Keyla passava as mãos em cada bolso de cada calça. Conseguiu 21,50 dólares, por sorte. Keyla foi a um mercado barato na Ciudad Miguel Alemán, sua cidade natal localizada no Estado de Tamaulipas, próximo ao Texas. Ela comprou duas caixas de leite, algumas bolachas e ficou com o troco. Ela estava desempregada, precisava de um salário. Na maior parte do dia, Julie acompanhava Keyla até certa parte do dia. Depois, ia a escola pública da cidade. Julie nunca foi o tipo de pessoa que se aproximava e conhecia pessoas de maneira fácil. Timidez, mas não só. Constrangimento.
Enquanto Keyla estava sem a filha tentava fazer seu ganha pão. Keyla costurava peças de roupa, toalhas, e até tapetes. Pintava também. Adorava observar flores para tentar transferir a perfeição das pétalas para a folha de papel. Poucos apreciavam. Mesmo que suas artes eram detalhadas e majestosas era muito trabalho para pouco dinheiro.
Anos se passaram. Julie, com 10 anos adorava filosofia. Português e redação eram suas matérias favoritas. Julie também sentia facilidade em inglês. Era como decifrar códigos, enigmas, o passatempo que ela mais se dava bem e sempre a primeira a solucionar. Era sabia escrever um texto tão longos de assuntos tão complicados. Sabia em poucas palavras falar tudo e em muitas palavras não falar nada. Keyla, ao ver isso ficava esperançosa, achava que um dia talvez poderia ganhar uma bolsa de estudos para uma faculdade maravilhosa e era apenas no que pensava, somente no futuro de sua filha, já que infelizmente não pôde concluir o seu próprio.
Julie sabia fazer todas as tarefas de casa: cozinhar, lavar e passar resumindo muito bem, tão bem que chega a ser grosseiro. Keyla já não passava tanto tempo com Julie, dizia que tinha um trabalho complicado e que as vezes tinha que fazer hora extra, então não era para Julie se importar se demorasse demais, Julie deveria dormir e se preparar para o próximo dia de aula. Julie pensava muito nisso. Pensava o qual puxado era ser enfermeira, como sua mãe dizia. Keyla não queria tirar a inocência do único fruto que se orgulha, então enfermeira não era exatamente a realidade. Keyla nunca passava as noites em casa. Ela era prostituta. Era sua única forma de conseguir dinheiro, por menos que se orgulhasse. Ela amava sua filha, e faria o máximo para o seu futuro. 𝐶𝑜𝑛𝑡𝑖𝑛𝑢𝑎.
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𝙹𝚞𝚕𝚒𝚎 𝚃𝚛𝚘𝚢
Horror⫷⚫ATENÇÃO!⚫⫸ Essa história é uma fanart do jogo Dead by Daylight, não é uma história real.