SUSANEu cheguei na biblioteca ofegante, ainda dava raios e trovejava, se eu não tivesse certeza da minha salvação, ficaria apreensiva.
Fiquei contente em não ficar encharcada, prendi meu cabelo num coque, e fui dar uma volta.
A livraria era enorme, de três andares, prateleiras com direito a escadarias enormes também, que claro era os funcionários que subiam, mesmo porque se dependesse de mim para pegar algum livro lá em cima, ficaria sem ele, certeza.
Algumas partes eram isoladas para que os leitores lessem os livros adquiridos ali mesmo, havia algumas mesas isoladas também em cantos quase que despercebidas, com luminares nas proximidades bons e discretos.
Não sabia se iria pegar algum, amo ler mas estou com tantos livros em casa acumulando pó, depois que fiquei mais responsável pela minha irmã do que o normal, opito por dividir meu tempo com ela, e a danada odeia ler, assiste filmes e mais filmes, reclusa em um canto da sala, calada com uma paciência limitada.
Então deve estar perguntando o que faço na biblioteca não é?
A chuva, o vento, os trovões, relâmpagos e o medo de morrer com um raio me fizeram entrar no lugar que na sinceridade, eu amo de coração, mentiria se dissesse que fui obrigada, porque não poderia nunca ser obrigada a entrar num lugar maravilhoso desses.
Meus pais tem uma vida muito agitada e cheia de mudanças, eu me acostumei mas Anne não gosta nem um pouco, meu pai é ciêntista, sempre esta ocupado com algum projeto novo, e isso requer viagens e mais viagens, minha mãe trabalhava em uma floricultura de uma amiga da Igreja a pouco tempo, sim agora ela está desocupada, estudo, para ganhar um dinheiro extra, olhava meus vizinhos mais novos que Anne não se simpatizava muito, eles me pagavam bem, Tom e Thamy eram ótimas crianças de apenas 8 anos.
Agora estou aqui em Florence, uma bela cidade, afastada, não entendo porque não é considerada interior, talvez porque não tenha caipiras nem vacas e cavalos no meu quintal.
Boas casas, ruas asfaltadas, ar puro, boa sinalização, com bairros nobres e bairros nem tão nobres, muita árvore, muita mata, me sentindo o Tarzan, não sei o que dizer das pessoas, não as conheço, afinal sou novata aqui nessa cidade, que estou a apenas três dias.
Enquanto explorava a biblioteca minha irmã me liga.
Ligação on
_Susan ?_minha irmã fala do outro lado da linha.
_Anne aconteceu algo ?_ dou uma olhada lá fora pela janela, para ver o tempo.
_Não ... é que a mamãe e o papai não chegaram ainda.
_Foram comprar móveis novos, com essa chuva, podem estar presos no trânsito ou na própria loja, esperando estiar.
_Sei.
_Eu não vou demorar, passei no supermercado aqui do bairro mesmo, e me peguei entrando numa bela biblioteca.
_ Dessas que tem um tumbleweed perambulando, de tão parada que é, toma cuidado, eles podem te atropelar na rua também_Dá uma gargalhada .
_Irá encontrar isso apenas nos filmes de faroeste._A respondo surpresa com sua imaginação fértil .
_E nós não estamos morando em um ?
_Aqui não é tão interior Anne.
_Me diga se viu algum carro por aí, que não seja dos próprios moradores, ninguém nem se dá o trabalho de visitar esse lugar Susan, acorde, realidade batendo na sua porta.
_Suspirei.
_Não vai me contrariar ? _Indaga.
_Não vou demorar ..._Dou um leve sorriso.
_Comprou bala fine e pipoca de micro-ondas amanteigada ?_choraminga .
_Isso não é saudável._imponho
_Sério?! Você come miojo cru Susan.
_Ela rebate.
_Não ache que vou comprar sempre, tá?
_Tá. E não demora, minha barriga tá roncando.
_Tá._Desligo.
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Livro Cristão: Por um fio
EspiritualArnold, um garoto perdido em mágoas , ressentimentos e a um passado nebuloso, desacreditou em Deus e o culpa por tudo ,se dizendo Ateu . Ele se vê perdidamente apaixonado por Susan Cooper, que é cristã . O caminho dos dois se encontram e a única co...