Enquanto a água fria tocava sua pele, e naturalmente acalmava seu fogo, Bulma tentava se concentrar em outra coisa que não fosse o homem gostoso que estava em um dos cômodos de sua casa.
O que estava acontecendo com ela?
De repente se tornou um tipo de ninfomaníaca que não podia ver um par de músculos que já queria senti-lo dentro dela, mas, analisando bem a situação, ela nunca foi do tipo "tarada", não, na verdade ela era até um pouco fria em seus relacionamentos.
Então, como explicar a reação do seu corpo quanto ao entregador? Deveria ser porque Bulma não fazia sexo, à o que? Um ano talvez, ou até mais, mas quem estava contando, não é mesmo?
Fechando os olhos e colocando a cabeça na água gelada, Bulma começa a ensaboar o corpo. A esponja macia deslizando pela sua pele enquanto a imagem de Vegeta cruzou a sua mente novamente. Ele tirando aquela camisa preta, e ficando apenas de regada, que muito provavelmente era uns dois números menores do que o seu tamanho, porque só assim para explicar aqueles músculos definidos tão grudados no tecido.
Bulma bateu a cabeça no azulejo, quando o imaginou tirando a regata também.
- Droga – resmungou Bulma para ela mesma.
Aquele banho ia demorar.
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Depois do que pareceu uma eternidade, Bulma saiu do banho. Agora que estava mais calma poderia entrar no quarto de hóspede, que estava sendo transformado em um pequeno estúdio de dança, sem correr o risco de pular no colo do sr. Delicia.
Colocando uma roupa fresca, devido ao calor que estava aquele dia, Bulma resolve ir até o quarto. O barulho da broca mostrava a ela que Vegeta ainda não havia terminado, o que era compreensível, afinal ele tinha começado a o que? Uns quarenta minutos, um pouco mais talvez. Aquele tipo de coisa era demorada. Mesmo assim, ela decidiu entrar e olhar como estava ficando.
Vegeta já havia colocado os carpetes acolchoado no chão, devidamente colados. Agora estava em cima de uma escada, colocando o pole no centro do quarto. Com a parafusadeira na mão, e com os braços estendidos ele parafusava a cabo de aço, no qual Bulma muito em breve iria deslizar.
Bulma lambeu os lábios quando viu aquele homem daquela forma, claro, não era uma posição exatamente atraente, mas o fato da regata dele está um pouco erguida por seus braços estarem para cima, e os músculos contraídos pelo esforço que ele estava fazendo, fez Bulma sentir o fogo anormal voltar com tudo, isso sem falar do fato de ela está molhada novamente. Aquela merda de banho não serviu para nada, pensou ela.
Vegeta parou de parafusar e olhou para Bulma. Ele sorriu, curvando os lábios para o lado e pulou no chão. Sim, ele não desceu degrau por degrau, ele pulou no chão.
Uau Hércules, vai fazer o que agora?
- Tá gostando? – Vegeta perguntou com a voz um pouco baixa.
Bulma arregalou os olhos. Será que ele percebeu que ele a excitava? Ou pior, será que lê pensamentos? Porque só essa explicação que ela tinha naquele momento, só um homem com poderes sobrenaturais para deixa-la como se estivesse em época de acasalamento.
- Co ... como? – Bulma gagueja num sussurro.
Suas pernas estavam virando gelatina, e quase cederam quando ele deu um passo para mais perto dela.
- Do quarto, pequena – ele piscou descaradamente. – Tá gostando de como ele está ficando?
Será que dá pra parar de chamar assim, grandão? Ou vou acabar tirando a roupa e fazendo um sexo selvagem com você aqui e agora.
Torcendo para não transparecer o que seus pensamentos diziam, Bulma sorriu para Vegeta e balança a cabeça positivamente.
- Sim, estou gostando.
Vegeta sorri de volta e passa por ela, tocando levemente o seu braço no dela. A pele dela quase entrou em ebulição com aquele pequeno contato.
Virando o corpo para ver aonde o Deus Grego estava indo. Bulma vê Vegeta tirando os espelhos, que ainda estavam embalados, da caixa. Ele os ergue com uma facilidade que surpreende Bulma.
Também com esses braços enormes, até eu.
Vegeta os leva até a parede de frente para a janela, e começa a encaixa-los nos buracos que havia feito a pouco com a furadeira. Enquanto coloca os parafusos com as mãos, ele olha para Bulma pela imagem do espelho.
- Então, você faz Pole Dance? – pergunta como quem não quer nada.
Bulma, que olhava para a bunda empinada de Vegeta, fica vermelha quando percebe que ele puxou assunto porque viu o que ela estava fazendo. Estava o cobiçando.
- É ... sim – Bulma sorri sem graça e coloca as mãos para trás, tentando desviar o olhar do pedaço de mal caminho à sua frente. – Eu prático a mais ou menos dois anos, e resolvi fazer um pequeno espaço para meus treinos aqui em casa.
- Dois anos?! – Vegeta constata enquanto caminha para o outro canto do espelho, para colocar os parafusos do outro lado também. – E por que só agora você quis fazer um estúdio de dança em sua casa?
