Capítulo 8

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- Não acredito que você fez os dois se encontrarem. - Baek e Chan de algum jeito estavam juntos deitados na grande cama, com um grande espaço entre eles, e com os pés ainda no chão, mas deitados na mesma cama. - De qualquer forma. - O ômega se levantou. - Porque me chamou aqui? - Ele se sentou, mas seus olhos estavam no grande alfa apoiado nos cotovelos.

- Sabe o que você disse no nosso encontro? Sobre não gostar de ser...

- Ômega.

- Você. - Os dois falaram ao mesmo tempo, Baek apenas abaixou a cabeça. que foi levantada pelos dedos do Alfa, perto demais para o controle do outro. - Ser um ômega, faz parte de você.

- Mas eu não quero ser isso. - Todas as barreiras que o ômega construiu ao seu redor não pareciam fazer mais sentido, a proximidade de Chanyeol o deixava com o julgamento duvidoso.

- Mas você é, e isso faz parte de você, isso é  você, consegue entender isso? - Baek voltou a olhar para baixo. - E, se você quiser, eu posso te ajudar a aceitar isso. 

- Você realmente faria isso? - Baek tinha um dos sorrisos desconfiados.

- Sim. - Chan estava seguro daquilo. - E sua primeira tarefa começa exatamente agora, não esconda mais quem você é, pelo menos não nesse quarto. 

- Você quer dizer...

- Seus feromônios, eles também fazem parte de você.

- Isso deve ser mutuo então. - Baek estava se sentindo leve com aquela conversa, mesmo sendo algo penoso por toda a sua vida, agora parecia apenas uma pequena farpa no seu coração, e havia alguém que queria tirá-la.

- Feito. - Chan o deu sua mão para o acordo ser selado e assim Baek fez o mesmo.


- Desculpe... - Chan disse depois de um tempo. - Eu te fiz liberar seu cheiro quando você não estava pronto aquele dia..

- Eu precisava disso, em breve virarei adulto, e será impossível esconder. - Os dois voltaram ao silêncio inicial, ambos deitados totalmente na cama, ainda um espaço entre eles, mas nenhum dos dois saberiam explicar o porque da presença do outro ser tão confortável.

- Desculpa... - Chan disse novamente.

- O que foi agora? - Baek mesmo tentando soar bravo um sorriso brincava nos seus lábios.

- Alguém já me disse que meu cheiro não era bom... - Ambos estavam com os feromônios soltos naquele quarto, assim como Chan havia prometido, parte do espaço entre eles era para evitar que a situação do outro dia voltasse a acontecer.

- Disseram que cheirava a o que? - Baek realmente estava interessado e se virou completamente para ouvir.

- Alguma coisa queimada, e capim. - O ômega não aguentou e riu alto, segurando a barriga e com lágrimas escorrendo dos olhos, o alfa o seguiu com algumas risadas, mas estava perdido.

- Quem te disse isso? - Baek foi se recompondo.

- Jongin Hyung. - Baek abriu um sorriso.

- Ele estava brincando com a sua cara. Porque não perguntou para seu pai?

- Ele disse que dá azar saber antes de se casar. - Chan parecia uma criança inocente e Baek segurou a vontade de apertar suas bochechas. - Qual é o cheiro? - Ele parecia realmente ansioso pela resposta. 

- Talvez seu pai esteja certo, dá azar. - Baek voltou a deitar olhando pra cima e o príncipe resmungou. - Então, você está perto de terminar os encontros, depois vão ter as eliminatórias não é?

- Falando assim faz parecer uma competição... - Chan sorriu.

- Tem algumas que acreditam que é uma. - Baek respondeu. - Mas você já decidiu? As quinze que vão ficar? - O príncipe apenas concordou com a cabeça.

- Faltam poucos, acho que já conheço a maioria.

- É difícil? - Baek perguntou realmente curioso.

- Um pouco, algumas que não tem noivos pretendo ajudá-las a conseguir um casamento com algum duque, ou algo assim. 

- Que bom... - Baek disse, ômegas que ficavam sozinhos na idade adulta apenas significavam uma coisa: Prostituição, e mesmo sem gostar de algumas meninas Baek não queria o mal para nenhuma, ele ficou realmente feliz com o Príncipe tendo essa ideia.

- E você? Não tem curiosidade pelo seu cheiro? - Baek apenas sorriu.

- Acho que não.

**

Jongin e Kyungsoo andaram pelos jardins, o mais velho pegava algumas frutas e dava ao mais novo que as comia com um sorriso tímido, parecia besteira a felicidade dos dois perante aquela simples caminhada, mas faziam anos que eles não se viam, e passar um tempo juntos era muito bem vindo.

- Para onde você foi depois da sua mãe... - Jongin não queria diminuir o bom humor que o outro estava, mas ele estava curioso para  aonde o menor havia ido.

- Um tio por parte de pai foi o único que me aceitou. - Soo disse com um sorriso triste, pelo seu cheiro ele parecia estar realmente infeliz.

- Ele te tratou bem? - O alfa parecia estar realmente preocupado, mas escondia atrás de seu rosto sério, a resposta do mais novo foi apenas um dar de ombros. - Ele é um...

- Alfa... Recessivo. - Um alfa que tivesse o nível de pureza menor do que trinta por cento já era considerado recessivo, algo dava errado em sua genética, e era quase regra eles crescerem com um complexo de inferioridade, a matemática quase sempre não era boa.

- Ele já... - Ele não queria terminar a frase, a raiva por aquilo poder estar acontecendo, o medo por seu ômega poder sido machucado... - Ele te tocou? - As mãos do alfa tremiam com medo da resposta, e a cabeça balançando negativamente foi o suficiente para ele soltar o ar que nem sabia que estava segurando.

- Mas assim que eu completar dezoito ele me levará para o Leilão. - Mais conhecido como o lugar no mercado negro onde ômegas são vendidos por preços absurdos.

- Eu não permitirei! - Jongin parou de andar, sendo totalmente certo de sua promessa. - A partir de hoje, eu cuidarei de você Soo. - E o ômega sorriu e o abraçou forte, sendo uns dez centímetros menor que o outro fez o encaixe ser perfeito, e no coração de ambos eles entendiam que aquilo simplesmente era para ser.


Um ômega para o príncipeOnde histórias criam vida. Descubra agora