Frustrações e encontros

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Bulma tentava pela décima vez aquele movimento complicado. Já fazia dois anos que ela começou a praticar o Pole Dance, no começo foi por curiosidade quanto aquele tipo de dança, mas depois, com o tempo, se apaixonou por completo por aquilo.


Já podia se dizer que Bulma era praticamente uma profissional, ou algo perto disso. Com sua dedicação e desempenho, aprendia com rapidez os movimentos sensuais daquela dança. Lunch, sua professora, se surpreendia com a facilidade de Bulma em aprender, mas, a mais ou menos duas semanas atrás, Bulma, pela primeira vez desde que começou a se dedicar no Pole Dance, estava tendo dificuldades.

Lunch havia evoluído seus ensinamentos a suas alunas. Demonstrando como fazer, Lunch se segurou no pole - como é universalmente conhecido aquele cano de aço inoxidável com diâmetro de 45 mm ou 46 mm - girou seu corpo e ficou de ponta cabeça, segurando com as duas mãos no pole ela abriu as pernas numa abertura total perfeita, após isso, girou com uma sensualidade totalmente feminina e abraçou as pernas no Pole, desceu circulando, e quando seus pés tocaram o chão, ela jogou seu cabelo louro para trás como uma Deusa. Era muito excitante de ver.

A dificuldade de Bulma em exercer esse movimento, era o momento dela sair da posição "de ponta cabeça" e abraçar as pernas no Pole, nesse momento ela perdia o equilíbrio e caia. E foi justamente o que aconteceu.

- Já chega por hoje, Bulma - Lunch fala com firmeza. Ela estava sentindo a frustração de Bulma piorar com os dias.

- Não! - Bulma protesta se levantando do chão. - Vou tentar outra vez.

Lunch se aproxima de sua aluna e tira as mãos dela da barra de aço.

- Eu disse: Chega, Bulma - a testa franzida de Lunch mostrava para Bulma que ela não estava contente com sua atitude. - Olha, por quê você não dá um tempo, uns quinze ou vinte dias talvez? Vai relaxar, passear ou ir à praia se bronzear, você está muito pálida.

- Não gosto de praias - Bulma revira os olhos e cruza os braços.

Lunch sorri e engancha no braço direito de Bulma.

- Olha - Lunch puxa Bulma para a saída do estúdio de dança, pegando a bolsa dela e entregando-a -, você é a mais dedicada das minhas alunas, e sempre teve facilidade em aprender, mas agora você encontrou um desafio e não é se matando de treinar que o irá conseguir o resultado que deseja.


Bulma parou na porta e se virou para sua professora, que sorria docemente para ela. Suspirou profundamente e assentiu. Ela sabia que Lunch estava preocupada com sua frustração por não conseguir desempenhar os movimentos com perfeição, e também sabia que ela só a deixaria voltar aos treinos no seu estúdio quando ela estivesse menos tensa.

- Tudo bem, Lunch, vou relaxar, mas não vou a praia.

Lunch sorri de orelha a orelha.

- É isso ai, gata.

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Bulma andava de um lado para o outro, impaciente. Fazia três dias desde que Lunch lhe deu uma "folga" nos treinos. O que sua professora não sabia, era que Bulma é tão teimosa que era mais fácil tirar a cabeça dela do pescoço, do que seu ideal do cérebro.

Na noite anterior encomendou pela internet um pole, espelhos e tapetes acolchoados. Pagou mais caro para que fossem entregues e instalados na dia seguinte. Só que já passara das três horas da tarde e nada da sua encomenda chegar. Estava a ponto de fazer uma reclamação no site de vendas, quando a campainha tocou. Correndo desesperada ela abre a porta e ...

Bem ou aquele homem era o entregador ou o próprio Zeus mandou um dos seus filhos saírem do Olímpio para lhe fazer uma visitinha.

Com um jeans desbotado, camisa de manga comprida preta, e com um papel em mãos, estava um belo exemplar masculino. De cabelos negros que desafiava a gravidade, olhos penetrantes na cor de uma pedra de ônix. E quando ele falou, o timbre de sua voz fez cócegas nas partes baixas do corpo de Bulma. Ela teve que se segurar na porta para não cair.

- É aqui que mora Bulma Briefs?

Bulma, um pouco atordoada com o Deus grego a sua frente, demorou um pouco para responder, e quando conseguiu falar, sua voz saiu em um sussurro.

- Sim!

Esse homem não é um entregador, tá mais um convidado especial de uma despedida de solteira, conclui Bulma em pensamento.

- Sou eu. Eu sou Bulma.

Entregando o papel para Bulma e uma caneta, ele espera ela assinar e lhe devolver o recibo. Franziu a testa quando viu que a mão da mulher estava tremendo.

Quando ela devolveu o papel, agora devidamente assinado, ele o coloca no bolso traseiro.

- Aonde quer que eu monte? - Deus, a voz daquele homem causava arrepios em qualquer uma.

- Hein? - Tudo que passava na cabeça de Bulma era como que seria sentir ele gemendo encima dela.

O homem franziu a testa. Bulma arregalou os olhos quando se deu conta de que estava com a caneta do homem na boca, e não tinha respondido a pergunta dele devidamente.

- Desculpe - ela devolveu a caneta -, eu quero que monte no quarto, é ... como é o seu nome mesmo?

- Vegeta - ele responde enquanto coloca a caneta no bolso.

Ele se abaixa e pega as caixas empilhadas que estavam à sua esquerda, próxima aos seus pés.

Bulma o guiou até o quarto de hóspede. Ela morava sozinha e àquele quarto estava vazio a muito tempo, desde que havia se mudado ali aliás, e sentia-se mais do que feliz de pode ocupa-lo de alguma forma. De certa maneira, a folga que Lunch havia lhe dado, fez Bulma achar uma utilidade para aquele cômodo inutilizado.

- É aqui - Bulma diz entrando no quarto.

Colocando as caixas no chão Vegeta analisa o cômodo vazio. Era um espaço grande.

Colocando a mão na cintura de uma maneira extremamente masculina, ele olha para a mulher que mordia o lábio inferir de uma forma ... provocante, talvez?

- Aonde quer que eu coloque os espelhos e a barra de aço? - Oh, Deus, Bulma ia desmaiar se ele não parasse de falar.

Limpando a garganta e tentando não prestar muita atenção no quão molhada ela estava naquele momento, Bulma respondeu:

- Quero os espelhos ali - ela aponta para a parede de frente para a janela. - E quero o pole no centro do quarto.

- Tudo bem, pequena - Vegeta tira a camisa e fica diante de Bulma apenas de regata, uma regata azul.

Bulma arregalou os olhos. O que ele estava fazendo? Já não bastava a voz, isso sem falar do fato dele a ter chamado de "pequena", agora ele estava fazendo uma espécie de strip-tease? E pela amor de Deus, que braços eram aqueles? Teria com certeza força o suficiente para segura-la nos braços enquanto a estocava fundo.

Diante da umidade, que agora escorria pela suas coxas, Bulma achou melhor deixar o senhor gostoso trabalhar sozinho enquanto ela tomava um banho gelado. Sim, era com certeza o melhor a fazer naquele momento.

Bulma praticamente corre para fora do quarto.




O Flautista MágicoOnde histórias criam vida. Descubra agora