IV. Aula Noturna.

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—O que é isso?- Jongho olhou diretamente para a marca avermelhada na pele do amigo.

—Isso o q...?- Wooyoung sentiu o corpo inteiro congelar ao se tocar que Jongho olhava diretamente para a marca em seu peitoral. —Não sei.

—Você é muito estabanado.- O Choi riu. —Deve ter se arranhado.- Deu de ombros, afinal, era super normal Wooyoung acabar se machucando sozinho.

—É... deve ter sido.- Deu de ombros, pegando a toalha e as roupas limpas que deixava na casa dos Choi.

—San hyung que se ofereceu pra te ensinar a tocar?- Jongho questionou, mexendo no celular com um sorrisinho bobo.

—É... eu comentei que achava legal.- Não queria olhar diretamente para o outro. Choi Jongho lhe conhecia de cabo à rabo, se fizesse algo suspeito, o outro saberia.

—E ai ele se ofereceu?- Estalou a língua.

—Aham.

—Que filho da puta...- Jongho murmurou tão baixo que Wooyoung sequer entendeu.

—O que?

—Nada, Woonie.- Riu. —Vai tomar seu banho logo.

—Ah, vou sim.

Ainda desconfiado das palavras do amigo, Wooyoung se encaminhou para o banheiro em seu quarto e se trancou lá dentro. Já tinha decidido que iria para o quarto de San, ao menos para ver onde aquilo tudo iria terminar - como se já não soubesse lá no fundo -.

Com muita vergonha, Wooyoung se limpou... bem até demais... em lugares onde não estava habituado à dar tanta atenção, e, por isso, demorou um pouco mais que o normal.

Quando saiu do banheiro, já esperava as piadinhas de Jongho sobre sua demora, mas na verdade, para sua surpresa, o que encontrou foi o amigo desmaiado e roncando. Será que San tinha drogado o próprio irmão?

Descartou a ideia imediatamente -Okay, talvez nem tão imediatamente assim.- batendo na própria testa.

Óbvio que não chegaria nesse nível.

Jongho dormia em qualquer lugar, com a maior facilidade do mundo. Não era surpresa pra ninguém.

Sentiu-se trêmulo ao abrir a porta do quarto, vendo que a casa toda já estava escura e mergulhada em um silêncio de arrepiar. Queria sentir medo do escuro, mas na verdade, sua atenção estava ocupada em outro lugar para prestar atenção em algo que, naturalmente, lhe daria medo.

Caminhou a passos silenciosos até o final do corredor, parando em frente à porta que continha vários adesivos de rock e uma placa escrito "Perigo! Não entre!", além de algumas pichações feitas pelo próprio San.

Seu coração batia tão forte, que Wooyoung conseguia ouvir perfeitamente, imaginando que talvez a casa toda estivesse sendo preenchida com o som. Suas mãos estavam trêmulas e ele sabia que estava parado ali como um tonto há, pelo menos, cinco minutos.

Quando uma pequena fração de coragem o acometeu - com a lembrança dos lábios saborosos de San contra os seus -, Wooyoung finalmente levou a mão trêmula até a maçaneta e abriu a porta lentamente. Não que duvidasse das palavras de San, mas foi algo entre chocante e emocionante entrar no quarto escuro do rapaz. Nunca tinha estado ali em todos os seus anos de amizade com Jongho.

Wooyoung engoliu à seco, fechando a porta atrás de si e trancando-a. Precaução nunca era demais.

Encarou o rapaz sentado na cama, San usava apenas uma calça de moletom preta, o peitoral forte e tatuado à mostra, fazendo o mais novo trancar a respiração.

𝙉𝙞𝙧𝙫𝙖𝙣𝙖 ➥ᵂᵒᵒˢᵃⁿOnde histórias criam vida. Descubra agora