Capítulo 2

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— Vai se ferrar seu idiota!

Beck queria socar o homem, no entanto, o impulso que teria, seria diferente, com seu rosto atraente e aqueles olhos exóticos tão perto. Por um instante, um lapso de uma idéia ilícita passou por sua cabeça, com seus lábios deslizando por aquele queixo rígido e masculino. Com sua boca sobre a dele e suas mãos deslizando por seu torso. Vagando por seu abdômen que pelo tecido marcado da camiseta, deveria ser adornado por gominhos rígidos, para enfim, chegar no caminho da felicidade. Engolindo em seco, afastou seus pensamentos para longe, assustada com eles e principalmente, o quanto algumas partes suas pareceram gostar deles.

O cara, seu vizinho gostosão e tatuado, pareceu ignorar seu xingamento, mantendo os olhos sobre ela como se agora, estivesse pronto para devorar-la.

As narinas estavam dilatadas. Sua expressão era séria. Ele realmente parecia cogitar comer-la, o ruim era que, o mero pensamento, era como atear gasolina em seu corpo em chamas.

Suas pernas pareciam em agonia, seu corpo estava vibrando em inquietação.

Suor escorria por sua pele clara.

O homem a estava deixando alarmada, a apertando contra a parede do corredor. A cena não deveria ser algo que deveria ser tão público, poderia alguém chegar, e observar aquilo como algo explícito. E bom, era exatamente isso que estava parecendo.

Você está despertando. — Grunhiu, sua voz meio diferente, percebeu, a fazendo franzi o cenho. — É o necessário a fazer, ou não vai suportar as dores que vão rasgar seu corpo.

Do que ele estava falando? O homem estava em seu juízo perfeito?

Ele não havia notado o quão mau ela estava? O que infernos ele queria com todo aquele papo sem noção alguma?

Era louco?

— Aham. — Ironizou, acenando, deslizando para o lado, aproveitando a oportunidade para escapar do homem, embora ele tenha sido mais rápido ao agarrar sua cintura com suas mãos.

Beck arfou assustada quando o rosto dele ficou a centímetros do seu e ele rosnou, sim, ele rosnou! Os dentes brancos e as presas pontudas expostas.

— Eu estou tentando te ajudar! — Os nervos estavam a flor da pele, Beck podia jurar como sentiu o coração ecoar um baque. Sua respiração travou. Ele colidiu seu corpo contra o dela, o que piorou sua situação, quando sentiu algo rijo ser pressionado contra sua coxa sobre sua calça. Ótimo, agora seria molestada no corredor de seu apartamento. — Seu corpo precisa disso. Você necessita copular, ou vai entrar em um estado desesperador.

Ela tentou xingar o homem. Gritar com ele. Mas sabia, que se abrisse a boca naquele momento, um gemido ecoaria, o desgraçado a estava levando ao extremo ao esfregar sua ereção em seu short contra ela.

Era um tarado! Um maldito pervertido de merda! Ela precisava gritar por ajuda!

Mas porque infernos seu corpo não permitia?

Um choramingo a deixou contra sua vontade, quando sua perna deslizou contra o monte do homem, ele guinchou um som estranho, no exato instante em que ela sentiu seu sexo responder a isso, encharcando em excitação.

— Por favor... Pare. — A voz estava falha, abafada, ela implorou. Precisava parar. Ele era um estranho. Ela não estava bem! E o filho da mãe estava se aproveitando disso.

— Não. Seu corpo está entrando no cio. Você está tão molhada. Posso sentir o cheiro de sua excitação. — A voz dele tinha tanta firmeza, com ele inalando o ar, a fitando com fervor.

Beck nem notou, mas suas mãos estavam sobre os ombros fortes do homem, puxando sua camiseta, apertando ele.

Ela estava perdendo o controle.

Céus.

Seu corpo estava indo de encontro ao dele? Não! Não! Não! Beck gritou para si mesmo por ordem.

Não resultou. Os bicos dos seios endureceram com a frisão contra o peitoral tonificado dele.

— Seu cheiro é tão... — A cabeça caiu contra o pescoço dela, o nariz fez manobras contra sua pele. — Doce.

— Uuuh. — Arquejou com ele afastando seus cabelos negros para ter mais espaço em seu pescoço e ombro. — Você é louco? Pare com isso!

Mesmo desejando, sua voz não pareceu confiante a respeito do que queria.

Estremecendo, apertou o tecido da camiseta dele, quando o mesmo lambeu seu ombro, sentindo a língua guiar um caminho sinuoso.

O homem tarado e — gostoso —, ergueu o olhar para ela, os olhos tinham ficado ainda mais brilhantes e instigantes.

Ele sorriu para ela. Aquilo havia sido indescritível, o tornando ainda mais atraente.

— Eu a quero.

Beck não teve tempo de retrucar contra suas palavras, quando ouviu o barulho de chaves girando e a porta ao lado se abrindo, revelando seu apartamento.

Como? Quando?

Confusa, e boquiaberta, se deu conta que estava tão fora de órbita que não havia percebido quando o cara tinha tomado as chaves de sua mão e estava tentando abrir a porta.

Quem ele pensa que é?

— Você não pode fazer isso. — Conseguiu esbravejar, orgulhosa por seu tom firme. — Isso é assédio e você vai ser...

Gemeu, choramingando um suspiro, assim que ele levou uma mão para seu seio esquerdo por cima da camiseta e o apertou com sua palma.

Santo inferno.

Aquilo foi devastador.

Ela já havia estado excitada dezenas de vezes antes, mas nunca havia experimentado uma sensação rasgando-a como aquela. O prazer que a tomou foi algo triplicado.

— Ver? — A palma acariciou o bico enrijecido. Ondas elétricas sondaram seu corpo com uma sensação reconfortante e prazerosa. Pareceu o remédio ideal para sua agonia interna. — Você precisa disso. Seu corpo está respondendo ao meu.

— É normal. Isso se chama tesão...

— Você sabe que, o que está sentindo está além disso.

Seu rosto se aproximou do dela, até que seus lábios estivessem tocando o lóbulo de sua orelha.

— A febre queimando, a sensação de que algo está te rasgando por dentro, os tremores por todo o corpo ao mínimo toque, os sons altos, mesmo ao longe, os cheiros fortes e a vontade devastadora de gritar em desespero pela formigação. É agonizante, não é?

Beck o fitou estupefata, vendo as descrições de sua atual situação soarem naquela voz poderosa.

— Deve ser apenas uma virose.

— Não é virose. — Afirmou. — Você foi mordida. É uma beta agora. Está em transição. Seu corpo e sentindos estão sendo alterados, seu DNA está sofrendo mutação. Você está recebendo altas doses de genes beta, você precisa acasalar com um alfa para dominar essa sensações.

Ele era louco, estava totalmente fora de seu raciocínio completo. Beck pensou, sentindo gotas de suor caindo por sua testa. Sua temperatura corporal piorando cada vez mais.

— De um alfa é?

Riu, diante da loucura do homem.

Ele sorriu, expondo novamente aquelas presas meio pontudas e incomuns.

Sorte sua que tem um bem a sua frente.

Muito louco mesmo.

NAS GARRAS DO ALFAOnde histórias criam vida. Descubra agora