Capítulo 15

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Pouco tempo havia se passado do crime de Eleonor, e hoje seria o dia que ela seria julgada e condenada por todos eles

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Pouco tempo havia se passado do crime de Eleonor, e hoje seria o dia que ela seria julgada e condenada por todos eles. Chanyeol se arrumava na frente do espelho, enquanto ainda podia ver o reflexo de Baek.

Tudo do quarto do príncipe passou para aquele quarto na enfermaria, o que facilitava muito a vida de Chanyeol, que não queria deixar o ômega sozinho um minuto sequer.

O Rei das Américas já havia chegado e um dos soldados falou com Chanyeol para avisar. O príncipe deu apenas um beijo no amado deitado na cama e se retirou dali, pronto para fazer justiça.


Eleonor estava com as roupas brancas, uniforme dos detentos da Ásia, ela estava sendo mantida numa área com mais mordomias, devido a sua nobreza, por isso ela ainda estava a mesma de sempre, apenas aparentava um pouco mais magra e com olheiras.

Chanyeol entrou, sem ao menos lhe direcionar o olhar, apenas a presença dela já o incomodava. O juiz se sentou, entre os reis da Ásia e o da América, infelizmente Chan estava apenas como testemunha. O julgamento começou, o juiz falou em voz alta todos os crimes pela qual ela estava sendo indiciada, fraude e tentativa de homicídio, era apenas alguns deles, seu pai se movia desconfortável na cadeira. Na outra sala, Dahee, que havia ajudado Eleonor também era julgada.

Não havia muitas pessoas na sala, os dois reis, Chanyeol e um outro príncipe da América, sem contar com o Juiz, a escrivã e alguns policiais para manter as coisas cordiais.

- Sua alteza real, Eleonor H. Williams, afirma que é culpada pelos crimes? - A princesa rugiu e nada disse, seu advogado se levantou e consertou a gravata antes de começar a falar.

- Ela não reconhece a acusação, portanto, não está de acordo. - Chanyeol respirou fundo, então seu nome foi chamado pelo promotor, ele se sentou em frente a todos e contou o que aconteceu, escondendo o fato dele ter "sentido" Baek o chamar, e deixou tudo apenas como coincidência ter chegado no quarto.

Eleonor evitava seus olhos, mas Chan sentia o medo emanando deles, e foi assim que ele descobriu, ela era uma alfa recessiva, seu nível de pureza era baixo, normalmente isso era uma anomalia nos genes, e causava coisas realmente ruins se não fosse bem tratado, seus olhos de duas cores mostravam aquilo, normalmente, alfas recessivos tinham heterocromia. Não era uma desculpa para a sua total loucura, mas era uma das razões, com certeza.

Aquilo durou quase que o dia inteiro, foi feita apenas uma pausa para descanso, e no fim, mesmo com as reclamações do Rei das Américas, Eleonor foi sentenciada a trinta anos na cadeia, além de tudo, ela cometeu um crime contra a coroa, e aquilo nunca seria perdoado, a pena só não foi maior por causa da benignidade do Rei da Ásia, Chanyeol não gostou, mas aceitou. Afinal ele a faria pagar por tudo o que fez naquele tempo.


Tinham passado algumas semanas que Eleonor foi presa, as coisas aos poucos voltaram ao normal no castelo, os encontros com as ômegas estavam voltando aos poucos, algumas perguntavam de Baekhyun, e a resposta do príncipe sempre era a mesma, ele estava num hospital perto dos seus pais, Chan cuidou para que mesmo com a loucura de Eleonor, ninguém descobrisse do envolvimento dos dois, e que o que ocorreu com ele, poderia ter ocorrido com qualquer um.

Os únicos que sabiam eram Kyungsoo e Minseok, eles visitavam o ômega vez ou outra, falavam palavras de conforto para um Chanyeol sempre cabisbaixo, e se retiravam de lá, deixando os dois a sós. Toda a noite Chan queria chorar com saudade de seu amado.


**

O príncipe mais novo estava novamente seguindo Minseok pelos corredores do castelo. Aquilo já estava sendo rotineiro, em algum momento o ômega mais velho olhava e o alfa travesso sorria com uma falsa culpa.

