A filha pródiga ao lar retorna. Olá amadxs como vocês estão? Feliz Natal e Ano Novo bem atrasados, viu. Inclusive como foi o de vocês? O meu foi uma experiência interessante até.
Bem, esse tempo que passei sumida estive organizando a fanfic - sim, reescrevendo a maior parte dos capítulos do doze para frente - e ao mesmo tempo dando uma pequena férias para a minha mente que já estava sobrecarregada de tanto pensar sobre o que fazer por aqui.
E eu ainda não sei, porém estou mais tranquila com tudo o que escrevi até aqui.
Com isso dito, queria falar sobre mais um assunto antes de ir para o capítulo em si. Sim, eu estou tratando de vários assuntos de maneira isolada e não todos de uma vez só porque essa fanfic em si já é um desafio ENORME para mim, então trataremos de cada questão individualmente (a mãe e a irmã da S/n, a Lexa, cada um dos assuntos terá seu tempo), maaaas caso haja uma segunda temporada, talvez eu bote um pouco mais de lenha na fogueira. Entretanto, vai depender de como essa se sair.
Bem, é isto. Boa leitura!
***
Lexa não me largou por um segundo durante a noite, para uma Comandante durona e sem sentimentos, até que ela teve um coração bem mole.
Acontece que depois do susto de ler o diário, descobrir da pior forma de que sou adotada e que meu pai adotivo matou meu verdadeiro pai, nós "comemos" - eu ignorei o bolo pela primeira vez na minha existência - e depois fomos descansar pois já estava tarde e de Polis até Mount Weather era distante. De Mount Weather para Arkadia não era lá tão pertinho também. Fora os grounders que tiveram dor de barriga por causa do bolo, eu pude ouvir o protesto de seus estômagos a distância. Aden riu antes de ter o mesmo destino e a única que ficou era a Lexa.
Eu não tinha comido o bolo mesmo sendo meu favorito, o choque sendo o suficiente para me fazer sentir vontade de sair correndo ou me matar. E a Comandante deve ter notado, porque me deu um olhar simpático, tentando tirar minha mente daquilo.
"S/n, me mostre seu quarto."
Não foi uma pergunta, era uma ordem carinhosa a qual eu decidi acatar. Deixei o bolo sobre a mesa e comecei a liderar o caminho sem falar nada a mais. Ouvi o barulho de prato se mexendo, talvez ela esteja - de uma maneira nem um pouco sutil - roubado um pouco da cobertura ou enfiado um pequeno pedaço na boca. Normalmente eu teria me virado para rir, contudo era como se tivessem tirado toda a graça que eu sentia.
Era impossível não saber qual era o meu quarto, os desenhos na porta o diferenciavam de todos os outros quartos da quarentena que eram brancos e sem graça, dando uma ideia de estático, morto. Abri a porta sem pensar muito e Lexa seguiu logo atrás, parando por alguns segundos para observar cada detalhe e depois começando a andar pelo quarto. E eu pareci despertar do meu estado de inércia o olhar para minha cama, sentindo uma raiva que nunca senti antes.
Como ele pode fazer isso comigo e ainda me chamar de filha?
Como ele pode guardar durante esse tempo todo que matou meu pai?
Como que ele pode me usar de cobaia e fingir que nada tinha acontecido?
Meu corpo ferveu pelo ódio. As dores que eu sentia por ter caído do cavalo, por ter tomado uma facada na mão e o tiro em meu quadril, tudo aquilo se dissipou por alguns instantes. Era como se eu tivesse despertado algo dentro de mim, algo que eu nunca soube que existia. Eu sempre fui calma, eu sempre tive paciência e eu sempre abaixei a cabeça.
Agora eu só queria bater em alguém.
Lexa me olhou em questionamento quando pisei fundo na direção da cama.
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Mountain Girl (Lexa/You)
FanfictionDepois de misteriosamente receber um doador, S/n tenta fugir de Mount Weather junto de seu pai, ela esperava encontrar tudo do lado de fora. Árvores, grama, o sol aquecendo sua pele. Mas o que ela definitivamente não esperava encontrar era a morte.