𝙹𝚞𝚕𝚒𝚎 𝚃𝚛𝚘𝚢

Capítulo 1- O início.

Julie Troy, filha de Organ Troy e Keyla Neil foi concebida no dia 18 de maio de 1980. Sua presença como filha no útero de Keyla não foi tradicional.
Quando grávida, Keyla tinha 17 anos e Organ, seu namorado tinha 20. Eles costumavam sair para festas e passavam a noite juntos, sempre sem muitos objetivos. Organ tinha um pai agressivo e nem um pouco interessado na sua vida, já Keyla tinha pais que não apoiavam a relação com Organ.
Keyla era apaixonada, explicava cada segundo de suas noites com Organ, já Organ não era tão sentimental quanto Keyla, apenas queria se aproveitar e pedir coisas que ela não recusaria por estar tão cega pela sua paixão. Quando Keyla descobriu a gravidez não soube como agir, pois ela tinha 17 anos e também tinha o pressentimento do que Organ faria quando soubesse. Não foi diferente do que pensou, Organ falou que teria que viajar para um lugar longe de onde ele costumava morar e que não sabia quanto tempo passaria lá.
Keyla, com um futuro sem futuro, alguma mesada que havia ganhado de seus pais e uma vida tinha que seguir um caminho onde não existia expectativas. Bem vinda ao mundo, Julie.
Foi difícil. O pai estava decepcionado por tanto irresponsabilidade mesmo com tantos avisos e a mãe pensava no bebê tentando ajudar, porém não tinham uma boa condição de vida e confiavam na Keyla para ajudar com estudos e uma boa faculdade, mas grávida não conseguiu fazer metade do que havia prometido aos seus pais.
Quando Julie nasceu os pais de Keyla já estavam conscientes de que, apesar da situação de Keyla, Julie não deveria sofrer as consequências por nascer tão inesperadamente ainda mais sem um pai.
Seis anos se passam. Em 27 de Agosto de 1986 houve um acidente de carro com os avós de Julie, numa viagem o carro perdeu o controle e acabou batendo, fazendo com que o carro caísse na água e afundasse. Os avós de Julie morreram por falta de oxigênio.
Keyla voltou para a estaca zero. Sozinha, com uma criança de 6 anos em seus braços e sem condições financeiras suficiente para o que era o necessário. 𝐶𝑜𝑛𝑡𝑖𝑛𝑢𝑎.