ᶜᴬᴾíᵀᵁᴸᴼ 3

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Coringa🃏

Desde o dia do baile não paro de pensar naquela mina, desgraça não saía da cabeça, não sabia de onde, mas conhecia. Eu tinha que dar um jeito de descobrir o nome dela, se não essas nóia nunca iam sair.

Passo o rádio pro Nobru, moleque pica, sabe de tudo de computador, passa nem 10 minutos e cara brota, gosto assim.

Nobru: Iae Patrão. - faço toque com ele. - Qual o papo?

Coringa: Preciso que tu descubra o nome de uma pessoa daqui da comunidade. - ele pega um banco e liga o notebook lá no bagui.

Nobru: Sabe o número da casa? A rua?

Coringa: Sei de nada não parceiro, por isso pedi pra tu procurar.

Nobru: Assim fica difícil. - coça a cabeça.

Coringa: Dá teus pulo moleque. - ele faz uns negócio doidão lá no note.

Nobru: Diga características da pessoa e se é homem ou mulher.

Coringa: É uma mina. - ele faz os negócio de novo. - Tem cabelo médio, castanho, é baixa e cor de pele branca. - Escuto o rádio.

ʀáᴅɪᴏ ᴏɴ🔊

Coringa: Qual o papo?

Mob: Chegou armamento novo patrão.

Coringa: Beleza, marca do 10 que tô aí.

ʀáᴅɪᴏ ᴏғғ🔈

Coringa: Vou colar lá na rua 14, quando voltar quero o serviço pronto.

Nobru: Beleza Patrão.

Coringa: Fé aí.

Nobru: Fé. - me saio.

Assim que saio da boca, compremento alguns parceiros e monto na XJ vou voando. Chego lá assino os bagulhos, mando os vapor pegar a mercadoria e aproveito pra cobrar uns morador que tava devendo.

Babi🎀

Eu ainda não tô crendo no que aconteceu comigo, mas apesar de todo aquele sufoco, eu não paro de pensar naquele cara, ele parecia muito familiar, desde o dia do baile não paro de pensar nele. Volto á terra e resolvo ir na pracinha tomar um açaí. Como já tinha tomado banho, pego apenas minha melissa, o celular onde coloco uma nota de vinte e as chaves. Saio de casa, tranco a porta e coloco o celular no bolso, apesar de ser bem social e tímida muitas vezes, não falo com quase ninguém da minha rua, só tem velha fofoqueira. Continuo meu caminho até chegar na pracinha onde havia várias crianças jogando bola e me vem a lembrança da minha infância em Belo Horizonte - MG, onde eu brincava na rua com os meus amigos entre eles a Lívia, Caio, Bruna e... Victor. Espera, Victor? Lembro do cara que me salvou no dia do baile e vejo que os rostos eram idênticos. Mas como assim? Por quê ele estaria no Rio? E na vida do crime? Impossível. Só podia ser paranóia minha, volto ao planeta e vou em direção á loja de Açaí, peço um de 7 reais e passo o resto da tarde comendo, nada melhor.

Coringa🃏

Depois de ter cobrado os morador, resolvo voltar pra boca, pra ver se o serviço tava pronto. Quando chego lá o moleque ainda tava mexendo no bagulho.

Coringa: Iae, terminou?

Nobru: Sim Patrão, tem várias aqui no morro com esse tipo de característica.

Coringa: Cadê? - me aproximo dele e olho as fotos. - Vai passando... - ele passava as fotos até que apareceu a foto daquela mina. - É essa daqui, imprimi a ficha dela.

Foi na impressora e conectou o notebook, logo imprimiu.

Nobru: Aqui Patrão, me entrega.

Coringa: Valeu menor. - pego um bolo de notas com 1000 reais e entrego a ele.

Nobru: Fé aí.

Coringa: Fé. - se sai.

Vou até a mesa pego a ficha e observo.

Ficha📑

Moradora - Rua 8

Nome: Bárbara Passos

Idade: 21 anos

-

Caralho, aquela mina é a Babi mano... Lembro da infância e as duas tinham o resto muito parecido mesmo, mas por quê aquela doida veio pra cá? Preciso me encontrar com ela.

Deixa Acontecer // Babictor [M!]Onde histórias criam vida. Descubra agora