O Conto De Halloween Parte 1

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Era mais um dia de Halloween, e como de costume, o detetive Suent se preparava para mais uma dia de consulta com sua psiquiatra. Era um dia traumático para o Sr. Suent, pois em sua infância, passou por um trauma agressivo e sangrento envolvendo sua família, o deixando como único sobrevivente e órfão, por um mero acaso de sorte, se é que pode-se chamar isto de sorte. Havia tornado-se detetive para pegar quem havia feito isto a sua família e apenas para isso. Chegando ao consultório foi logo atendido e começaram um esquema monótono de perguntas e respostas ao qual ele já estava mais que preparado. O ponto alto era sempre sobre o que ele iria fazer neste dia tão assombroso para ele, e como de praxe, ele ficaria em casa o dia inteiro e tentaria dormir. O Sr. Suent sempre recebia folga exatamente neste dia por recomendação, e assim o fizera desde quase sempre. Porém, em todo halloween, logo após ter se firmado como detetive, crimes semelhantes ao que tivera acontecido com a família do Sr. Suent vinham acontecendo sem folga continuamente e sem falta por todo canto, cujo culpado nunca havia sido pego, e o Sr. Suent sabia que era o mesmo culpado que causou sua tragédia. Ele aceitara com o tempo que não conseguia pegá-lo, mas sempre havia um lampejo em seus olhos. Ao sair da consulta foi direto para casa. No começo da noite, decidira que assistiria um filme e iria para a cama. Logo após as 21:00 estava dormindo, como sempre costumava fazer. Na manhã seguinte, por volta das 5:45 da manhã, foi acordado por batidas intensas na porta de sua casa. Era seu parceiro. Ao abrir, ele entrara ofegante e lhe dissera que o assassino que ele tanto buscava estava em sua cidade, e que havia feitos novas vítimas, da mesma forma brutal de como fez com sua família. Era a chance dele. Analisou os documentos que o parceiro tinha trazido em seu veículo com extrema atenção. 5 vítimas. 2 adultos, 3 crianças. Todos da mesma família. Horario estimado da morte entre 23: 40 e 23:55 (sabia-se que o modus operando era sempre que ao entrar na casa, após todos estarem dormindo, ele parava o primeiro relógio que via, e ao terminar de matar as vítimas, ele parava o último relógio por qual passara. Então, ia até o quarto dos pais, aplicava uma injeção com um tranquilizante animal potente no casal, e então começava cortando-lhes a cabeça com apenas um golpe de um instrumento cortante pesado, fazendo um corte limpo e sem barulho devido a cama estar embaixo. Depois separava todas as partes do mesmo modo e colocava cada uma em um comodo da casa. Fazia o mesmo com as crianças ). O perfil de todas as vítimas era sempre o mesmo. Pai alcolatra, sempre com passagem por agressão física, mãe dedicada e com três filhos. Todos os depoimentos dos vizinhos foram pegos. Nenhuma câmera de segurança o viu. O Sr. Suent boceja constantemente, a tal ponto de seu parceiro perguntar-lhe se ele não tivera descansado o suficiente. Por mais que o Sr. Suent tivesse ido dormir cedo, ele ainda sentia um imenso peso sobre si mesmo, mas nada que um banho não resolvera. Ao se arrumar para sair e começar a investigação, notara que havia recebido uma carta, mas que já estava aberta. Ao pegá-la e ver seu conteúdo, apenas continha fios de cabelos, entre eles, um de uma cor amarela dourado bem característico, que foi reconhecido pelo parceiro imediatamente. Era de uma das vítimas, a mãe. Parecia que o assassino havia encontrado o Sr. Suent e mandara um aviso de "Olá velho amigo! Vamos jogar!". Com uma expressão surpresa, o Sr. Suent guardou a pista e se dirigiu aos devidos especialistas para análise. Os resultados foram inconclusivos. Apenas haviam digitais no envelope, onde o Sr. Suente tinha tocado. Obviamente o assassino havia usado luvas. Entre a mídia, as notícias da visita do assassino logo repercutiram, e vários telefonemas sobre supostas informações surgiram para atrapalhar a investigação. Porém, uma delas, pela sua exatidão e singularidade chamaram a atenção do Sr. Suent e seu parceiro. Um relato de um grupo de jovens, que ao passar de carro para uma festa a muitas quadras de distância, porém no mesmo bairro das vítimas, sobre um homem suspeito andando sozinho, com uma fantasia bem macabra. Usava uma Máscara de madeira com um pano que cobria toda a região da cabeça até meia parte do pescoço, com uma expressão morta. Macacão preto, usando luvas. E a arma parecia ser um Machado personalizado. Algo como uma lâmina extremamente grande e de cabo longo. Ao checar e comparar com descrições anteriores vindas dos outros casos ao redor de vários estados, o Sr. Suent tinha descoberto que a descrição batia. Agora sabia como era seu "traje de guerra".

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