- Você devia usar vermelho mais vezes. - Jongdae falou, como quem não quer nada, Minseok estava sentado no meio do jardim de rosas da rainha enquanto lia um livro, novamente ignorando qualquer interação que o outro tivesse consigo.

O ômega não queria ser grosso com o mais novo, mas era aquilo, aquele maldito sorriso de quem sabe que é lindo, e com uma piscada ele conseguiria qualquer ômega, aquilo o impedia de dar qualquer atenção ao outro. Não que o alfa estivesse perto de desistir.

- Minseok! - Jongdae tentou se aproximar do outro, mas o outro jogou o livro para o outro lado.

- Alteza! Você pode, por favor, me deixar sozinho, eu só quero um minuto de paz, mas isso está sendo impossível desde que você chegou, então, POR FAVOR! - Minseok não era de se estressar facilmente, mas tinha dias que o príncipe mais novo o seguia, e ele estava simplesmente cansado com tudo aquilo.

- Eu só ia dizer que tem uma lagarta em você. - O ômega pulou tão alto e correu em direção ao príncipe gritando para que ele tirasse aquilo de si, assim que Jongdae tirou a pequena lagarta azul de seu ombro, ele viu o quão próximos estavam, mesmo sendo mais novo o alfa tinha uns dez centímetros a mais que o outro. Minseok estava respirando rápido  pelo susto e assim que levantou o rosto viu o príncipe ali, tão próximo. - Você é fofo. - O ômega sentiu o rosto queimar e se separou rapidamente, enquanto ajeitava a roupa. 

- Alteza. - Ele disse como forma de despedida, pegou o livro, e saiu de lá o mais rápido possível.


E por alguns dias Minseok realmente conseguiu fugir do príncipe mais novo, pelo menos até hoje.

- Minseok Hyung! - O príncipe mais novo estava sentado na mesa com seu irmão, no dia em que seria o encontro com o príncipe herdeiro.

- Desculpa por isso. - Chanyeol tentou mediar a situação, desde que Baek ficou doente ele não estava se cuidando direito, tinha emagrecido muito e ele parecia sempre cansado, por isso o ômega apenas sorriu compreensivo.

- E o Baekhyun? - Minseok já estava comendo junto com os príncipes, mesmo que o mais novo deles estivesse sendo ignorado.

- Ele está estável. - A voz do alfa pareceu quebrar no final, então ele mudou de assunto. - Você é filho de um duque não é? Possui irmãos?

- Eu tenho uma irmã mais nova na verdade. 

- Então você sabe bem como é. - O príncipe herdeiro e Minseok riram e Jongdae apenas fez um bico, mas as risadas foram interrompidas por um dos soldados da guarda real se aproximando.

- Vossas majestades. - Ele fez a reverência. - Vossa majestade Príncipe herdeiro, a Doutora Choi te chama. - Chanyeol se levantou antes mesmo do guarda terminar de falar, mas antes de sair ele olhou para Minseok, dividido entre deixar o outro sozinho com o irmão.

- Pode ir. - O ômega sorriu e Chan saiu correndo para a enfermaria. Min apenas suspirou e começou a juntar suas coisas para sair, Jongdae o segurou pela mão.

- Não vá ainda. - Pela primeira vez Min deixou ser guiado pelo alfa mais novo, ele o levou para seu quarto, e fechou a porta, o ômega sentiu um frio na barriga, mas não demonstrou nada, a curiosidade estava o consumindo, então Jongdae pegou um globo de neve e mostrou ao outro, e aos poucos que a neve foi caindo, a silhueta de Seoul foi aparecendo. 

O pai de Minseok era Duque da Coréia, logo foi lá que ele passou toda a sua infância, ele nem sabia toda a saudade que sentia de casa, o sorriso no seu rosto era espelhado no de Jongdae.

- Pode ficar com isso. - O alfa disse e Min apenas sorriu para ele, soltando o globo sobre a cama e dando um abraço apertado no pescoço do outro.

- Obrigado, alteza. 

- Pode me chamar apenas de Jongdae.



Um ômega para o príncipeOnde histórias criam vida. Descubra agora