- Bem ... – Bulma desvia o olhar de Vegeta –, estou tendo dificuldades em um movimento, e minha professora não quer me deixar treinar no estúdio dela até eu ficar menos tensa, digamos assim.
- Tensa? – Vegeta arqueia uma sobrancelha enquanto coloca o último parafuso do espelho.
- É que eu nunca tive dificuldades em nada e agora estou tendo, e isso está me frustrando, mas eu vou conseguir, nem que eu me arrebente de treinar. – Bulma olha com determinação para Vegeta.
Ele se vira para ela e coloca as mãos no quadril, analisando a mulher à sua frente.
- E você? – Bulma pergunta sem pensar. – Você faz outra coisa além de entregar e montar coisas?
Um strip-tease em uma festa de despedida de solteira, por exemplo.
Vegeta sorri com malícia e olha Bulma dos pés à cabeça. Bulma sente seu sangue ferver.
- Faço! – Vegeta continuava com o mesmo sorriso malicioso nos lábios. – Mas o que você realmente quer me perguntar? Seja direta, pequena.
Bulma queria entrar num buraco e não sair mais, será que ele sabia que ela estava pensando? Ou era sua expressão de “ quero que me coma” que a estava entregando?
Tentando disfarçar, Bulma pergunta uma coisa que nem ao menos tinha passado pela sua cabeça, só para não perguntar o que queria de verdade.
- Você prática algum tipo de dança? – Vegeta franziu a testa diante da pergunta da mulher, não era àquilo que ele esperava que ela ia dizer.
- Não – ele sorri –, mas sei tocar um instrumento.
- É mesmo? Qual?
- Flauta – Vegeta caminha até a sua pequena mala e começa a guardar suas ferramentas de trabalho.
- Sério? – Bulma sorri diante de uma lembrança. – Quando eu era pequena quis aprender a tocar flauta por causa de uma história que meu pai lia, mas nunca consegui.
Vegeta se levantou com a pequena mala nas mãos. Ele tinha os olhos queimado no rosto de Bulma.
- Que história?
- Aquela do flautista mágico que levava os ratos para longe da cidade e depois não recebeu o devido pagamento, então, por vingança, encantou todas as crianças da vila com a música da flauta e desapareceu com elas.
Vegeta sorriu de lado quando ela terminou de falar.
- Engraçado você dizer isso, pequena – Bulma franziu a testa.
O que era engraçado?
Vegeta muda de assunto antes que ela possa perguntar o que ela pensava.
- Você quer testar a barra de aço, para ver se está firme?
Bulma olhou para o pole, depois voltou a olha-lo e sorriu.
- Não, eu confio em você – Bulma deu uma piscadinha.
- Que pena – Vegeta lambi os lábios - Queria vê-la dançar.
Bulma sentiu as bochechas queimando, mas não deixaria aquela oportunidade passar.
- Eu danço pra você o dia que você tocar a flauta para mim.
Vegeta aproximou o rosto do dela e sussurrou:
- Não tem medo de eu ser o flautista mágico da história, pequena? – Bulma engoliu em seco numa primeira reação por aquela aproximação bruta. – Cuidado, que eu posso sumir com você igual fiz com as crianças.
Depois de um primeiro impacto, Bulma começou a gostar daquela brincadeira. Então sussurrou de volta:
- Quem sabe a sua flauta mágica pode me ajudar com o movimento que estou tendo dificuldade. Se fizer isso por mim, vou aonde quiser com você.
Vegeta se afastou e arqueou uma sobrancelha, o sorriso malicioso ainda em seus lábios.
- Cuidado com suas promessas – a voz grave arrepiou a pele de Bulma - Porque eu vou cobra-la.
Bulma ficou seria, mas logo em seguida deu uma gargalhada. Vegeta riu junto.
- Me dá o seu número – ela pede –, assim posso entrar em contato com você quando precisar da sua “flauta mágica.”
Vegeta estendeu um cartão para ela depois de tira-lo do bolso. Bulma sorriu em pensar que conseguiu o telefone daquele homem.
Bulma o levou até a porta. Se despediram com um beijo no rosto.
Do lado de fora, Bulma o viu caminhar até o carro, então, antes de Vegeta abrisse a porta do veículo, se virou para ela, que o olhava da porta de casa, e disse:
- Precisando é só ligar, ou chamar meu nome.
Vegeta abriu a porta do carro, entrou, ligou a ignição e saiu da frente da casa dela antes que Bulma pudesse perguntar o que diabos ele quis dizer com "chamar meu nome". Deu de ombros, deveria ter entendido errado.
Bulma entrou para dentro salvou o número do celular de Vegeta na lista telefônica do seu aparelho e correu para colocar sua roupa de treino. Estava louca para estrear o pole, e conseguir exercer com perfeição o movimento que Lunch havia ensinado. Treinaria a noite toda se fosse preciso.
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O Flautista Mágico
FanfictionDiante de uma dificuldade quanto aos movimentos do Pole Dance, Bulma fica extremamente frustrada. Então sua professora resolve lhe dar uns dias de folga, mas a teimosia de Bulma a leva a fazer um local para exercer a dança em sua própria casa, para...