3. Pertencer.

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Monic

— Amor? — o chamei pela segunda vez enquanto tomávamos café da manhã em frente a piscina de nossa nova mansão e meu marido parecia distante demais para o meu gosto.

Não o tinha visto chegar ontem à noite, mas não era boba para deixar passar que algo errado acontecera.

— Sim? — saiu do transe e dobrou seu jornal.

— Existe algo que eu deva saber? — indaguei e ele forçou um sorriso.

— Estou com problemas numa das negociações, mas não existe nada que o meu advogado tenha perdido em minhas causas. — respondeu seguro de si, mas não comprei bem aquilo.

O conhecia bem demais e investira tudo para tê-lo naquela relação. Portanto era um dever manter o meu reinado sobre o homem que conquistei.

— Por acaso a encontrou? — fui sutil, mas já desconfiada disso.

Claro que não estava amedrontada, pois se ele não me amasse não teria fugido comigo e isso não tinha nada a ver com a falsa gravidez que inventei para testar esse sentimento quando ambos estávamos prestes a subir ao altar com outras pessoas.

— Não, mas vi o Brandt. — respondeu sério e entendi o motivo de suas ações.

'' Será que o Julian ainda é louco por mim?'' — de repente quase sorri ante o pensamento. Não que o quisesse, pois amava o Lo Celso loucamente e faria o impossível para mantê-lo. Só estava mesmo curiosa e querendo ter o ego ainda mais inflado.

— E? — levei uma mecha de cabelo para trás de minha orelha direita num gesto de jogar charme que sempre cativara os homens.

— Continua o mesmo viciado em negócios de sempre e não me recebeu calorosamente como já esperava.

— Interessante. — pisquei desejando esbarrar nele.

— O que ele te disse?

— Por que está tão interessada? — Giovani fechou a cara e isso me alegrou as oitavas.

— Só queria saber. Não há razão para ciúmes. — ri dele, mas não obtive nenhum elogio de volta.

— E não há motivos para se encontrarem. Agora encerremos o assunto senhora Lo Celso. — cortou deixando o meu dia maravilhoso.

'' Por que não encontrá-lo?'' — a ideia não era ruim. Assim como eu também queria esbarrar em Laiza apenas para rir da cara dela depois de ter lhe tirado o homem que estava comigo e não com ela.

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Sara Marie

— Estou sendo castigada. — gemi não me aguentando com a queimação em meu estômago depois de todo aquele sorvete engolido para rivalizar com um Max que empatou comigo, pois quando levei a mão a barriga. O holandês saiu correndo para vomitar, ou seja, nenhum de nós dois ganhou a disputa.

— Estamos chegando. — Leclerc avisou tentando não me balançar em seu colo quando me tirou do táxi que ele pedira para nos levar a casa da mãe dele ao invés de a um hospital.

— Sua casa é muito bonita. — ouvi o elogio de Anne, mas não pude ver nada porque estava com a face escondida contra o pescoço perfumado do outro.

— Obrigado. Por aqui. — tagarelou.

— Verstappen, você ainda está verde. — ouvi um comentário dela.

— Estou bem. — o tom da resposta não me soou convincente.

— Filho! E menino Max. O que aconteceu? — uma voz feminina doce soou alta.

Desejos EntrelaçadosOnde histórias criam vida. Descubra agora