-Vamos começar!.
-Certo.
-Primeiro para fazer magia precisa entender como ela funciona, a magia branca em si é ligada com a natureza quanto mais próximo a fonte de seus poderes mais forte é o bruxo. A água sendo um dos quatros elementos é fundamental para a vida, alguns bruxos brancos podem manipula-la, usar como cura até mesmo respirar de baixo da água, porém não é exclusivo que todos bruxos tenha essas habilidades na verdade é bem raro, a água ajuda a se aproximar da sua essência da magia pois a água é sinal de vida, agora se possuir alguns dessas três habilidades é outra história.
-Incrível, mas como?.
-Ora, pule.
-O QUE?! Desse penhasco, enlouqueceu?.
-Não diga bobagens não enlouqueci pois já sou louco, agora adiante.
Esse Kinsey só pode estar delirando, olha a altura disto, se eu morrer nem vou me despedir de Jungkook meu deus ele vai ficar tão arrasado e meus pais então que destino cruel, muito cruel.
-Pare de enrolação e pule você ficará bem.
-Está bem, apenas porque meus pais disseram você ser de confiança.
Isso explica porque ele pediu para vestir uma roupa de banho.Esse mago francamente, está bem sem choro. Olho para baixo confirmo, é realmente muito alto, é isso se eu morrer eu morri. Um, dois e três.
Eu pulei, medo que o impacto com a água machuque mas é suave como se me recebesse.
Prendo a respiração e olho ao redor, aquela imensidão me assustava um pouco mas me sentia parte daquela imensidão, logo vi uma luz estranhei pois não tinha nada até então. Sinto uma presença comigo, mas não de ameaça.
-Olá.
Essa voz, vem na minha cabeça.
-Não tenha medo, repita essa palavra "Respirare".
Repeti mentalmente e uma luz de cor azul esverdeado irradiou.
-Agora respire.
Respirei e não me afoguei, incrível era como estar em terra.
-Quem está aí?.
-Sou um elfo da água, fomos criados da magia branca.
Logo ele sai de trás de um coral e o vejo, lindo nunca vi criatura igual com cabelos azuis e pele rosada, grandes olhos azuis ele possuía nas extremidades membranas, acredito que para ajudar a nadar. Olho minhas mãos e vejo que possuo as mesmas membranas é tão estranho.
-Qual seu nome?.
-Myrin, eu senti uma presença familiar na água e encontrei você.
-Você é capaz de sentir a água?.
-Sim, qualquer presença que entre aqui eu saberei.
-Como você faz isso?.
-Feche os olhos e sinta a água, como se fosse parte do seu corpo, cada barulho, onda e coral estão dentro de você.
-Incrível, tentarei isso.
Fechei os olhos e tentei imaginar o mar como uma extensão do meu corpo, minha audição foi longe consegui escutar peixes mesmo estando de muito longe, mesmo de olhos fechados eu conseguia ver, os corais se mexendo com a onda, era como se minha consciência estivesse em todos os lugares, eu via e sentia cada lugar da água. Vi outras criaturas como Myrin, algumas diferentes mas todas viviam em harmonia. A água me recebeu de bom grado e me deixou estar nela.
-Incrível, você consegue, você tem uma conexão muito forte com a água, quem é você?.
-Sou Aimee, princesa de Lumar.
-Seja bem vinda princesa, a água lhe aceitou pode usá-la para seu propósito qualquer um que seja, ela estará contigo.
Parecia bizarro mas eu entendia a água, como se tivesse consciência.
-Tem outros como você?.
-Sim, amigos e familiares. É muito vasto aqui, vivemos em sociedade porém onde estamos agora é mais afastado. Eu cuido desse território.
-Cuida?.
-Sim, qualquer invasor que vier aqui terá que passar por mim antes de chegar ao vilarejo, afastando qualquer ameaça que seja.
-Oh! Entendo, então você deve ser habilidoso.
Ele ficou um pouco sem jeito.
-Ahn digamos que sim. Sua magia é antiga, faz alguns séculos que não falo com um bruxo.
-Sério?.
-Sim, Vaiola foi a primeira bruxa e em seguida alguns outros mas essa magia foi acabando, você é a primeira em alguns séculos, mas você não é descendente de Vaiola eu saberia você é diferente.
-Bom digamos que é complicado. Eu irei subir Myrin, foi um prazer te conhecer.
-O prazer foi meu Aimee.
