is it better to speak or to die?; jily

chapter one.

Era apenas mais um dia normal na vida de Lily Evans. Após acordar e se arrumar para o trabalho, ela caminhava pelas ruas de Londres até o metrô para chegar ao prédio onde terá mais uma jornada de trabalho. O vento batia em seu rosto, fazendo seus longos cabelos ruivos esvoaçarem-se e suas bochechas ficarem vermelhas por causa do frio, ela odeia esse clima tanto quanto ir para o trabalho, mas é necessário, tanto quanto o inverno passar para que o verão pudesse finalmente chegar, quanto o dinheiro que ela recebe e paga sua faculdade. Há sacrifícios que você não pode simplesmente abrir mão e este, com certeza é um para Lily. Alguns bons minutos depois, talvez até uma hora, ela chega em seu trabalho e vai direto para sua mesa para começar a fazer seu trabalho, deixou algumas tarefas para hoje e ela precisava se adiantar.

— Bom dia, Evans. — A voz familiar a cumprimentou e ela levantou a cabeça para olhá-lo. James tinha um sorriso convencido estampado em seu rosto como quem tentasse a conquistar.

— Dia, Potter. — O respondeu com a cara fechada. Não é novidade que a ruiva não se dá tão bem com James, mesmo que tenham se conhecido há um tempo atrás e tiveram uma noite agradável entre amigos e bebidas.

— Você deve estar se perguntando... — Ele começou a falar.

— Não estou. — Lily o interrompeu, mas isto apenas o fez sorrir mais uma vez e continuar falando.

— O que estou fazendo aqui hoje, afinal eu deveria estar na faculdade.

— Sim... — Disse fingindo estar interessada, mas na verdade, organizava documentos no computador a sua frente.

— Mas meus amigos e eu vamos para o norte amanhã e eu estava pensando em chamar você... sabe? Para ir com a gente.

— Hum. — Ela começou a falar sem tirar os olhos da tela do computador. — Não posso, tenho aula e amanhã eu trabalho, ainda é quinta-feira, Potter.

— Posso pedir pro meu pai te liberar e a faculdade... Não faz mal faltar um dia.

— Tenho prova semana que vem, não vou faltar porque você quer. — Ela o respondeu seca, sem demonstrar muita afeição com o garoto e nem ao seu pedido.

— Lily, vamos.

— Não dá, James — Pela primeira vez, ela olhou em seus olhos. — Não posso faltar aula, desculpa.

— Certo  — Balançou a cabeça afirmando. — O Remus realmente queria que você fosse e-

— Fala para ele que não deu, talvez uma próxima, quem sabe.

— Tudo bem, enfim, até então — Assentiu com a cabeça e a deixou sozinha.

Ela bufou, simplesmente não conseguia aturar como James via a vida com tanta facilidade. Provavelmente fosse o dinheiro, o fato de seu pai ser dono da empresa que ela trabalha e dar mordomias que ela nunca nem chegou perto de ter em toda sua vida fazia ele encarar a vida com simplicidade. Viajar em plena quinta-feira com os amigos, no meio do mês, sem se importar com dinheiro ou rotina, deve ser algo comum entre os ricos.

Não importa com quem você converse, sempre, sem exceções, irão te dizer o quão difícil é conciliar trabalho com estudos e, infelizmente, era a vez de Evans passar por isso. Por mais que sua família insistisse tanto para ajudá-la, Lily não acha justo tirar dinheiro do seus pais, eles precisavam tanto quanto ela. O estágio remunerado é fruto de seu esforço e seu bom desempenho na faculdade, seus professores reconhecendo seu estudo, a indicou na empresa do pai de Potter.

E bem, depois da noite em que ela dividiu e bebeu cerveja com quatro garotos simpáticos, ela nunca imaginaria que o de cabelos rebeldes que flertou com ela toda noite era ninguém menos que o filho e herdeiro da empresa que ela tinha acabado de começar a trabalhar. Ela se enganou, criou outra imagem dele em sua cabeça e quando descobriu quem ele era sua frustração foi grande. Todo o encanto foi por água abaixo ao saber que ele era um grande filhinho de papai, pelo menos em sua cabeça. Não demorou muito para que eles se vissem novamente, na segunda seguinte, após o final de semana em que se conheceram, James entrou pela grande porta de vidro do prédio logo atrás de seu pai com um grande sorriso no rosto.