02.

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    Eu me aproximei da garota, mas ela notou a movimentação e se afastou um pouco, como um instinto para que se protegesse de alguém que fosse a fazer algum mal. Quando noto sua ação, vou com mais cautela, com as mãos levantadas, em sinal de rendição para que ela não ache que eu quisesse desejar algo de ruim a mesma. Ela estava tremendo, por estar assustada e completamente amedrontada provavelmente. E felizmente, e ao mesmo tempo, infelizmente não era de mim. Mas de outra pessoa.

    — Ei, posso me sentar aqui? — inclino levemente minha cabeça, dando um leve sorriso amigável à garota, que reage ainda fragilizada, se afastando um pouco e abraçando seus joelhos enquanto me encarava. Seus olhos estavam inchados e vermelhos, ainda marejados. Transbordavam dor e medo.

    Após alguns segundos me encarando, ela cedeu e arredou um pouco mais para o canto, dando espaço para que eu me sentasse ali, e assim o fiz.

    — Você está bem? — ela abaixou a cabeça. — Ah mas é claro que não está bem né, Dahyun... Meu zeus, eu tenho problema? — faço um 'facepalm', indignada com minha própria lerdeza.

    — Talvez. — a garota se pronunciou, se virando para mim com um pequeno sorriso que logo foi desmanchado. — Eu estou b.. — ela foi interrompida por um homem, que aparentava ser bem mais velho que nós, que estava se aproximando com um semblante sério. Claramente nervoso e incomodado com algo.

    — Por algum acaso eu falei que você poderia ficar sentada olhando pro tempo, Minatozaki?! Eu já não fui claro, agora há pouco? — ele chegou perigosamente perto da garota, que aparentemente se chamava Minatozaki, e a puxou pela gola da camisa, a levantando à força. — Quer mesmo que tudo comece de novo, Sana? — perguntou com um tom ameaçador, porém ainda se contendo por eu ainda estar ali.

    — Cara, solta ela. — eu chego o empurrando para o lado levemente e me colocando à frente dela, meio que separando os dois.

    — O que você tem feito, hein, Sana? Manipulando clientes para te proteger? Quer que mais alguém saia machucado?

    — Clientes? — viro minha atenção para a garota minimamente, e vejo que ela estava de cabeça baixa concordando. — Grandes merdas.

    — Sai da frente, garota. Não se meta, antes que eu te machuque.

    — Me fala, velhote. Qual é o seu preço?

    — O quê? Preço? Pra quê? — o mais velho me olhou estranho, enquanto Sana não sabia o que estava acontecendo e apenas nos olhava com uma interrogação estampada em teu rosto.

    — O teu preço para que não maltratem mais ela. Na verdade mais ninguém aqui. — o homem à minha frente me olhou e riu. Ele não entendeu que eu estava falando sério, então tirei alguns maços de dinheiro, que continha cerca de 50,000 dólares, e joguei ao chão. — Acha que eu estou brincando? Ri mais um pouco e eu pago o suficiente para comprar até o seu cu, filho da puta. — digo mais irritada.

    — Quem você acha que eu sou, pirralha?! — O velho me puxou pela minha camisa.

    — E quem você acha que EU sou?! Tira a mão de mim que eu não sou seus amigos e não te dei essa liberdade toda não. — revidei, o desafiando. Eu odeio que duvidem de mim, e odeio que toquem em mim. Principalmente dessa forma. Ele me olhou com desdém e eu o empurrei forte o suficiente para que ele me soltasse. — Eu não estou de brincadeira, então não me estressa.

    — 150,000 dólares. — ele disse com um sorriso nojento, provavelmente achando que eu não teria o dinheiro. Então peguei meu celular e liguei para a minha secretária, dei o endereço e falei que era pra trazer cerca de 200 mil.

ᴄ ʟ ᴜ ʙ .Onde histórias criam vida. Descubra agora