Aceno para o elfo, e vejo sua imagem sumir de minha visão. O quão fundo eu deveria estar e nem ao menos notei, finalmente chego a superfície.
-Ah já estava na hora, se divertiu?.
-Um pouco. O mago estava aqui em baixo sentado em uma rocha próxima.
-Pelo tempo que ficou e pela sua aparência, consegue respirar em baixo da água.
-Está correto.
-Ótimo, agora eu quero que me acerte.
-Te acertar? Com o que? Está muito longe.
Ele revira os olhos impaciente.
-Olhe a sua volta, você tem toda a água em sua disposição, agora ande.
Ele diz parece ser simples, porém como?. Atacar-lhe com água, apenas isso nada em específico.
-Tente minha jovem, você consegue.
Está bem, fecho os olhos e sinto novamente a água, sussurro "Água atenda ao meu comando, lhe peço que me auxilie."
Quando abro os olhos vejo bolhas de água pairando ao meu redor.
-Ótimo, agora me ataque com toda sua força.
Ele que pediu. Levanto a mão num sinal para que a água lhe acerte.
As bolhas vão rapidamente em direção ao mago e ele desvia.
-Lento demais, de novo.
Então eu "puxo" as bolhas que não acertaram a voltar de novo para meu alvo, ele desvia por um triz.
-Ora, me mostre do que é capaz garota.
Em vez de bolhas transformo a água em espinhos, dando forma a água preparo vários espinhos mais do que consigo contar. Levanto o dedo indicador junto com o dedo médio, igual a um regente balanço os dedos para esquerda e cima, direta e baixo e ele se encontra cercado pelos espinhos.
-Xeque-mate.
-Será?.
Num movimento com seu cajado, todos os espinhos se desfazem.
-Sua forma da água está boa, porém não está firme o bastante, a água pode ser sua arma devastadora, não dê apenas forma a ela mas também força, firme igual uma rocha capaz de ser uma barreira impassível.
Acho que entendi, quem ouve de fora acha que não faz sentido, mas no fundo o Kinsey é o mais sã de nós.
-Agora te atacarei, vamos testar sua defesa.
Me atacar?! Que.
-Pronta?.
-Sim?.
-Ótimo.
Kinsey levanta seu cajado fazendo um círculo no ar, logo um vento muito forte me atinge, uso a água como barreira coloco os antebraços em minha frente e o vento passa bem rente ao meu corpo. Com o impacto vou alguns metros para trás, Kinsey cede o vento e respiro ofegante nem ao menos percebi o esforço que foi necessário, apesar de ser algo natural ainda não me acostumei, meu corpo não se acostumou.
-Você está indo bem, alguns bruxos da sua idade já são bem avançados mas entendo as circunstâncias. Por hoje vamos acabar por aqui.
Ele simplesmente desaparece e aparece de novo em cima do precipício, estou pensando como subir agora.
Quando percebo a água vai me levantando aos poucos, uma voz me diz "Ela ouve sua vontade" como se minha consciência respondesse a minha pergunta.
Chegando ao topo, vejo o mago me esperando.
-Vamos.
Confirmo com a cabeça e o sigo. Quando estamos andando e de súbito vejo fogo vindo em nossa direção.
-Um ataque, atrás de mim princesa.
O mago proferiu.
Logo ele fica a minha frente e aparecem três bruxos, eles estão nos atacando isso é o ato mais burro que já fizeram na vida.
-Estamos aqui mestre. Diz Puppis.
Rapidamente minhas duas guardiãs estão protegendo minha direita e esquerda, a frente o mago.
-Sempre estamos cuidando de você, não se esqueça.
-Ainda bem meninas. Digo comunicando por pensamento.
-Ora, era para a princesinha estar sozinha, a velhota e os pulguentos serão um empecilho.
-EU SOU UM HOMEM, MAS QUE COISA, TODO DIA ISSO.
As lobas rosnaram, não foi uma boa ideia insulta-las.
-Eu não sei o que vocês pretendem com isso, mas não vai acontecer.
Sem demora ficamos todos apostos, sacolejo meu braço direito e a água aparece às minhas costas, protegendo a retaguarda.
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Os dois lados da Coroa
General FictionAs familias Hoeckele's,Shouderws's e Park's,eram muitos unidos nunca ouve um desentendimento sequer assim como manda a tradição, que diz "as gerações destinadas à herdar as três províncias deveriam viver em harmonia".