ouviu a voz do amigo depois de se queixar do cuidado com o qual Jeon o tratava. Não que ele não gostasse, o problema era exatamente esse, ele gostava demais.

— Não diga besteiras, ele é um alfa atencioso, deve me ver como um irmão mais novo ou sei lá, estamos convivendo há um mês, é normal que tenha se afeiçoado um pouco. — Argumentou da forma que tentava argumentar todos os dias com seu próprio coração. Talvez se continuasse com isso uma hora qualquer esperança desaparecesse.

— Olha, Jimin, eu tenho uma irmã mais nova alfa e eu juro que nunca nem se passou na minha cabeça cheirar o pescoço dela quando a gente se abraça. — Jeonghan revirou os olhos folheando seu livro.

Estavam no intervalo da faculdade, sentados na sala de aula comendo lanches caseiros que Jimin havia preparado para ambos já que ele havia parado de comer os lanches gordurosos da cantina, e o amigo amava sua comida.

Jimin corou.

Tentava a todo custo não pensar no que havia acontecido a três dias atrás durante um dos vários abraços que ele e Jeongguk vinham trocando naquele mês, mas seu amigo não ajudava nem um pouco tocando no assunto a cada minuto.

O amor mora embaixo - JikookOnde histórias criam vida. Descubra agora