capítulo 17

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Doze anos e oito messes

-Me deixe em paz Idiota! -Shun como podia afastar a pessoa que o estava encurralando.

-Vamos, um pouco de diversão não faz mal, né? -Sussurrava em seu ouvido um garoto do terceiro ano se aproximando de seu corpo do pequeno Akabane.

O pequeno estava em plena luta para proteger sua virgindade.

Ele tinha pedido para ir ao banheiro porque não aguentava mais, e quando terminou de fazer suas necessidades, escutou fortes suspiros, como boa pessoa que era o Akabane perguntou pelo bem estar dessa pessoa que saiu deixando a mostra seu corpo seme nu seu membro notavelmente ereto coberto por apenas um tecido, aquele garoto se aproximou do pequeno que se encontrava surpreendido e com nojo. E agora se encontrava encurralado na parede.

-Me deixa! -Gritou o pequeno ganhando um soco na barriga, não conseguia ficar em pé, estava assustado, com medo -me deixe ir - disse entre lagrimas

-Me está provocando mais - disse se aproximando de seus lábios.

Seu primeiro beijo seria assim com um garoto asqueroso que nem sequer conhecia. No mais profundo de Shun, desejava que seu pai aparecesse ali, o ruivo que se comprometeu em protege-lo de qualquer mal que se aproximasse.

Shun queria seu pai.

Forte e seguro de si mesmo.

Shun respiro profundamente tentando ignorar a dor e se levantar e olhar diretamente aos olhos dessa pessoa.

Talvez o pequeno Akabane não entendesse mas conseguiu obter sua "sede de sangue".
Shun sorriu de canto com maldade e pegou com força no meio das pernas do ser asqueroso olhando diretamente para ele de forma intimidadora, quando ele devolver o soco dado nele a porta foi aberta

-Shun?

Levantou seu campo de visão encontrando com os olhos de Akira, que ao vê-lo se surpreendeu mas o pequeno Shun não aguentava mais e se lançou nos abraços de Akira.

-me leve para casa, por favor - Shun escondeu seu rosto no peito de seu amigo tentando encotrar proteção

Como fazia com seu pai, coisa que conseguiu calmar por hora.

 
E sem, mas os dois garotos escaparam do colégio sem chamar atenção de algum professor ou diretor. O caminho para Shun foi rápido, já que chorava e não estava consciente das coisas ao seu redor, assim quando menos esperou, já estava em sua casa sentado no sofá e diante dele estava o loiro ajoelhado com expressão preocupada.  
 
–Chegou a fazer algo? –Perguntou Akira apoiando sua mão no joelho de Shun para apoia-lo  
 
 –N-não –negou o moreno enquanto o abraçava a si mesmo –quero papá.
 
 
 –Já o chamei, chegará daqui uns minutos – o loiro sorriu doidamente enquanto abraçava seu amigo –tranquilo, estou aqui com você.
 
 
 –Que aconteceu –se escutou uma maleta cair no chão, logo vendo um garoto loiro abraçando seu filho –que aconteceu...
 
 
A situação foi explicada pelo loiro e depois de um tempo chegaram Itona e Isogai para consolar o moreno que só chorava desconsoladamente por puro medo. Quando Karma estava as sós com seu filho, que ainda soluçava fortemente.
 
 
 –Shun... –sussurrou o ruivo, doía ver seu filho chorar, sentia como se fosse ele, o que passou por tudo.  –Tenho medo... –o moreno agarrou as próprias pernas para esconder sua cabeça entre elas –de mim
 
 
Karma estava confundido – de você
 
 
 
 –Em um momento... senti uma áurea desconhecida que provinha de mim, como se eu realmente... assassinaria aquele garoto –Shun levantou seu cabeça mostrando seus olhos brilhando devido as lagrimas e vermelho pelo choro –poderia... chamar o Nagisa?
 
 
 –E-esta bem –
 
 
O ruivo digitou o numero do seu ex-namorado que já fazia muito tempo que não ligava e o chamou para que vinheira até a sua casa, Nagisa não negou e em trinta minutos, o de olhos safiras já se encontrava consolando o pequeno Akabane enquanto Karma estava com a expressão neutral olhando para Nagisa e Shun, e sua peculiar relação.
 
 
Depois de um tempo Shun dormiu enquanto Nagisa acariciava os cabelhos do moreno.
 
 
–Você se dá bem com Shun –pronunciou com um leve sorriso.
 
 
 –Antes me odiava – riu –Karma você...
 
 –Não odeio você –Nagisa se surpreendeu com que o outro se adivinhasse o que ele iria dizer –mais farei se você fiz algo ao meu filho.
 
 –tranquilo... –Nagisa sorriu amplamente –nunca faria algo a ele, gosto dele –disse dando um pequeno beijo na cabeleira do menor com doçura.
 
 
–Nagisa porque se casou com o Asano? Você me disse uma vez que não o queria. –Karma ocultou a tristeza em sua, porque era um tema um pouco delicado.
 
 
–Não me casei com Asano... só saímos, achei que ele resolveria o meu coração, mas depois de tanto tempo... ainda não te esqueci –Nagisa apertou seus lábios com força enquanto vigiava a pequena figura de Shun dormindo. -... Eu também não consegui, mas não me entenda mal, não quero sair nem com você nem com ninguém mais     
          

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